segunda-feira, junho 29, 2009

SILVIO BARBATO - MINHA HOMENAGEM

No início do mês, mais precisamente em 3 de junho, escrevi neste blog sobre o maestro Silvio Barbato, que nos deixou precocemente por estar no vôo 447 da Air France. Um fato que não registrei na postagem anterior é que o avião caiu justamente no dia do meu aniversário. Mas como só fiquei sabendo da morte dias depois, sabe quando demora pra cair a ficha? Pois é, só alguns dias depois da postagem que me toquei da triste coincidência.

Mas o fato surpreendente sobre isso tudo foi abrir meu e-mail no fim da manhã de sábado e ver que havia um comentário no meu blog a ser moderado. O tal comentário, que pode ser visto lá na postagem, era de ninguém menos que Janette Dornellas, cantora lírica, amiga pessoal do Silvio Barbato e organizadora do grande concerto que foi feito ontem em homenagem a ele na Torre de TV. O motivo: ela queria minha autorização para ler um trecho da minha postagem durante o evento.

Um misto de surpresa e alegria! Aquilo que escrevi sem nenhuma pretensão seria lido para centenas de pessoas! Logo eu, uma simples mortal, que ele nunca conheceu... Não pude deixar de ir a Torre naquele fim de tarde de vento gelado, mas cheio de calor humano.

Antes do começo do concerto, fui aos bastidores procurar a Janette, para agradecer-lhe pessoalmente por ter escolhido meu texto. Ela, um doce de pessoa, me disse que ele fora escolhido justamente por ser espontâneo e por ser de alguém que não o conhecia pessoalmente. Também tive a oportunidade de conhecer a Eva, uma fã de carteirinha do Silvio, daquelas de ir no camarim tirar foto com ele (ela inclusive me mostrou fotos dela com ele),uma pessoa muito agradável.

O concerto foi lindo: muita ópera, o coro, e obras que iam de Carlos Gomes a Renato Russo, com o gran finale do Bolero de Ravel. Entre cada música, ela lido algum texto em homenagem ao Silvio ou feita alguma homenagem a ele. O curioso é que, no meio de tantos textos de parentes, amigos, colegas de trabalho, músicos, autoridades, lá estava o meu textinho, da ilustre desconhecida Borboleta Roxa. Meu texto foi lido antes da apresentação da banda Trampa junto com a orquestra, já que no meu texto eu citei a parceria. E eu, como fã do bom rock 'n' roll, achei que meu texto não podia ter sido lido em momento melhor. Além disso, a Janette, como artista que é, conseguiu passar de maneira maestral as minhas idéias quando escrevi o texto, por meio de entonações certas nas palavras certas (quando se escreve, não temos como dar destaque às palavras que gostaríamos, algo que só a fala nos propicia).

Como o concerto durou 2 horas e meia e minha máquina fotográfica só tinha espaço para gravar 45 min, filmei alguns dos melhores momentos, mas pecisamente me ative a filmar quando ouvesse canto junto a orquestra, ou seja, as árias de óperas e músicas provenintes de musicais. Obviamente, filmei também o momento em que meu texto foi lido, seguido pela aprsentação banda.

É... este bloguinho está começando a alçar grandes vôos!

Abaixo, algmas notícias sobre o evento. No primeiro link, é possível me ver na foto se você a ampliar. Eu estou no rumo do toldo branco.

http://blogdoturiba.blogspot.com/2009/06/brasilienses-vaos-as-ruas-por-cultura-e.html

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2009/06/28/cidades,i=122216/CONCERTO+NA+TORRE+DE+TV

+LEMBRA+O+MAESTRO+SILVIO+BARBATO.shtml

http://www.sc.df.gov.br/exibe_materia.php?id=633

(a programação mostrada no site da Sec. de Cultura teve algumas modificações)

Para encerrar, um fato curioso da noite: havia um rapaz alugando cadeiras a 5 reais para quem não quisesse sentar no gramado. Havíamos levado uma cadeira só e acabamos alugando outra. Um bom jeitinho brasileiro de se ganhar uma grana!

