sexta-feira, setembro 30, 2011

ARCO-ÍRIS AO REDOR DO SOL

Hoje cheguei no meu trabalho ao meio-dia e ocorria um fato muito curioso. Haviam umas 15 pessoas do lado de fora do prédio onde trabalho, todas olhando para cima e algumas tirando foto com o celular.
"Será que algo está caindo do prédio? O prédio está em chamas? Que raio está acontecendo no alto deste prédio?" pensava eu, enquanto manobrava o carro para estacioná-lo.
Ao sair do carro e olhar pra cima, dou de cara com algo assim.



Lindo, né? O fenômeno se chama halo e até que é comum.
Ao se aproximar da entrada do prédio vi um colega de trabalho o qual informei sobre o fenômeno e me pedi que me mandasse uma foto massa se fotografasse com o cel. Uma colega acabou tirando essa linda foto! Bem, taí pra provar que eu presenciei o fato.

O primeiro site a noticiar algo foi o G1: http://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/2011/09/fenomeno-meteorologico-cria-arco-iris-em-torno-do-sol-em-brasilia.html Já tem diversas fotos bonitas na internet e até uns videozinhos no You Tube.

terça-feira, setembro 27, 2011

DIA (OU SEMANA) DE LUTA DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA

Dia 21 de setembro é o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência. Neste ano, o Ministério do Planejamento e a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, em comemoração, organizaram o evento Acessibilidade Digital - um direito de todos, que foi realizado na ESAF. Foi um dia de palestras sobre acessibilidade.
Dois dos objetivos do evento eram apresentar a nova versão do e-MAG (Modelo de Acessibilidade de Governo Eletrônico), a 3.0, e o lançamento do portal www.pessoacomdeficiencia.gov.br Mas foi também um dia de palestras muito interessantes sobre acessibilidade e sobre os erros mais comuns em sites no que tange este assunto. Além disso, conheci pessoas muito legais.
Algo que me entristece nesses eventos é a simultaneidade de palestras. Portanto, deixei de assistir palestras das quais gostaria de participar e deixei de estar na palestra de um conhecido meu. Bem, pelo menos o encontrei antes do início do evento e conversamos um pouco.
Tomara que o governo promova mais eventos como esses, quem sabe uma vez por ano, para ver se assim incentiva os órgãos públicos a tornarem seus sites acessíveis.

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Minha semana de acessibilidade se encerrou no domingo, quando tive a alegria de ir ao último dia do Festival Assim Vivemos, que é um festival bienal de filmes sobre deficiência, que ocorre no CCBB. Lá os deficientes contam com legendas em todos os filmes, inclusive os nacionais (para os deficientes auditivos) e também possuem como opção o recurso de audiodescrição (para quem não sabe o que é, funciona como uma tradução simultânea, só que o audiodescritor tem a função de descrever as cenas do filme nos espaços "livres" entre as falas dos personagens).
Tive a oportunidade de assistir um filme chamado Além da Luz, que é um documentário que mostra a vida de vários cegos, suas dificuldades, suas lutas e suas alegrias, mas tudo de uma maneira bem otimista. Tive a oportunidade de aprender mais sobre as rotinas e dificuldades deles, e algumas soluções encontradas para se inserirem na sociedade. Foi uma ótima maneira de encerrar meu fim de semana, ainda mais que eu estava em muito boa companhia.

terça-feira, setembro 20, 2011

EVENTOS E DIVULGAÇÃO

Semana passada estive em 3 eventos, sendo um deles gratuito. Todos com público muito aquém do que poderia sido, pois foram eventos bem legais.
Na minha humilde opinião, o que faltou foi divulgação em todos os 3 casos. Pelo que percebi, foram divulgados a grupos muito restritos e em 2 dos casos meio em cima da hora. Acho que um cuidado que se tem que ter na organização de eventos é a divulgação com a devida antecedência, para as pessoas poderem se programar pra ir. Além disso, de alguma forma, deve-se tentar não restringir o grupo de pessoas a quem deve ser divulgado. Eventos não costumam ser como uma festa de aniversário em que você chama e "todo mundo" quer ir (afinal quem não quer comida grátis?!). Muitos não vão nem se interessar pelo evento, outros não vão por causa do dia (talvez já tenham algum compromisso), outros por causa do preço, outros por dificuldades de deslocamento e por aí vai. 
Eventos demandam tempo e divulgação "maciça". Se não tiver como prover algum desses itens, não espere muito do seu evento. Pode ser que, por sorte, ele seja um sucesso de público, mas é bem provável que ele não seja.

