segunda-feira, fevereiro 04, 2019

FÃ INESPERADO

Semana passada aconteceu algo bem inusitado: descobri mais um fã do blog. 
Eu estava no elevador do trabalho, conversando com um colega, quando um rapaz que estava no elevador me pergunta se eu ainda tinha blog, citando o nome dele. Eu disse que sim, mas que com Facebook eu vinha cada vez menos escrevendo no blog pois acabava escrevendo coisas menores lá, mas que eu ainda escrevia sim. 
Perguntei ao rapaz o nome dele e o setor onde ele trabalha. 
E me lembrei de muitos anos atrás, quase 10, quando eu tinha parado de escrever por causa da depressão que tive, e ouvi alguns colegas da área me perguntando quando eu voltaria a escrever. Foi um grande incentivo naquele momento. 
O elevador chegou e não tive tempo de perguntar a ele como ele ficou sabendo do blog. 

Senti-me altamente feliz em descobrir um fã sem saber como chegou até mim. Acho que este é um incentivo para escrever mais aqui...

segunda-feira, janeiro 14, 2019

MUDANÇAS

Feliz ano novo, leitores do blog!
Que época melhor para refletir sobre mudanças do que o fim/começo de ano, não é mesmo?!

Tem pessoas que amam, mas acho que maioria das pessoas odeiam mudanças. 
Minha relação com mudanças é um tanto quanto complicada. Minha primeira (que eu me lembre, porque a primeira mudança de cidade fui eu ainda bebê) foi aos 10 anos, em que de uma hora pra outra por motivo de trabalho da minha mãe tivemos que mudar de cidade. Depois desta teve mais 2 mudanças de apartamento até sairmos dos alugados para um apartamento próprio. 
Num antigo trabalho também teve uma mudança inusitada. Eu trabalhava numa grande sala sem divisórias. Eu saio de férias e, sem eu saber, quando eu volto haviam colocado diversas divisórias, formando salas do tipo "aquários". Só que como eu chegava bem cedo, por causa da carona que eu pegava, não tinha ninguém pra me informar pra onde tinha ido meu computador e minhas coisas, pois as salinhas não tinham nome. Acabei indo pra outra sala do prédio, onde ficava parte do pessoal do projeto em que eu trabalhava, até que desse hora de eu voltar pra descobrir onde era meu "aquário".
Houve outras mudanças além destas, mas estas são as que considero marcantes. 
De mudança que considero boa, acho que só a pro meu apartamento próprio, que como fui mudando aos poucos, e tive a ajuda de muitos amigos queridos, não senti impactos negativos. Pelo contrário, morar sozinha foi um grande alívio na minha vida. 

Enfim, toda esta introdução foi porque há 2 meses toda a Secretaria onde eu trabalho mudou de prédio. Como disse um colega meu, saímos da "cidade de interior", que era um pequeno prédio alugado onde todos se conheciam, para a "cidade grande", ou seja, o edifício sede do órgão onde eu trabalho. De maneira geral a mudança foi positiva, pois é um prédio com muito mais estrutura e muitas benesses, como banco e restaurante dentro do prédio. Mas foi uma mudança tumultuada, pois mudou muita gente de uma vez, o que atrasou a montagem de mesas e instalação de computadores, sem contar mobiliário que não coube e ficou dias pelos corredores até ser devolvido. 
Agora eu "moro" no Corredor D. Dentro da minha sala tem várias salinhas "aquários", mas minha equipe ficou sem sala e ficamos num canto de corredor e vigas. No início foi estranho me adaptar a isto, mas agora já nem importo mais, acho bom ver um monte de gente.
Outra questão é que como ficávamos num prédio com pé direito alto (porque originalmente era um galpão) o barulho se dissipava com facilidade e conversas em uma sala geralmente não atrapalhavam a outra, Agora que o teto e é baixo e o espaço menor, qualquer um que diga algo todo mundo escuta, e tem horas que isto atrapalha muito na concentração. Tem horas que nem o fone de ouvido resolve. 