P.S.: Aproveitando o assunto, no sábado fui a um encontro de corais no SESC da 913 Sul e no início foi exibido um vídeo de uns 5 minutos em homenagem ao Silvio Barbato, com um coro cantando Va Pensiero e uma sequência linda de fotos e trechos de videos com o Silvio. Eu, que não costumo ser uma pessoa emotiva, não resisti e comecei a chorar de tão lindo.

sábado, junho 27, 2009

CREPE CROCANTE E VISITANDO UMA COZINHA

Na quinta passada minha mãe foi convidada por um colega de trab para um happy hour na lanchonete de um parente dele (se não me engano tio). Por ser depois do trabalho, acabei indo junto e não me arrependi.
O local se chama Fast Nature e fica na 313 Norte. Lá comi a massa de crepe mais gostosa de toda minha vida: super crocante e docinha. E, ao invés de vir no prato, como estamos acostumados, ela vem embrulhada numa espécie de envelope. O recheio que escolhi também estava muito bom: peito de peru com catupiri. E ainda tinha promoção (não sei válida até quando) que, pedindo um crepe salgado e um suco, ainda ganhava um crepe doce. Levei meu crepe doce para casa, pois o crepe é bem grande e já estava bem satisfeita com o salgado apenas.
Alguns dias antes, minha mãe comentou comigo que este colega dela gostava de visitar as cozinhas dos restaurantes. E que nem era por causa de higiene não: ele gosta de cozinhar e, portanto, visita as cozinhas para conhecer os novos apetrechos culinários. Eu comentei a ela que eu não teria a mesa "cara de pau" dele (embora seja um direito do consumidor, segundo ele), mas que se um dia eu fosse a algum restaurante com ele e ele fosse à cozinha, eu iria junto para saber como é.
Como no local ele tinha acesso livre à cozinha, fui com ele conhecer. A cozinha é divida em duas partes: no andar de cima, há uma pequena parte onde são preparados sucos e porções de açaí. Achei legal já ter separado no balcão, em potinhos, porções de granola e de outras coisas na quantidade certa de colocar no açaí. Isso é um sinal de organização, que deve prover maior agilidade no preparo. No andar debaixo, há a cozinha maior, onde são preparados os crepes, por exemplo. Achei legal que colocaram um elevador para deslocar a comida de um andar para o outro. Na minha opinião, não tinha nada de magnífico ou surpreendente na cozinha, mas achei a visita interessante. É sempre bom conhecer coisas diferentes.
Em resumo, gostei muito do local. Vale a pena conhecerem o crepe de lá.

Fast Nature - 313 Norte, bloco E. Fica aberto todos os dias até às 22h (não sei até que horas abre no domingo).

sexta-feira, junho 26, 2009

CNH - PARTE 8 - PROVA 1

Um grande problema para fazer esta prova foi que o instrutor não queria vir me buscar em casa. Primeiro pq ele teria que levantar bem cedo pra me pegar aqui às 6 da manhã. Segundo, que ele disse morar próximo ao local da prova.
Fiquei vários dias sem saber como fazer para eu ir fazer a prova, pois eu não poderia chegar lá sozinha dirigindo o carro, e ninguém, obviamente, gostaria de levantar cedo pra fazer isso por mim. Mas foi só eu prometer que "molharia" a mão do instrutor q ele "mudou" de ídeia rapidinho (eta pais triste o nosso!). No fim das contas nem precisei gastar por causa disso, poiseu já iria pagar pra ele pelas 8 aulas extras que eu iria fazer.

Eu dei muito azar no dia, pq o examinador não estava em um bom dia. Ele não estava uma pessoa muito colaborativa. Ele simplesmente não me dizia o que eu deveria fazer, ou dizia em cima da hora. Por exemplo, por 2x cheguei ao fim de uma rua, eu parava o carro e perguntava a ele: "E agora? Vamos para a esquerda ou para a direita?" O correto seria ele me avisar com antecedência, para que pudesse me preparar, dar seta, esss coisas.
Além disso, eu fiquei nervosa demais (algo fora do comum para mim) e não vi um pedestre que terminava de atravessar a faixa na outra mão da rua (quem mandou eu olhar só p/ frente!?). Dai comecei bem a prova, com o examinador me pagando sapo pq eu não vi o pedestre.Houve tb um contrasenso: enqto meu instrutor me mandava diminuir a velocidade nas aulas pq eu tava "andando muito rápido" (perto da velocidade máxima da via) na hora da prova queriam que eu andasse praticamente na velocidade da via.