terça-feira, setembro 06, 2011

1ª VBF (ou AVENTURAS EM ALTO PARAÍSO, ou ainda CADEIRANTE POR 2 DIAS)

Esse post tem vários títulos e até poderia ter mais, pois foi um fds super animado e repleto de emoções, com muitas histórias pra contar pros netos (se Deus me der a graça de ter filhos primeiro).
Tudo começou a alguns meses quando um amigo da UnB me fez um convite irrecusável (e eu acho que se eu recusasse ele ia me encher tanto que eu ia acabar topando kkkkk): reunirmos um bando de amigos doidos da UnB e passarmos um fds em Alto Paraíso. E o melhor: eu era a convidada especial, pois ele pensou na trilha especialmente pra mim, pois a trilha era quase toda "pavimentada", com piso de madeirinha. Depois de alguns adiamentos por motivos de força maior, a viagem saiu no fds passado. 

Ficamos em 2 chalés numa pousada super fofa, da qual praticamente não saímos, pois a cachoeira era lá mesmo. Chegamos sexta a noite e voltamos pra Brasília depois do almoço de domingo.
Sexta nos reunimos no chalé maior e conversamos até altas horas. Sábado foi o dia de fazermos a trilha ecológica para a cachoeira.

Na verdade meu amigo que organizou o passeio estava um pouco equivocado sobre a acessibilidade da  cachoeira, embora eu tivesse explicado para ele sobre minha dificuldade com terrenos acidentados. A maior parte da trilha foi de boa, por ser de madeira, mas no fim o caminho era de pedra bruta, pontuda, daquelas ótimas pra machucar os pés, e o acesso da trilha pra cachoeira ou era com muitas pedras ou com muitas raízes de árvores. Optei pelas raízes. 
A parte mais curiosa foi que, em nossas conversas sobre a viagem, ele fez uma proposta curiosa, a qual ele estava com certo receio de fazer (creio que ele achava que eu poderia com raiva ou algo assim). Como a trilha era de 2400m, uma distância longa para mim, ele propôs alugarmos uma cadeira de rodas, para que assim pudesse me conduzir por esse caminho. Eu topei a ideia, e alugamos a cadeira por apenas 20 reais por até 10 dias. Ela foi bem útil, usada em outros trechos também, como do chalé pro restaurante, e várias pessoas se interessaram por aprender a me conduzir na cadeira. Nunca havia usado cadeira de rodas, mas como convivi com vários cadeirantes na UnB, tinha algumas noções de como conduzir. Ensinei o que sabia e deu certo. O melhor foi que ela ajudou a poupar meus pezinhos, que voltaram intactos da viagem, o que foi mais do que surpreendente, considerando a sensibilidade da minha pele.No fim foi uma curtição só, pois quase todo mundo queria pilotar um pouquinho a cadeira.
A maior parte da trilha foi feita na cadeira, mas como eu disse, houve as partes tensas de pedras pontiagudas que eu tive que fazer a pé mesmo, pra tristeza dos meus pezinhos, que ficaram doloridos depois. Alguns trechos foram beeeem tensos, a ponto de eu quase desistir. Mas valeu a pena, pois a trilha é linda e é um presente de Deus poder me deleitar vendo toda aquela flora do cerrado, com suas diversas espécies de árvores. Há um trecho curioso com muito samambaiaçus que dá até uma sensação de que vc está em outro lugar que não o cerrado.
Entrar na água foi outra novela. Ao ver que as opções que eu tinha para chegar até a água eram pedras pontuda e raízes, eu me senti meio frustrada, com aquela sensação de "poxa, passei por isso tudo pra chegar aqui e nem poder tocar a água?!". Com muita dificuldade e ajuda de vários amigos, passei boa parte das raízes. Mas ainda havia um desnível alto para entrar na água e não havia como descer sozinha. Daí tive que apelar para o colo do amigo mais forte da turma. Pegar-me no colo normalmente é uma tarefa arriscada, pois posso me machucar se eu for pega nos lugares errados. Felizmente, dando as instruções certas, no fim tudo acabou bem. Não fui até a cachoeira pois o poço tinha profundidade a qual eu não cosneguiria por meus pés no chão. E como não sei nadar...