Mas o mais hilário da mudança foram as minhas aventuras na garagem subterrânea...
Eu até que sou uma pessoa com senso de direção, sei ler mapas muito bem, mas quando entro em garagens subterrâneas, fico meio perdida. kkkk
Nos primeiros dias pós-mudança, estacionei no estacionamento público mesmo, na vaga preferencial. Até que determinado dia a chefia me perguntou se eu estava estacionando na garagem e ao eu dizer que não, ele disse que veria como eu deveria proceder para solicitar a vaga.
Em menos de 1 semana eu já estava com autorização para a garagem subterrânea e no começo cada dia era uma aventura! A garagem se localiza abaixo de 2 prédios e para eu estacionar no andar que estou autorizada além de ter que passar de um prédio pro outro, tenho que descer uma rampa, pois assim consigo para numa linda vaga preferencial ao lado o elevador que dá direto na minha sala. 
Só que isto não tem sido uma tarefa fácil! kkk As setas não indicam pra rampa que eu tenho que descer e cada dia era uma aventura: ficar rodando que nem uma barata tonta procurando a rampa certa, ir pro andar errado, pegar a rampa errada... Enfim, tenho que prever que vou gastar uns 5 min a mais no mínimo na garagem tanto na chegada quanto na saída.
Além disso, já raspei meu carro numa pilastra, por calcular a distância errada pra fazer uma curva no fim da rampa. kkk
Hoje fui super grata por ter esta vaga na garagem, pois nesta época de pancadas de chuva de verão, tem dia que está caindo um pé d'água quando chego ou saio do trabalho, sendo quase que impossível sair do carro se eu tivesse parado no estacionamento público.
Claro que agora eu já aprendi o caminho até minha vaga e já sei como fazer a curva pra não arranhar mais meu carro.

Até hoje volta e meia nos elevadores o papo dos colegas da área é perguntar se já me adaptei ao "novo" prédio. Claro que já estou adaptada, embora a situação do barulho ainda me incomode a trabalhar. 

Toda esta reflexão sobre mudanças me fez pensar o tanto de traumas e crenças limitantes tenho quanto a mudanças, que preferimos ficar na nossa chamada zona de conforto, mesmo que nem sempre seja tão confortável assim. Muitas vezes preferimos nos manter no que já é conhecido a nos abrirmos para a mudança e a tudo de bom que ela irá nos trazer.
Enfim, muitos assuntos a trabalhar com a EFT em mim mesma até que eu possa finalmente dizer, de braços abertos, que todas as mudanças são bem-vindas na minha vida. 

quarta-feira, agosto 22, 2018

MODELO DE CURSO DE MAQUIAGEM

O mês de junho se encerrou da maneira mais inusitada possível: me tornando modelo de cursos de maquiagem.
Vejam como as sincronicidades do universo ocorrem para quem está aberto a elas.

Um certo sábado do começo de junho estava eu saindo de casa para ir para a meditação que ocorre no mesmo prédio que moro, basta pegar o elevador. Na hora em que eu estava saindo de casa, estavam 3 moças no meu corredor, entrando em uma das salas próxima à minha kit, sala esta que eu sabia que estava vazia. Cumprimentei-as e perguntei se haviam comprado ou alugado a sala. Uma delas me respondeu que ali instalaria um estúdio de maquiagem. Me apresentei como futura vizinha e ali começamos um papo. Uma delas me conhecia da dança do ventre e até fiz há muitos anos atrás um curso com ela de automaquiagem, que era parte de um evento que participei. Mas como já tinham passado muitos anos e minha memória fotográfica é péssima, não me lembrei de imediato dela, mas ao falar o nome dela, me lembrei que tinha feito o curso com ela. 
Papo vai, papo vem, descobri que a outra amiga era a Raquel Spósitto, maquiadora e (ex-)apresentadora do quadro Blitz da Maquiagem no Programa Inside do SBT Brasília. Volta e meia eu assisto o programa, por ser sábado na hora do almoço, 12h30. Prosseguindo a conversa, a Raquel me pergunta se eu toparia ser modelo de algum curso de maquiagem dela. Eu disse que sim, dependendo do horário, se não chocasse com o meu trabalho. Deixei meus contatos com ela e me fui, mas acabei voltando pra meditar em casa porque com a conversa toda eu cheguei atrasada para a meditação e a porta já estava trancada. Mas eu percebi que naquele dia era muito mais importante eu ter parado para aquela conversa do que ter ido meditar. 
Alguns dias depois, ela entra em contato comigo, explica melhor o projeto dela de transformação de mulheres que possuam muitas marcas no rosto (queimadura, melasmas, espinhas, vitiligo, dentre outros), me manda alguns vídeos e me pergunta se aceito ser modela dela em um curso numa sexta de manhã. Fiquei chocada, no bom sentido, ao ver os vídeos. Caraca, que trabalho top! Ao vê-los, tive certeza que seria uma oportunidade única.