Resultado: fazer outra prova. =(

terça-feira, junho 23, 2009

CNH - PARTE 7 - COMO FANTASIAR SEU CARRO DE AUTO-ESCOLA

Pra fazer aulas no meu proprio carro, eu tive que fantasiá-lo de carro de auto-escola. Segundo as normas do Detran, para fazer aulas, mesmo que em um carro particular, é necessário colocar nele todo faixas de tecido escrito "auto-escola" em letra preta bem grande (o Detran determina todos os tamanhos).
Inicialmente, eu e meu instrutor ficamos pensando como colocar faixas de tecido no carro, pois poderiam se soltar facilmente, molhar com a chuva, etc. Fazer de tecido parecia algo muito sem jeito. Daí mandei fazer adesivos nos mesmos padrões do Detran. Ficaram muito bons.
Só que, qdo meu instrutor foi no Detran marcar a prova, uma atendente falou com ele que, se não fossem de tecido as faixas, não deixariam fazer a prova. Portanto, mandei fazer as mesmas faixas, só que agora de tecido.
No dia da primeira prova, fomos de madrugada arrancar os adesivos e prender as faixas de tecido. Mas como tava demorando um pouco para fazer isso e ele não queria demorar para chegar no Detran, pois a prova é feita por ordem de chegada, fomos com o carro parte com faixas de tecido parte com adesivos. Chegando lá, descobrimos que não tinha problema nenhum ser adesivo. Olha que sacanagem!

Como fiquei muito tempo fazendo aulas e provas, as faixas de tecido foram uma droga. Primeiro porque a fita adesiva que as pregava ia se soltando com o tempo: a chuva, o sol, o vento, tudo desgastava a fita adesiva e ela ficava soltando. Logo eu tinha que andar com um rolo no meu carro e volta e meia ficar pregando certas partes e novo.
Segundo, que a fita adesiva pregava por muitos dias em um carro é uma droga, pois gruda que não solta mais. Tive que fazer polimento e pintar várias partes do meu carro por causa delas. Bem, meu carro ficou mais bonito, mas foi um gasto que não precisava. Por exemplo, onde estava o adesivo até o fim das aulas, não tive problema nenhum.

Um detalhe importante é que acho que são poucos que seguem realmente as normas de colocar as faixas direitinho como eu. Nas provas, eu não via nenhum carro com a mesma massaroca de fita adesiva que o meu tinha, sinal de que só pregaram as faixas para ir fazer a prova.
Teve um dia que eu fazia aula sábado e voltava pra casa umas 11 da manhã. Em um sinaleiro, um cara no carro ao lado me pergunta onde eu tinha mandado fazer as faixas, pois ele tinha um parente que ia fazer prova na segunda de manhã. Ou seja, não fez nenhuma aula com as faixas e em cima da hora não tinha nem as providenciado. Não sei se ele conseguiu, pois faixas são um poco demoradas pra fazer por causa de tempo de secagem. Onde eu encomendei as minhas, certamente o cara não ia pegar o serviço sábado a tarde pra entregar no domingo, porque provavelmente não daria tempo.

domingo, junho 21, 2009

CNH - PARTE 6 - AULAS PRÁTICAS

Desta vez gostei muito das minhas aulas práticas. O instrutor foi muito bom, sem comparação com o instrutor anterior. As aulas foram muito mais dinâmicas porque durante a semana eu fazia lá no Guará mesmo, e aos sábados eu ia para o Plano, pois a prova foi lá e eu tinha que treinar os circuitos de lá. Isso foi ótimo, pq eu tinha que ir e voltar dirigindo, pegando um trânsito mais parecido com o de verdade, fazendo caminhos reais em minha vida, necessários para ir a um monte de lugares.
Além disso, o instrutor me dava muito mais feedback de como eu estava indo do que o anterior. E isso me deu mais confiança e segurança.
Ao todo fiz 23 aulas, sendo 15 as obrigatórias, 6 entre as provas 1 e 2 e mais 2 para fazer a prova 3 e rodei mais de 500 km. Da outra vez fiz 22, mas não me sentia tão segura quanto hoje ao dirigir, prova de que o trabalho foi bem feito.

sábado, junho 20, 2009

CNH - PARTE 5 - COMEÇANDO TUUUUUDO DE NOVO

Como eu disse, em setembro do ano passado, tomei vergonha na cara (hihihi) e recomecei tudo.

Pelo menos dessa vez, as coisas fluiram bem. O Detran foi legal, pois descobri que meu laudo "não possui validade" para o Detran (bem, se fosse um laudo de uns 10 anos atrás, talvez fossem xaropar, mas o meu não tinha problema), portanto não precisei fazer perícia de novo, só a triagem. No dia da triagem, levei fotos do meu "copo" e perguntei para a médica se isso era a peça X que constava no laudo. Ela disse: "Beeeemmmm, esse é um X estilizado (pra não dizer esquisito), mas é um X. Na verdade X deveria ser como uma luvinha." Daí insisti: "Mas isso é X? Eu já tive problemas com a adaptação anterior pq não era X, então preciso saber se isso é X pra num chegar na hora da prova e o médico não me deixar fazer a prova de novo." Ela me garantiu que isso não iria acontecer, pois o médico aceitaria o "copo" como X. E assim foi.

