segunda-feira, maio 04, 2015

VIRANDO DANÇARINA PROFISSA (ou MEU CURRÍCULO DE DANÇA)

Hoje quero compartilhar com vocês uma grande alegria artística.
Há uns 10 dias, uma amiga me encaminhou e-mail da Caixa Cultural sobre uma oficina gratuita sobre dança contemporânea. (Depois também vi o e-mail enviado a mim pela própria Caixa, uma vez que sou cadastrada na lista de e-mails deles.) Eu olhei pro convite, que dizia que o público alvo era profissionais de dança contemporânea. Mas achei que o fato da minha amiga ter me enviado era um sinal e resolvi me inscrever na base do "vai que cola!".
Mandei e-mail, conforme indicado no convite, e me pediram meu currículo...
Putz, eu tenho currículo de informática, currículo de professora de inglês, mas nunca tinha feito um currículo artístico. E agora, como fazer?
Fui olhando nos sites de algumas dançarinas de dança do ventre pra ver como elas colocavam, mas como era pra site, em geral eles tinham uma historinha, em linguagem não própria para currículo, contando alguns cursos que fizeram e professores com quem tiveram aulas. Comecei a esboçar algo e resolvi pedir ajuda a minha professora de dança, que prontamente me deu algumas ideias. Por fim, achei um post no site Central Dança do Ventre que terminou de sanar minas dúvidas. 

Mas o mais difícil foi revisitar minha vida "dancística" pra resgatar os cursos e apresentações dos quais participei. Nossa, foi um trabalho de detetive, que me tomou bastante tempo, envolvendo Flickr, YouTube, Facebook, e-mails, fotos e vídeos armazenados somente no meu computador para estudo, buscas no Google pra lembrar "como chamava aquele evento mesmo?", posts deste blog, assim como meu caderno de anotações dos aprendizados dos cursos. Afff... foi todo um cruzamento de informações pra eu conseguir me lembrar e confirmar tudo. Como alguns cursos e apresentações eu não conseguia nem ter certeza absoluta do mês em que ocorreu, me restringi a colocar os anos de cada fato. Ainda teve um evento citado neste blog que eu não me lembrei do que se tratava e outro que me lembrei que fiz uma participação rápida mas não consegui achar info sobre ele. (Até cheguei a cogitar que era o mesmo evento, mas alguns indícios, como a data e pessoas envolvidas, me mostraram que não foi o mesmo.) Mas faltar 1 ou 2 eventos menos importantes não fazem tanta diferença assim. 
Confesso que me surpreendi com o resultado final desta busca frenética pra fazer um currículo artístico de um dia pro outro: eu fiz muito mais coisa do que eu imaginava nesses quase 6 anos de dança, tanto cursos quanto apresentações, isso sem contar os aulões temáticos gratuitos, intensivões de férias e apresentações em eventos familiares. E também foi legal resgatar outros cursos relacionados a artes, teatro e dança que já fiz durante a minha vida, que de alguma maneira contribuíram para minha formação artística. Agora, com currículo organizado, é só ir atualizando. 
Claro, não posso achar que isso está bom, afinal sempre se há o que aprender, ainda mais quando se trata de uma ciência não exata que sempre pode ser aprimorada e modificada, que é a arte. Também percebi que estudei muita coisa que não estou colocando em prática atualmente e que tenho que fazer mais cursos voltados para fusão, de modo a aprimorar esse meu "lado B" que eu tanto gosto.

O resultado disso tudo vocês já devem imaginar: eu fui aceita pra participar da oficina, mesmo não sendo profissional. Isso me fez comprovar que não era mentira o que minha professora disse certa vez para minha turma avançada: que nós só não éramos profissionais porque não vivíamos da dança, mas que o conhecimento e experiência a gente já tinha.
Vale ressaltar que aproximadamente metade dos que estavam na oficina eram alunos da faculdade de dança no IFB e, pelo que contaram de suas experiências, também não eram profissionais. Logo, no fim das contas, a maioria absoluta eram de não-profissionais, mas isso não tira o brilho da minha conquista.

Acho que a grande lição que aprendi com essa experiência de montar o currículo foi que eu tenho mais potencial do que eu imaginava. Ao ver o quanto conquistei nesses quase 6 anos, me senti mais confiante para buscar me aprimorar ainda mais e explorar mais a fundo minhas possibilidades artísticas, sem ter medo de me "jogar".
Que venham mais 6 anos de dança!!!

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