No fim do mês lá fui para o meu momento transformação. Era um curso vip para uma maquiadora do Espírito Santo. Foram mais de 2h sendo maquiada, com pausas para água e lanchinho. ☺ Pra mim foi destas experiências como ir a um Esquadrão da Moda e ter a aparência renovada. Mesmo sendo um trabalho, quem mais ganhou fui eu, pois aprendi muito sobre características de maquiagem personalizadas pro meu rosto e sobre produtos top para cobrir manchas. E ainda tive o Uber pago, um pequeno cachê e ganhei um batom e um glitter da linha de produtos dela pra serem usados nas minhas maquiagens de dança e dias mais glamourosos. Adooooooro! 

O vídeo da trsnformação teve mais de 8 mil visualizações somando Facebook e Instagram (isto no momento da publicação deste post) e pode ser visto no link abaixo. Fiquei chicada com o tanto de visualizações.
www.facebook.com/benditamake/videos/1789060841178473/

E no meio de julho a Raquel fez a cobertura pro programa Inside da Hair Brasília, que é a maior feira de cabelo e maquiagem do centro-oeste e me chamou para uma entrevista. Eu como vou à Hair Brasília todos os anos desde 2011 (vide post sobre minha primeira ida lá, que foi quando coloquei aplique pela primeira vez: https://borboletaroxa.blogspot.com/2011/07/cabelo-novo-com-mega-hair.html) , não ia deixar de aproveitar a oportunidade. O mais legal foi que a cobertura do Hair Brasília foi dividida em 2 episódios, sendo que o segundo, no qual eu apareci, foi só sobre inclusão. Uma coisa linda, de qualidade, super bem editado, sem exploração de coitadismos, o que é bem comum na TV. O vídeo pode ser visto no link: https://youtu.be/WWByZ0fNCbs

E as sincronicidades não acabam aí. No começo de agosto vou a um pub, em plena 4a feira, ver os amigos da banda Galões de Diesel tocar. Na hora que eu to indo embora, literalmente, um rapaz me chama dizendo que me conhece. Eu, como uma pessoa inesquecível kkkk, sempre tenho que perguntar de onde a pessoa me conhece, pois em geral eu não lembro. Daí o rapaz foi me dizer que tinha sido o editor da matéria do programa Inside e que tava muito feliz de conhecer uma das pessoas que estavam nas reportagens que edita, pois como ele já foi câmera (função que ficou com o irmão dele, que inclusive foi quem filmou a reportagem), ele sente falta de conhecer as pessoas pessoalmente e hoje só conhecer por imagens. Bati muito papo, já do lado de fora do local, com ele e a esposa. Quando contei que tinha sido modelo da Raquel, ele me perguntou porque ele não tinha ficado sabendo disto, senão teria colocado na reportagem. Mas eu disse que ele que a Raquel disse isso no começo da reportagem e esta fala foi ao ar, mas ele que não associou uma coisa com a outra.