Depois de fazer prova psicotécnica, lá fui eu atrás de auto-escola de novo. Só que, durante o período em que eu estava p... da vida pq o meu processo tinha vencido, eu fui na Promotoria do Deficiente no Ministério Público e lá me informaram que eu poderia fazer as aulas e prova usando meu carro, era só obter autorização no Detran para tal. Resolvi fazer dessa forma, para não ficar presa ao quase-monopólio das auto-escolas com carros adaptados. Além disso, nenhuma auto-escola iria querer colocar no volante o meu "copo", pois a garra que o prende ao volante danifica o couro do volante.

Fui a uma auto-escola lá perto de casa, a Planalto, e conversei com o dono. Fiz as aulas teóricas e eles providenciaram a documentação para eu fazer aulas no meu carro. Assim, consegui pagar o mesmo preço que uma pessoa "comum" pagaria pelas aulas teóricas (+ o combustível) por estar usando meu próprio carro, o que fez com que o gasto com aulas práticas fosse bem menor do que da vez anterior.

quarta-feira, junho 17, 2009

ALTERANDO MEU LIMITE DO CARTÃO DE CRÉDITO

Há muito tempo eu estava indignada pq meu banco me dava um grande limite de cheque especial (que eu nunca uso) e um pequeno limite de cratão de crédito. Volta e meia eu queria comprar algo parcelado de grande valor e não podia pq o limite não dava.
Ontem eu estava com este problema. Queria comprar passagens de avião, mas por já ter outras coisas parceladas no cartão, meu limite não era suficiente.
Fuçando o site do banco nas opções de cartão de crédito, acabei por acaso descobrindo uma opção que permitia transferir o limite do cheque especial (ou parte dele) para o cartão de crédito e vice-versa. Daí o que eu fiz? Transferi praticamente todo o limite para o cartão e agora tenho um limite gigante! eeeeeeeeeeeeeeee
Essa foi uma das melhores descobertas dos últimos tempos.

segunda-feira, junho 15, 2009

CNH - MEU PAPELZINHO VERDE DA LIBERDADE E DA FELICIDADE!!!

Hoje chegou pelo correio minha tão sonhada carta de alforria desta prisão que é minha vidinha: minha carteira de motorista! Depois de mais de 8 meses de luta, somados aos 3 anos e meio entre uma tentativa e outra, mais de 500 km rodados e quase 2000 reais gastos, agora deu tudo certo. Em breve poderei ir onde eu quiser, quando eu quiser, com quem eu quiser.

É claro que, considerando que ainda não sou nenhuma expert em direção, começarei saindo mais em horários de pouco movimento e mais perto de casa. Mas minha vida muito melhor sem depender dos outros para sair, me divertir ou resolver coisas.

Agora poderei parar de enrolar vocês, meus amigos, e marcarmos de sair com mais facilidade!
eeeeeeeeeeeeeeee \o/

domingo, junho 14, 2009

FOGUEIRA DE SANTO ANTÔNIO

Neste dia de Santo Antônio, fui a um casamento muito divertido, que na festa teve de dança do ventre a quadrilha.
Mas o mais inusitado da noite foi quando cheguei em casa e vi pela janela que havia uma fogueira no quadradão ao lado do meu prédio. (Pra quem não sabe o que é um quadradão, nada mais é do que uma praça sem intra-estrutura nenhuma, apenas um gramado.) Não resisti: só tirei o sapato de salto, coloquei um casaco e fui ver a fogueira de perto.


O fogo é um dos elementos da natureza que me causa mais fascínio!

sexta-feira, junho 12, 2009

FERIADO NA EXPOTCHÊ

No feriado eu tava cansadona, mas havia me comprometido a ir na Expotchê, no Pavilhão do Parque, e assim o fiz. Quem puder ir (a feira vai até domingo) tá valendo a pena.
No ano passado eu não fui, pq eu achei que em 2007 tava muito fraca: haviam poucas bancas com coisas típicas do sul e a feira estava inundada de bancas daqui de Brasília mesmo e região.
Mas este ano, eu achei muito boa. Há muitas bancas de produtos totalmente típicos do sul, como cuias e todos os apetrechos para o chimarrão, chocolates, facões, muitas roupas típicas (daquelas bem pesadas, para muito frio), vinhos, queijos, salames... claro que sempre há prdutos de outras regiões, mas achei que desta vez está bem típica a feira.
Tem um espaço culinário, onde é possivel aprender receitas típicas. Pras crianças, tem uma fazendinha com diversos animais. Tem também a escola do chimarrão, onde é possível aprender como prepará-lo.
Compras, não vou nem falar muito, pois comprei demais... hihihihi

