Feliz ano novo, leitores do blog!
Que época melhor para refletir sobre mudanças do que o fim/começo de ano, não é mesmo?!
Tem pessoas que amam, mas acho que maioria das pessoas odeiam mudanças.
Minha relação com mudanças é um tanto quanto complicada. Minha primeira (que eu me lembre, porque a primeira mudança de cidade fui eu ainda bebê) foi aos 10 anos, em que de uma hora pra outra por motivo de trabalho da minha mãe tivemos que mudar de cidade. Depois desta teve mais 2 mudanças de apartamento até sairmos dos alugados para um apartamento próprio.
Num antigo trabalho também teve uma mudança inusitada. Eu trabalhava numa grande sala sem divisórias. Eu saio de férias e, sem eu saber, quando eu volto haviam colocado diversas divisórias, formando salas do tipo "aquários". Só que como eu chegava bem cedo, por causa da carona que eu pegava, não tinha ninguém pra me informar pra onde tinha ido meu computador e minhas coisas, pois as salinhas não tinham nome. Acabei indo pra outra sala do prédio, onde ficava parte do pessoal do projeto em que eu trabalhava, até que desse hora de eu voltar pra descobrir onde era meu "aquário".
Houve outras mudanças além destas, mas estas são as que considero marcantes.
De mudança que considero boa, acho que só a pro meu apartamento próprio, que como fui mudando aos poucos, e tive a ajuda de muitos amigos queridos, não senti impactos negativos. Pelo contrário, morar sozinha foi um grande alívio na minha vida.
Enfim, toda esta introdução foi porque há 2 meses toda a Secretaria onde eu trabalho mudou de prédio. Como disse um colega meu, saímos da "cidade de interior", que era um pequeno prédio alugado onde todos se conheciam, para a "cidade grande", ou seja, o edifício sede do órgão onde eu trabalho. De maneira geral a mudança foi positiva, pois é um prédio com muito mais estrutura e muitas benesses, como banco e restaurante dentro do prédio. Mas foi uma mudança tumultuada, pois mudou muita gente de uma vez, o que atrasou a montagem de mesas e instalação de computadores, sem contar mobiliário que não coube e ficou dias pelos corredores até ser devolvido.
Agora eu "moro" no Corredor D. Dentro da minha sala tem várias salinhas "aquários", mas minha equipe ficou sem sala e ficamos num canto de corredor e vigas. No início foi estranho me adaptar a isto, mas agora já nem importo mais, acho bom ver um monte de gente.
Outra questão é que como ficávamos num prédio com pé direito alto (porque originalmente era um galpão) o barulho se dissipava com facilidade e conversas em uma sala geralmente não atrapalhavam a outra, Agora que o teto e é baixo e o espaço menor, qualquer um que diga algo todo mundo escuta, e tem horas que isto atrapalha muito na concentração. Tem horas que nem o fone de ouvido resolve.
Mas o mais hilário da mudança foram as minhas aventuras na garagem subterrânea...
Eu até que sou uma pessoa com senso de direção, sei ler mapas muito bem, mas quando entro em garagens subterrâneas, fico meio perdida. kkkk
Nos primeiros dias pós-mudança, estacionei no estacionamento público mesmo, na vaga preferencial. Até que determinado dia a chefia me perguntou se eu estava estacionando na garagem e ao eu dizer que não, ele disse que veria como eu deveria proceder para solicitar a vaga.
Em menos de 1 semana eu já estava com autorização para a garagem subterrânea e no começo cada dia era uma aventura! A garagem se localiza abaixo de 2 prédios e para eu estacionar no andar que estou autorizada além de ter que passar de um prédio pro outro, tenho que descer uma rampa, pois assim consigo para numa linda vaga preferencial ao lado o elevador que dá direto na minha sala.
Só que isto não tem sido uma tarefa fácil! kkk As setas não indicam pra rampa que eu tenho que descer e cada dia era uma aventura: ficar rodando que nem uma barata tonta procurando a rampa certa, ir pro andar errado, pegar a rampa errada... Enfim, tenho que prever que vou gastar uns 5 min a mais no mínimo na garagem tanto na chegada quanto na saída.
Além disso, já raspei meu carro numa pilastra, por calcular a distância errada pra fazer uma curva no fim da rampa. kkk
Hoje fui super grata por ter esta vaga na garagem, pois nesta época de pancadas de chuva de verão, tem dia que está caindo um pé d'água quando chego ou saio do trabalho, sendo quase que impossível sair do carro se eu tivesse parado no estacionamento público.
Claro que agora eu já aprendi o caminho até minha vaga e já sei como fazer a curva pra não arranhar mais meu carro.
Até hoje volta e meia nos elevadores o papo dos colegas da área é perguntar se já me adaptei ao "novo" prédio. Claro que já estou adaptada, embora a situação do barulho ainda me incomode a trabalhar.
Toda esta reflexão sobre mudanças me fez pensar o tanto de traumas e crenças limitantes tenho quanto a mudanças, que preferimos ficar na nossa chamada zona de conforto, mesmo que nem sempre seja tão confortável assim. Muitas vezes preferimos nos manter no que já é conhecido a nos abrirmos para a mudança e a tudo de bom que ela irá nos trazer.
Enfim, muitos assuntos a trabalhar com a EFT em mim mesma até que eu possa finalmente dizer, de braços abertos, que todas as mudanças são bem-vindas na minha vida.