Enfim, as sincronicidades não tem fim quando estamos na vibe correta.
Só posso resumir dizendo que tudo foi incrível. Passei a dedicar mais tempo para maquiagem no dia-a-dia e finalmente fiz alguma reportagem pelo que eu sou, por coisas que eu gosto, saindo daquele estigma chato de reportagens "O que é EB", que eu já to de saco cheio. E de vez em quando a gente precisa desses momentos "mulherzinha" pra ter maior contato com a feminilidade, ainda mais eu, inserida num universo de trabalho muito masculino.

Uma pena que a Raquel foi embora de Brasília, voltando pra cidade natal dela, pouco depois disto tudo. Uma pessoa que vai me deixar saudades pelo excelente trabalho e pelo alto astral. Sucesso e gratidão, querida! Espero que nos reencontremos algum dia. 

sexta-feira, junho 29, 2018

RESSIGNIFICANDO MINHA QUESTÃO COM PESO

Pra quem me conhece, sabe que vivo numa "luta ao contrário" com a balança há muitos anos. A EB faz com que meu consumo calórico e proteico seja muito maior do que o padrão por estar sempre em processo de cicatrização. 
Antes que venha alguma louca me criticar por querer ganhar peso, meu peso sempre foi abaixo de um mínimo saudável. Já estive com peso maior do que o de hoje, até consegui chegar num peso saudável, mesmo que no limite, mas não consegui manter.

Dentre os muitos cursos que faço, está o curso A Gratidão Transforma Seus Pensamentos, da coach Márcia Luz, cujo trabalho com a gratidão é incrível. A gratidão é realmente capaz de transformar todas as áreas da vida que desejarmos. Percebam que eu usei o verbo "faço" e não "fiz", pois a prática da gratidão tem que ser uma constante nas nossas vidas até se tornar um hábito, pois depois colheremos enormes bons frutos. 
Um dos bônus deste curso são aulas quinzenais ao vivo com uma coach de emagrecimento, a Regiane Marques. Vocês devem estar pensando: Pra que raios eu assisto aulas com uma com uma coach de emagrecimento??? Por que ela não fala sobre dieta, ela fala sobre as crenças que nos limitam. Portanto, na verdade, estas aulas poderiam ser sobre peso ideal e não emagrecimento, mas como a palavra emagrecimento é muito mais chamativa aos olhos da média da população do que peso ideal, faz sentido usar esta nomenclatura.

Em uma das lives da Regiane mês passado, ela falou que temos que ter um objetivo, um porquê emagrecer. Isso me fez cair algumas fichas.
Eu transponho as lives pra minha situação que é engordar, pois sou bem abaixo de um peso normal, mas eu fui analisar e eu não tenho um motivo para engordar além de estar abaixo de um peso normal. Eu gostaria de ser mais musculosa (venho trabalhando duro pra isto na musculação) e ter menos gordura abdominal, mas descobri que não vejo um sentido em pesar mais na balança, que números maiores não me fazem diferença, e isto certamente me está bloqueando de atingir algum ganho. 
Logo, passei a perceber que deveria mudar o foco do que eu estava desejando. E o resultado veio: ganhei 600g com relação à minha consulta anterior na nutricionista (3 meses antes, o que pra mim é um grande ganho) e semana passada encontrei minha mãe, que já fazia um tempinho que não nos víamos, e ela me disse que estou com uma aparência melhor, mais cheinha. Eu até brinquei dizendo: "mais cheinha (em termos de peso) não sei, mas mais musculosa com certeza!"

Gratidão Marcia e Regiane pelas lives maravilhosas, das quais sempre consigo tirar algo útil pra mim, mesmo que boa parte do conteúdo não tenha a ver com a minha realidade.