Dois fatos curiosos:
1) Constatei que deficientes entram gratuitamente em qualquer feira no Pavilhão do Parque, pois esta foi a terceira feira que eu entrei de graça.
2) Quando paramos para lanchar, umas 20h, percebemos que a feira encheu consideravelmente. Saí da feira às 20:40 e, para minha surpresa, havia uma fila monstruosa para comprar ingressos. E olha que não ia ter show de ninguém conhecido. Nunca vi algo do tipo lá no Parque.

CONHECENDO BRASÍLIA - BARCA BRASÍLIA

No domingo passado fui a um passeio que acho que todo mundo deve fazê-lo uma vez na vida: um fim de tarde agradabilíssimo no meio do Lago Paranoá a bordo da Barca Brasília.
O passeio é marcado para as 17h, mas a barca sai mesmo às 17:30. Mas esse tempo é importante para você se acomodar e conhecer a barca e como tudo funciona, antes de partir. A barca sai do Hotel Bay Park, próximo a Vila Planalto. O retorno é às 20:30, mas nem dá vontade de voltar, de tão lindo queé o passeio.

Além da bela vista do Lago, é possível ver pontos turísticos como o Palácio da Alvorada, Ermida Dom Bosco e a Ponte JK por um ângulo bem inusitado. Prestando atenção, eu consegui ver até o Banco Central ao longe, e o fotógrafo profissional que lá estava conseguiu foto da Torre de TV e do Conjunto Nacional.
O passeio também é uma aula de história sobre Brasília e a construção do Lago. Por exemplo, você sabia que existe, próximo a Vila Planalto a Vila Mauri, que abrigou pessoas que trabalharam na construção do Lago? O único detalhe é que ela está submersa, pois fizeram a previsão errada de que demoraria anos para encher o Lago e ele encheu mais rápido do que o previsto. Segundo a historia contada pelo Edimilson, o "capitão" da barca, os moradores tiveram que ser removidos às pressas e criaram a cidade-satélite de Sobradinhopara abrigar essas pessoas.
Para alegrar ainda mais o passeio, sempre há a participação de músicos ou poetas. No dia que eu fui, era um show de MPB com voz, violão e percussão de alta qualidade. A programação é sempre divulgada previamente no site da barca.

Infelizmente, o passeio sai por um precinho meio salgado. Para pagamento antecipado (depósito na conta corrente da agência de turismo - tem que levar ocomprovante), o passeio sai por 30,00 (40,00 para pagamento no final) + 10,00 de couvert. E como vc vai necessariamente comer e beber algo, pois o passeio é longo, bem, o passeio não sai por menos de 50,00. Mas se vc não tem muita grana, vale a pena juntar e ir um dia.

Um detalhe importante que não tem no site: além de dinheiro e cheque, só é aceito cartão Visa, e se vc for pagar o passeio no final, não poderá ser no crédito.

As fotos publicadas em meu fotolog são minhas, de uma amiga e de um fotógrafo profissional que tirava fotos durante o passeio e perto do final elas são exibidas em um monitor localizado no centro da barca. (Dica: se vc quiser fazer q nem eu e copiar as fotos do fotógrafo, leve um pendrive. Eu não tinha, mas copiei num cartão de memória.)

Para mais detalhes, visite o site www.barcabrasilia.com.br

quinta-feira, junho 11, 2009

CNH - PARTE 4 - ATRÁS DA PEÇA X + DEPRESSÃO

Fiquem sabendo que, para assuntos motorizados, é muito melhor vc ser um cadeirante, pq todas as adaptações já são conhecidas e meio que padronizadas. No meu caso, que precisava de algo mais diferente ainda, para achar algo eu ligava para um lugar que mexia com adaptações de carros e me passavam o tel de outro lugar e assim sucessivamente. Depois de falar em uns 4 lugares, cheguei ao lugar onde eu iria comprar a peça Y.
Eu já estava até com o carro comprado e adaptado com a peça Y, que foi um custo para achar. Daí lá fui eu lá de novo pra ver se eles me indicavam alguém que pudesse fazer o tal "copo" para mim. Felizmente o pessoal era muito gente boa e bem relacionado e me indicaram uma loja próxima que faz estofados de couro para carros. Lá consegui fazer meu "copo". E o que o "copo" tem a ver com bancos de couro? Na verdade, o "copo" foi feito com um cano de PVC (desses de construção) revestido com couro e por dentro um segundo revestimento de espuma. Para encaixar no volante, usou-se o gancho que era parte da peça Y que eu comprei. Pelo menos a compra serviu para alguma coisa.
(Atualmente, descobri que meu "copo" ficou muito comprido, portanto, eu nem enfio a mão toda dentro dele. Se algum dia eu precisar fazer outro, mandarei fazer a metade do comprimento desse, ou uns 2/3.)

