quinta-feira, maio 19, 2016

CONHECENDO O DF - AGROBRASÍLIA E PAD/DF

Não sei dizer muito bem como a conversa começou, mas certa vez comentei com uma amiga minha (que trabalha na Embrapa) que eu era louca pra conhecer um campo de girassóis e tirar fotos nele.
Daí ela me mostrou que eu poderia ter a chance de conhecer um campo de girassóis aqui no DF mesmo. Mas claro, tive que aguardar a época certa pra eles florescerem.
E eis que no mês mais lindo do ano a oportunidade surgiu... 

Esta amiga me apresentou a AgroBrasília, feira cujo nome é autoexplicativo. E nela haveriam girassóis da Embrapa. Assim, combinei com a fotógrafa já conhecida desta amiga, lotamos um carro e fomos rumo ao PAD/DF.

O PAD/DF (leia-se "padéf") é uma região rural do DF (siiiimmmmm, temos região rural no DF, pra quem não sabe), próximo à divisa do Goiás e de Minas (siiiimmmmm, o DF tem uma mini-divida com Minas, mas tem), pegando o caminho pra Unaí. Do meu prédio foram cerca de 1h15 de viagem e uns 65km segundo o Google Maps. Pensa num trem longe, ainda mais por estar andando numa rodovia no meio do mato. Toda hora eu me perguntava se ainda estava no DF. kkkk

Na região pude ver diversas plantações com placas exibindo códigos relativos às espécies ali plantadas e vi placas para lugares inusitados, como uma comunidade rural chamada Café Sem Troco (!). 

A feira em si é enorme, e só pude andar nela graças á existência de carrinhos elétricos pra ajudar na locomoção de quem tem mais dificuldade. Confesso nunca ter visto ao vivo tratores e outros maquinários tão grandes. Da feira não aproveitei muito, pois meu destino era certo: procurar os girassóis e fazer 1h de sessão fotográfica. 

Os girassóis da Embrapa eram lindos, enooormes, mas havia uma fita isolante ao redor da plantação e não havia como entrar nela. Mas havia outra, bem pertinho, que eu não sei a quem pertencia, mas que era aberta. Logo, esta foi a escolhida, para que eu pudesse tirar fotos DENTRO do campo de girassóis. E as fotos ficaram incríveis, um lindo presente de aniversário para mim mesma.

Mas por que esta fixação por girassóis? Bem, já faz muitos anos, em sonhos e meditações eu sou levada a um lindo campo de girassóis. Em geral eu brinco com os girassóis, corro no meio deles, e depois sento-me embaixo de uma árvore frondosa, que me lembra algumas árvores do Parque da Cidade, localizada em cima de um pequeno morrinho. Sempre que em alguma meditação preciso ir a um "local tranquilo", eu volto ao meu campo de girassóis. 
Então, passear no meio de girassóis de verdade foi incrível. Meu coração batia forte e a vontade de chorar era muito grande. Eu fiquei embasbacada, sem palavras com tamanha grandeza e beleza da plantação. 

Voltando já de noite, cansados, mas euzinha muito feliz. No fim, foi um dia incrível viajando dentro do próprio DF!

domingo, maio 08, 2016

MATANDO SAUDADES DO PARÁ (ou RESTAURANTE JAMBU)

Mais um post gastronômico!

Depois que um ex-chefe me deu a ideia de comemorar o Dia das Mães antecipado, na sexta ou sábado de noite, e da minha mãe e irmão terem topado, é o que estamos fazendo a alguns anos.
Este ano sugeri o restaurante Jambu, na Vila Planalto, cujo chef é paraense e misura culinária típica da terrinha com algumas releituras modernas. Também tem uns menus especiais, o carta branca e o de 12 etapas, mas isso irá ficar pras próximas vezes. 
Nunca tido ido lá. Por ser um restaurante sofisticado e de $ alto, usa em seus pratos muitos ingredientes considerados exóticos pra maioria das pessoas, então me faltava companhia pra ir.

* Coincidência ou não, esta semana recebo um e-mail da TAM com uma passagem para Belém pra setembro. =D Mas era de uma quase xará minha (mesmo primeiro nome e sobrenome) que cadastrou meu e-mail por engano e era SP - Belém - SP. De qualquer forma, será um sinal???

O ambiente é pequeno e aconchegante. Fiz reserva, pois fiquei com medo da lotação, mas nem seria necessário. Reservei pras 20h e só havia uma mesa ocupada além da nossa. Até pensei que ia ficar vazio daquele jeito, mas às 21h já tinham várias mesas ocupadas. Não chegou a encher. 

Como sou paraense (sim, eu sou e com muito orgulho), olhei o cardápio no site e passei a semana sonhando com pato no tucupi. Não me decepcionei. Estava excelente, bem tradicional. 

Pato no tucupi

Meu irmão pediu camarões com arroz de jambu e também gostou. 

Pato no tucupi (frente) e camarões com arroz de jambu (ao fundo)

De sobremesa, minha mãe e irmão pediram creme de cupuaçu. Não gostaram tanto por ter outros ingredientes, como tapioca e tucupi. Preferiam um creme de cupuaçu tradicional. 
Como não gosto de cupuaçu (culpa da minha mãe ter tido desejo de cupuaçu logo antes de eu nascer e fez com que eu me enjoasse da fruta ainda na barriga dela kkkk), pedi a sobremesa de bacaba. Era algo bem moderno: cenoura crua enrolando as mini porções de creme de bacaba, um creme branco no fundo do prato, pedaços de salsão (que serviam muito bem para tirar o gosto da boca) e abacaxi picado bem pequenino, que era o elemento doce da sobremesa. Uma sobremesa bem inusitada. Boa, mas não se você está num dia precisando comer algo bem doce. 

* A bacaba é uma fruta de sabor "terroso" como o do açaí. Me fez lembrar o açaí puro paraense. Uma pena não terem sobremesa de açaí desta vez, mas fui informada que é porque não é época lá no norte, e trabalhar com a polpa congelada diminuiria a qualidade do prato. Segundo o garçom me informou, no primeiro semestre havia ganache de açaí. Agora, terei que aguardar o início do ano pra comer alguma sobremesa com açaí por lá.
** O cardápio é super enxuto (cabe em uma folha) e é trocado de acordo com a sazonalidade dos ingredientes. Logo, a cada 3 meses há renovação do cardápio.

Sobremesas: bacaba (esq) e cupuaçu (dir)

Pra quem aprecia boa gastronomia e não tem medinho nem de ingredientes desconhecidos nem de cozinha contemporânea, vale muito a pena conhecer.