Depois disto, também me caíram mais algumas fichas de crenças limitantes. Os 2 primeiros parágrafos deste texto demonstram 5 delas. (Mesmo sabendo que são limitantes, resolvi escrevê-las nos primeiros parágrafos. Vocês conseguem identificar quais são???)
Percebam o quanto a questão das crenças limitantes está tão enraizada em nossos aspectos culturais que temos até dificuldade em percebê-las. Por isto a sábia frase "orai e vigiai". Vigiemos nossos pensamentos e usemos os recursos adequados para transformar nossas crenças limitantes em crenças edificadoras.

terça-feira, junho 12, 2018

RESERVA DE ESPAÇOS E ASSENTOS PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

Há cerca de 1 mês fiquei sabendo por meio de um grupo sobre acessibilidade que tava rolando uma consulta pública sobre a reserva de espaços e assentos para pessoas com deficiência. Resolvi enviar minha contribuição por e-mail, a qual segue abaixo, pois explica bem porque esta consulta pública me interessava:
Gostaria de fazer uma sugestão para esta consulta pública. 
Sou uma pessoa com deficiência física, que não uso cadeira de rodas, mas tenho dificuldade de locomoção e equilíbrio, e portanto não posso ficar em pé por muito tempo. 
Em geral encontro muita dificuldade em shows em grandes espaços abertos ou em estádios e ginásios. Primeiro, as empresas que vendem os ingressos nunca sabem informar se há áreas reservadas para pessoas com deficiência nas áreas denominadas "Pista", daí sempre tenho que comprar ingressos pra arquibancadas por causa das cadeiras, mas que ficam mais longe do palco e com visão pior dos shows. 
E quando há áreas reservadas na "Pista" fechadas com grades, em geral só pensam nos cadeirantes, não pensam em quem tem dificuldade pra ficar em pé. Já teve show em que estava eu e um rapaz com muletas e ambos tivemos que sentar no chão quando não aguentamos mais, pois nestas áreas nunca há cadeiras. 
Desta forma, sugiro que o decreto contemple este tipo de situação, permitindo que nós com deficiência que temos dificuldade em ficar em pé possamos assistir grandes shows na área que quisermos, com cadeiras mesmo que plásticas para quem é necessário, e que não sejamos condenados a sentar muito longe do palco, assim como que as empresas que vendem os ingressos saibam informar adequadamente sobre a existência das áreas fechadas reservadas no meio da "Pista". 
Claro que obviamente os legisladores teriam que pensar numa boa maneira de contemplar este tipo de questão. E na minha opinião, de uma maneira mais discreta, acho que conseguiram. 
Ontem foi publicado o Decreto nº 9.404, de 11 de junho de 2018, que altera o Art. 23 do Decreto nº 5.296 de 2 de dezembro de 2004, que era a principal lei brasileira sobre acessibilidade antes da Lei Brasileira de Inclusão (LBI). 
O objetivo deste post não é citar tudo que mudou, até porque não sou profissional do Direito para discorrer com profundidade sobre o assunto. Logo trago a minha visão prática das principais mudanças:
§ 3º Os espaços e os assentos a que se refere este artigo deverão situar-se em locais que garantam a acomodação de um acompanhante ao lado da pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida, resguardado o direito de se acomodar proximamente a grupo familiar e comunitário. (grifo meu)
Esta considero uma mudança importante, pois já houve situação em que eu teria que ficar longe de todo um grupo de amigos, tendo que escolher um para me acompanhar. 
§ 11. O direito à meia entrada para pessoas com deficiência não está restrito aos espaços e aos assentos reservados de que trata o caput e está sujeito ao limite estabelecido no § 10 do art. 1º da Lei nº 12.933, de 26 de dezembro de 2013. (grifo meu)
Algo que parece besta, mas é importante frisar que o nosso direito à meia entrada nos permite sentar no local que quisermos, seja ele um assento reservado ou não.  
§ 12. Os espaços e os assentos a que se refere o caput deverão garantir às pessoas com deficiência auditiva boa visualização da interpretação em Libras e da legendagem descritiva, sempre que estas forem oferecidas. (grifo meu)
Grande ganho para as pessoas com deficiência auditiva.