Pra voltar, havia o caminho mais curto, que não fizemos na ida porque queríamos passar pela trilha ecológica. Só que este caminho era uma grande escadaria íngreme, com piso não bom (sinceramente não me lembro mais se era de pedras pontudas, mas só o fato de ser muito íngreme já atrapalhava minha vida). Daí tive meu momento Rainha do Egito, como alguém o denominou: todos os homens do grupo se revezaram em grupos de 4 para poder carregar-me na cadeira escada acima. Chique não?! Foi cansativo pra eles, tadinhos, mas foi muito mais fácil e rápido em comparação com a ida.

Uma pergunta que surgiu durante essa aventura toda: Já que existem cadeiras próprias para práticas de diversos esportes, será que existem cadeiras de rodas off-road?  A resposta: Sim, elas existem! Basta perguntar ao "grande oráculo cego da internet" (Não entendeu a piada? Digite "oráculo" no campo "Pesquisar este blog") que ele mostrará várias fotinhos.

A noite preparamos queijos e carnes no Grill do George Foreman e "assamos" marshmallow com velas, já que não era permitido fazer fogueiras. Fez-se também um espeto de marshmallows no Grill pra ver se dava certo, mas era beeem mais divertido na nossa fogueira improvisada.
Domingo foi o dia mais relax. Pretendíamos fazer mais coisa, mas por motivos de força maior, só arrumamos nossa bagagem pela manhã e fomos almoçar no Rancho do Seu Valdomiro, onde comemos a famosa matula (mais informações em http://www1.folha.uol.com.br/folha/turismo/americadosul/brasil-chapada_dos_veadeiros-culinaria.shtml) e comprei pra trazer pra casa licor de ananás. De lá, voltamos pra casa.

Há muitas histórias hilárias, mas separei as melhores pra relatar aqui:

Copaíba = feijão?!
Enquanto fazíamos a trilha, líamos as plaquinhas colocadas em diversas árvores com nome vulgar e científico. Lá pelas tantas, vimos um pé de copaíba, o qual admirávamos pela sua cor avermelhada quando a árvore está descascando. Ao ler a plaquinha disse:
- Nossa, copaíba é da família das leguminosas!
A resposta de uma das pessoas que me acompanhava foi:
- Bem, se copaíba é uma leguminosa, tomar óleo de copaíba e comer feijão é a mesma coisa. 

Joga luz!!!
Uma parte da turma resolveu refazer a trilha a noite, para admirar bichinhos noturnos. Os "expedicionários" estavam equipados com 2 bastões de neon e uma pequena lanterna para clarear o caminho. Após algum tempo de caminhada, começaram a ouvir passos de algum animal. Uma das pessoas fala pra um dos que carregavam o bastão de neon e fala: "Joga luz!". O outro estende o bastão em direção ao local de onde vinha o barulho, mas o bastão não iluminava grandes coisas e não deu pra ver qual era o animal. Daí novamente a frase "Joga luz!" é pronunciada. O outro pára, fica sem entender e pergunta: "Mesmo?!". A resposta é "Sim! Joga luz!". Bem, o bastão de neon é jogado no meio do mato. 
E o que era pra ser feito? Era pra outra pessoa, que carregava a lanterna direcionar o feixe de luz naquela direção.

Enfim, foi uma viagem inesquecível pra mim, algo que eu nunca imaginaria que fosse ocorrer, algo que não tem preço e ficará guardado pra sempre na memória. Agradeço imensamente aos meus amigos que me apoiaram e me ajudaram o máximo que puderam durante a viagem.

Não vejo a hora de acontecer a 2ª VBF!