Só que nesse meio tempo, eu irritei feio meu olho, ocasionado pelo stress todo. Meu olho direito ficou muito, mas muito ruim e fiquei muito tempo sem suportar a luz solar, logo, nada de dirigir. Daí, sem poder fazer aulas com a adaptação nova, o tempo foi passando... Quando recebi alta da oftalmologista e fui a auto-escola, descobri que meu processo estava vencido, pq havia passado de um ano de sua criação. E alguém tinha me avisado em algum momento que isso existia!?! Eu deio aquela auto-escola! Se alguém tivesse me falado q meu processo venceria, acho q eu melhorava da depressão e dava um jeito de melhorar o olho rapidinho.

Logo, perdi tudo que eu tinha feito, aulas, provas, tudo e teria que começar (e pagar) tudo de novo. Daí me deprimi de novo e larguei essa estória de mão por um tempo. Na verdade isso me deprimia tanto e as pessoas ficavam cobrando quando a carteira iria sair... era horrível. Teve pessoas que eu até evitava enocntrar pq sabia que ia me perguntar da carteira. Foi um período muito ruim até eu me conformar com o meu fracasso, com a falta de informação por parte do Detran e da auto-escola e com a incompreensão de certas pessoas.
E o tempo foi passando, eu fui enrolando e sempre adiando, pois eu sabia que ia me estressar com isso. E foi chegando o fim do meu curso na UnB e a última coisa que eu queria era stress. Depois foram os concursos...

Resumindo, em setembro passado, depois de anos, resolvi começar tuuuuudo de novo!

quarta-feira, junho 10, 2009

CNH - PARTE 3 - A "PRIMEIRA" PROVA (A QUE EU NÃO FIZ)

Quando um deficiente vai fazer prova de direção, é feita uma banca especial, em que além dos avaliadores, há a presença de um médico do Detran. Na época da primeira prova, antes da prova esse médico fazia uma vistoria no carro usando o seu laudo para ver se o carro está adaptado corretamente. (hoje em dia isso tá mais light, em nenhuma das vezes olharam com tanto rigor meu carro) Nesse momento, o fdp do médico já esbravejou que eu não poderia fazer a prova pq a adaptação do volante estava errada. Vc já ta nervosa, na tensão da prova e o cara ainda esbraveja na sua cara! Desabei a chorar, não sei se de tristeza, raiva ou os dois.
Pela 2a vez, perguntei a um médico do Detran o que era X. Ele me deu a melhor definição até então: "Vc vai ter que mandar fazer uma espécie de copo, de acordo com o tamanho da sua mão, no qual vc colocará sua mão dentro para dirigir." Apesar de ser grosso, pelo menos esse foi o único médico (dos 3 que tentaram) que me deu uma boa explicação do que era X.

A essa altura do campeonato, eu fiquei muito p... da vida com tudo, com o Detran e com a auto-escola. Fiquei um tempo deprimida, sem querer saber do assunto, e depois de me recuperar um pouco, fui correr atrás da adaptação, pra poder remarcar a prova.

CNH - PARTE 2 - A PEÇA X

Quando fiz minha primeira perícia, me deram um laudo dizendo que para eu dirigir eu precisaria de uma peça X no volante. Quando perguntei o que era X, um dos médicos respondeu: "é uma peça na qual vc vai apoiar a mão para poder dirigir" e só! nenhuma foto, ilustração ou explicação mais detalhada. Eu, muito ingênua, também não perguntei mais nada.
Na época só haviam 2 auto-escolas (ou agora, autoescolas com a nova ortografia - to ficando meio neurótica com isso... kkkkk) com carros adaptados e que cobravam quase o dobro do preço do que aulas para as pessoas "comuns". Daí quando eu ligava pras auto-escolas, e perguntava se eles tinham carro com a peça X, as atendentes, coitadas, demoravam muito para me responder. Até que uma moça de uma das auto-escolas perguntou se X era a mesma coisa que Y. Eu disse que não sabia, mas ela achava que era e assim foi.
Claro que a auto-escola teve acesso ao meu laudo e poderia muito bem ter me dito se Y era igual a X ou não, mas fiz as aulas usando a peça Y. A peça Y consistia em uma coisa parecendo uma maçaneta redonda. Eu apoiava minha mão ao lado dela e assim conseguia girar o volante mais fácil.
(Vocês devem estar achando estranho esse negócio de X ou Y, mas as nomenclaturas são tão estranhas e em cada lugar se chama a mesma coisa com outro nome que nem vale a pena eu ir procurar pelos nomes reais.)
Fiz 22 aulas em pleno horário de almoço, com sol forte, sem almoçar direito para dar tempo, a fdp da Auto-Escola Globo não me buscava para as aulas, logo eu tinha que pegar taxi para ir e voltar. Foi muito sofrido... E além de tudo, chega no dia da prova e dá problema! Afinal, eu usava Y não X.