E a grande novidade são os novos artigos 23-A e 23-B:
Art. 23-A. Na hipótese de não haver procura comprovada pelos espaços livres para pessoas em cadeira de rodas e assentos reservados para pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida, esses podem, excepcionalmente, ser ocupados por pessoas sem deficiência ou que não tenham mobilidade reduzida.
§ 1º A reserva de assentos de que trata o caput será garantida a partir do início das vendas até vinte e quatro horas antes de cada evento, com disponibilidade em todos os pontos de venda de ingresso, sejam eles físicos ou virtuais.
§ 2º No caso de eventos realizados em estabelecimentos com capacidade superior a dez mil pessoas, a reserva de assentos de que trata o caput será garantida a partir do início das vendas até setenta e duas horas antes de cada evento, com disponibilidade em todos os pontos de venda de ingresso, sejam eles físicos ou virtuais.
§ 3º Os espaços e os assentos de que trata o caput, em cada setor, somente serão disponibilizados às pessoas sem deficiência ou sem mobilidade reduzida depois de esgotados os demais assentos daquele setor e somente quando os prazos estabelecidos nos § 1º e § 2º se encerrarem.
§ 4º Nos cinemas, a reserva de assentos de que trata o caput será garantida a partir do início das vendas até meia hora antes de cada sessão, com disponibilidade em todos os pontos de venda de ingresso, sejam eles físicos ou virtuais.
Ou seja, há reserva de assentos garantida se comprados com antecedência e disponibilidade em todos os pontos de venda, inclusive os virtuais. 
Art. 23-B. Os espaços livres para pessoas em cadeira de rodas e assentos reservados para pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida serão identificados no mapa de assentos localizados nos pontos de venda de ingresso e de divulgação do evento, sejam eles físicos ou virtuais.
Parágrafo único. Os pontos físicos e os sítios eletrônicos de venda de ingressos e de divulgação do evento deverão:
I - ser acessíveis a pessoas com deficiência e com mobilidade reduzida; e
II - conter informações sobre os recursos de acessibilidade disponíveis nos eventos.
Logo, agora é obrigatória a informação nos mapas de assento sobre quais os assentos reservados existem, e esta informação deve existir nos pontos de venda físicos ou virtuais. Desta forma, foi contemplada minha reclamação de o pessoal dos pontos de venda nunca saber as informações sobre os assentos. 

Moral da estória: se souber de alguma consulta pública que te interessa, contribua com suas sugestões! A união da sua ideia com as de outras pessoas que trazem as mudanças que queremos. 

Estas mudanças já estão em vigor e espero vê-las logo em prática. 

P.S.: Pra quem se interessa por consultas públicas, eis um link dos órgãos do Executivo que possuem consultas públicas: www.brasil.gov.br/consultas-publicas Chato que ainda tem que entrar de um por um e faltam as consultas públicas de outros órgãos não contemplados aqui, como Câmara e Senado, além as consultas públicas estaduais. Mas já é um começo. 

terça-feira, janeiro 23, 2018

BRASÍLIA ABAIXO DE ZERO

Ano passado uma amiga e eu fizemos um trato de 1x por mês termos um "girls' night out", que consiste em ela deixar o filho com o marido em casa e fazermos algo divertido, além de bater papo aleatório. Em geral somos só nós duas, mas já teve uma vez que ela chamou uma prima dela que eu já conhecia e foi bem divertido também.
Ainda não tínhamos planejado o encontro de janeiro e o Peixe Urbano me envia propaganda sobre um tal de Brasília Abaixo de Zero. Não tinha ouvido falar do negócio e fui ler umas notícias a respeito. Achei interessante o que li e perguntei se ela encarava a ideia. Comprei cupons pra nós duas e fomos.