terça-feira, junho 09, 2009

CENAS DE UM SÁBADO - O IPÊ ROXO E O MORANGO DA JANELA

Sábado fui a um churrasco na ASBAC. Quando estava indo embora, dei de cara comum lindo ipê que dizia: "Me fotografe!". Não resisti, até pq normalmente vejo os ipês no meio da rua, passando de carro, sem ter como parar para fotografar.

De noite, minha mãe me mostra um moranguinho colhido na jardineira da janela do quarto dela. Antes de comer a minha metade do morango (azedinho, mas uma delícia, por ser sem agrotóxicos), tirei uma foto dele, já que minha máquina agora permite tirar boas fotos de perto.

Na manhã do domingo, tirei uma foto do pezinho, que tem outro morango quase maduro.

sexta-feira, junho 05, 2009

SELECT FATIA FROM BOLO

Hoje fui surpreendida com uma festa surpresa lá no trab... (Meu aniversário tá rendendo... hihihi) E me enganaram direitinho: Coicidentemente, uma colega de outra sala foi lá na minha sala e me chamou pra ir na sala dela, pq tinha a irmã de um colega vendendo bijus. Enqto eu olhava as bijus, o pessoal da minha sala terminou de arrumar minha festa na salinha de reuniões. Passado algum tempo, ela vai me dizer q tavam me chamando urgente na minha sala pq tinha dado um problema. Coincidentemente, quando eu estou saindo da sala dela, estava o chefe da área de desenvolvimento discutindo com uma colega sobre uma tabela. Como a conversa parecia estar acalourada, eu achei que tinha algo a vercom o problema.
Chegando na minha sala, acho meu chefe no computador e, com uma cara de peocupação, me diz que tinha dado um problema com a auditoria (parte que eu estou cuidando) e que tinha dado problema no sistema e etc. E que estavam me esperando para uma reunião para ver o que fazer. Eu fiquei apavorada e fui para a sala de reuniões. Quando eu chego lá, tá o povo em pé cantando parabéns! eeeeeeee
A piada nerd da festa foi na hora de cortar o bolo. Homens nunca sabem cortar o bolo e ficam esperando (quase implorando) que alguma mulher o faça. Até que um colega de outra sala diz: "Ah, já que vocês são do banco de dados, vocês podiam fazer um SELECT fatia FROM bolo." kkkkkkkk Eu morri de rir com essa. Já pensou se partir um bolo fosse simples assim?!

CNH - PARTE 1 - COMO TUDO COMEÇOU

Tudo começou em 2004, quando, em um encontro de portadores de EB em SP, conheci um rapaz que, apesar de ter a mesma deficiência que eu, dirigia. E pior, além de ter a mesma deficiência nas mãos que eu, ele ainda tinha uma perna amputada e usava prótese. Nós conversamos muito sobre isso, pois fomos juntos do aeroporto ao local do evento. Então pensei: se ele pode, pq eu não posso?
Este foi o momento em que eu percebi que isto poderia ser possível, pois na verdade, nunca tinha pensado que fosse. Afinal, como poderia eu segurar um volante??? Além disso, quando se fala em deficientes dirigindo, o que se ouve falar normalmente são de paraplégicos, que colocam adaptações no carro para poder dirigir usando as mãos ao invés dos pés.
Em 2005, resolvi ir atrás disso. Fui ao Detran, fiz uma triagem, passei pela junta médica lá para avaliarem se eu poderia ou não dirigir. Para minha surpresa, os medícos disseram que eu poderia dirigir!
Como qualquer outra pessoa, fiz o exame psicotécnico, fiz as aulas e prova teórica e finalmente começaram os problemas: as aulas práticas! Mas isso é assunto para a próxima postagem...

DIFICULDADES PARA UM PNE OBTER UMA CNH - A SÉRIE

Considerando o momento de felicidade e conquista, vale aqui explicar porque esta conquista foi tão demorada. Vou dividir toda a minha odisseia (agora sem acento, assim como "ideia" kkkkk) em algumas postagens, pois eu demoraria demais para escrever uma postagem só que vcs cansariam de ler por causa do tamanho e não leriam até o fim.
O que pretendo aqui é, por meio do meu exemplo, mostrar como a obtenção de uma CNH por um deficiente físico pode ser um grande caminho tortuoso, cheio de desafios e tristezas. Mas tmbém que é possível vencê-lo, com muita força de vontade.
Além disso, como em certos aspectos o meu processo não difere em nada daquele de uma pessoa não-deficiente, pretendo colocar algumas dicas que podem ser úteis para qualquer pessoa que, como eu, busca um pouco mais de liberdade e mobilidade.

Obs.: Como a série vai ser grande, ela pode ser interrompida por outros assuntos aleatórios que surgirem no caminho. Mas eu sinalizarei adequadamente no ítulo da postagem quando finalmente for o final.

quinta-feira, junho 04, 2009

BOA MEMÓRIA, MAS SEM NOÇÃO DE TEMPO

Semana passada me ocorreu um fato inusitado. Fui a uma papelaria mais ou menos próxima de lá de casa, uma das maiores cerca de onde moro. Embora a papelaria já tenha mudado de nome umas 3 vezes, encontrei uma antiga funcionária que me conhecia desde os tempos em que eu fazia 5ª série num colégio bem próximo à papelaria e toda semana eu tava lá, comprando algum material que acabou, cartolina ou algum papel diferente pra fazer algum trabalho escolar. Claro que com o avançar dos anos, fui precisando de menos material escolar e passei a ir menos lá.
Ela olhou para mim e perguntou se eu havia me mudado, pois nunca mais havia aparecido. Eu disse a ela que eu ia muito lá quando eu estudava no colégio proximo, e que eu já tinha saído do colégio faz tempo. Ela se assustou com o fato de eu não estar mais estudando no colégio. Quando eu disse que já tinha era acabado faculdade, aí que ela se assustou mesmo e respondeu: "Nossa, parece que era outro dia que você vinha aqui de uniforme!" Pois é, o tempo passa...

quarta-feira, junho 03, 2009

SILVIO BARBATO, O MELHOR MAESTRO QUE JÁ VI

Esta semana a população em geral está num clima de comoção devido ao acidente com o avião da Air France. Confesso que o que mais me chocou foi o fato da maestro Silvio Barbato estar no vôo.
Barbato foi regente da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional de Brasília por duas vezes (de 1989 a 1992 e de 1999 a 2006). Também foi diretor artístico do Teatro Nacional de Brasília. Tive a oportunidade de ver várias apresentações da Orquestra regidas por ele, tanto no Teatro Nacional quanto no gramado atrás da Torre de TV, onde a Orquestra costuma fazer apresentações ao ar livre em datas comorativas, como no Dia do Trabalho. Ele era um maestro que tentava popularizar a música clássica, fazendo com que a orquestra tocasse não só os clássicos, mas também músicas bem populares, e até mesmo idealizando combinações mais improváveis, como em um projeto em que unia rock e a orquestra.
Embora eu só o tenha conhecido nas apresentações regendo, ele era uma pessoa muito carismática, que mudou minha visão do que é um maestro. Embora eu tenha certa formação musical, o maestro me pareceu por muitos anos uma figura meio inútil. Era sempre aquele cara sério, com a batuta na mão, movendo os braços em frente a orquestra. O Silvio Barbato não: ele era diferente! A sua figura com cabelo meio grande e desgrenhado, já grisalho, e um jeito meio de louco não parecia combinar com a figura sisuda dos maestros. Ele era um maestro vivo, que conseguia passar emoção enquanto regia e sempre arrancava aplausos do público por seus gestos enérgicos. Quando ele estava regendo, eu conseguia passar minutos olhando fixamente para ele, ignorando a existência do resto da orquestra, tamanha vivacidade ele passava. Uma pena não poder vê-lo mais em ação.
Ontem, dia em que normalmente há apresentações gratuitas da Orquestra, houve uma grande homenagem a ele, conforme descrito na notícia abaixo:
http://www.correiobraziliense.com.br/html/sessao_18/2009/06/03/noticia_interna/id_sessao=18&id_noticia=115420/noticia_interna.shtml
Pena eu não ter ficado sabendo a tempo, senão eu teria ido.