O local fica no 3º piso do Pátio Brasil. Segundo o que eu li, foi inaugurado em outubro de 2017 para ser uma atração temporária (até março de 2018), e os donos estavam pensando se fariam outra temporada no fim deste ano. Possui 2 ambientes: o chamado "bar quente", que é um bar comum, contendo espaço kids e uma sala para pequenos eventos, e o "bar gelado", para o qual se paga para entrar e é a atração em si. 
Ficamos um tempo no bar quente, onde comemos uma porção de mini empanadas (estavam bem gostosas) e tomamos os drinks infantis (não-alcoólicos) que eram coloridos e muito gostosos. Tiramos fotos nos painéis em que há desenhos da Catedral, Ponte JK e Torre de TV com neve sobre eles. Estes painéis são feitos para as pessoas interagirem e tirarem fotos felizes mesmo. 
Depois informamos ao garçom que queríamos ir ao bar gelado. Neste momento é registrada a cobrança nos nossos cartões de consumo. São oferecidos guarda-volumes (para deixar os pertences e levar só a chave e o celular) e os apetrechos para se aquecer: casaco, luvas e gorro daquele que cobre as orelhas.   
Depois disto, somos condizidas a uma antessala, com temperatura um pouco menor, mas não tanto, para evitar o choque térmico ao entrar em um ambiente tão gelado saindo do calor. Nela somos obrigadas a permanecer por pelo menos 5 minutos antes de adentrar o bar gelado. 

O bar gelado consiste em um salão comprido com uma quantidade considerável de gelo. Foram esculpidos alguns objetos, como bancadas, um trono, uma mini réplica da Catedral de Brasília e uma do Eu 💗 Brasília. No fundo fica o barman.

Visão geral do bar gelado tirada a partir da porta de entrada. 
A iluminação não ajudou muito. Sim, é pequeno assim mesmo!

A entrada no bar gelado dá direito a um chocolate quente ou um shot da casa. Eu tomei o shot (por isto na parte quente fui de bebida não-alcoólica) e minha amiga, que estava dirigindo, tomou o chocolate quente, o qual provei e estava muito bom.  
A permanência é de no máximo 30 minutos e há uma idade mínima para entrar. (Não lembro ao certo, mas crianças pequenas não entram. Há uma brinquedoteca para elas no bar quente.) Tocam música bem dançante pras pessoas dançarem e se esquentarem. (Descobri o quanto é útil dançar num local gelado. kkkk) Enfim, você tira fotos, toma sua bebida, dança um pouco e já pede pra sair!
Baseada na minha experiência de frio em temperaturas ainda positivas na Europa, recomendei ao barman passar um hidratante no rosto antes de entrar para o turno dele. Falei que homem pode achar que é frescura, mas o frio queima e pode queimar o rosto dele com o passar dos dias (ou meses).

Pra mim foi divertido, pois nunca tinha estado abaixo de zero (já estive antes a zero graus em Curitiba), então deu pra brincar de ter a sensação do frio. Pra quem já esteve no frio, não sei se é tão divertido. Certamente é uma experiência diferente para todos. 

Dica extraútil: Vá de sapato fechado (preferência tênis)! O local não possui nenhuma proteção para os pés (uma falha que espero que corrijam no futuro) e minha amiga que estava de sandália não aguentou muito tempo por causa do frio nos pés por estar com sapato aberto.

terça-feira, dezembro 26, 2017

REFLEXÕES DE FIM DE ANO (ou FELIZ TUDO NOVO)

Este foi um ano que bati o recorde de falta de postagens. E peço desculpa a você leitor por isto. Em 2018 pretendo retomar este blog com força total!
2017 não foi um ano fácil pra mim, não por causa desta bobajada de crise, mas um ano que saio com muitos aprendizados. Hoje mesmo minha diarista me disse que não viu nada de ano melhor pra ela: ela tá com saúde, não teve nenhum doença mais grave, tem sua cama pra deitar e acorda cedo quase todos os dias pra ir trabalhar. Logo não teve crise no ano dela. Sábias palavras!
Mas também 2017 não foi o pior ano, pois 2014 e 2015 foram muito mais punk.
Deve ter cerca de um mês que eu ouvi que 2017 era um ano de recomeço pois era um ano 1 (2+0+1+7 = 10 = 1+0 = 1) e se eu somar com a minha data de aniversário também dá um ano 1. E eu saí dos 33 pros 34. Se considerarmos o que herdamos a nível cultural e histórico, 33 tem relação com a idade de Jesus quando morreu, logo também trás um renascimento. Enfim, divagações...

Foi um ano em que aprendi muito pela dor, mas pelo menos decidi parar de aprender por meio dela. Quebrei muitas barreiras, muitas crenças limitantes foram limpadas, mas ainda tenho muitas a limpar. E meu trabalho de ir me aprofundando de verdade na EFT e de me tornar terapeuta tem em ajudado muito nesta limpeza. Mas como eu digo a quem eu falo sobre a EFT: "Nossos pais nos ensinaram, na nossa cultura de país tropical, a tomar banho todo dia, a escovar os dentes todo dia e a lavar o cabelo X vezes na semana. Mas nenhum deles nos soube ensinar que no fim do dia também devemos fazer nossa limpeza emocional, limpando do nosso corpo todas as emoções que não nos fizeram bem (não existem em si emoções boas ou ruins)." Mas como não fizemos isto, temos ai 30, 40, 50 anos de sujeira acumulada desde a nossa infância. E claro, não é possível retirar 30 anos de sujeira milagrosamente em alguns minutos ou horas, é um trabalho árduo, mas se pelo menos pudermos toda noite limpar a sujeira daquele dia e mais alguma do passado, aos poucos o monte de sujeira emocional vai diminuindo. 
Como foi muita mudança, muita reviravolta, necessitava tempo para assimilar novos conceitos. Logo, não tinha cabeça ainda para escrever aqui sobre o que estava passando, pois é complicado escrever no meio do turbilhão.

Outra coisa que aprendi foi a parar de ser idiota, de querer agradar ou ajudar todo mundo, mas me custando meu tempo e principalmente minha saúde. Outro dia achei algo de 2007: uma série de desenhos, que volta e meia eu faço, desenhando um bonequinho de frente e de costas, e numerando quais partes do corpo não estavam bem. Fiz o mapeamento correspondente a como eu estava no dia em que eu achei isto e, por mais que hoje eu tenha mais recursos favoráveis à minha saúde, eu estava o dobro pior do que eu estava em 2007. E olha que em 2007 eu estava super estressada com monografia e matérias difíceis pra me formar na UnB. Mas mesmo assim minha pele estava muuuito melhor. Só que naquela época, eu estava focada em mim, nos meus estudos, no meu bem-estar, em concluir algo importante, logo eu estava melhor do que nos últimos tempos, em que eu simplesmente era mais do que usada, sugada a energia, e eu na minha ilusão, na minha Matrix, achando que eu estava fazendo algo altruísta. Enfim, tomei diversas atitudes, como afastar de pessoas e lugares que só me faziam mal e de gente que não me merece. Cancela, cancela, cancela isto da minha vida pra sempre!!!

Mas também teve muita coisa boa: dancei bastante, viajei consideravelmente, estudei muito assuntos do meu interesse, me diverti até, fui a muitas atividades de autoconhecimento, conheci muitos lugares e pessoas interessantes. Procurei me cercar da verdade, do bem e do belo, como dizem os messiânicos. Mudei meu modo de ver muitas coisas. Joguei fora grandes fardos de mim e hoje caminho com mais leveza, a mesma que tinha a 10 ou mais anos atrás e que aos poucos fui deixando de ter.

Depois deste ano de tanta transformação, vislumbro que 2018 será um ano mais calmo, embora por um tempo eu sei que terei ainda que fazer certos esforços para manter o que conquistei este ano, pois ainda há muita força contrária à minha evolução que insistentemente tentará me atacar pra me levar de novo pro buraco o qual eu fui entrando nos últimos anos e de onde felizmente saí, pois estas pessoas não compreendem meu movimento de evolução. Cocrio foco na verdadeira saúde e não na doença. E determino preencher todo este vazio ocasionado pela limpeza só com o que for engrandecer meu ser e me tirar cada vez mais desta Matrix que minha vida virou. 

Feliz 2018. Feliz tudo novo!