Não, o título não está errado. Terminei 2015 e comecei 2016 no ReveillOM, uma festa de Ano Novo diferente e excelente!
Não achei companhia pra ir, mas estava com tanta vontade de ir , devido à proposta de um diferente estilo de festa, que pensei um belo "dane-se!" e fui sozinha mesmo. Lá eu faria amizade com alguém e acharia companhia. Além disso, considerando o tipo de público, seriam pessoas solícitas, dispostas a me ajudar.
Fui pra lá cedo, cheguei antes das 17h, uma vez que as atividades começariam às 17h com Tai Chi. Ainda estava bem vazio e pude estacionar num bom local.
No local onde seriam as atividades, próximo à chamada Casa da Cachoeira, não foi permitido descer de carro, exceto quem era da organização. O problema é que no estacionamento não achei ninguém da organização pra eu poder avisar que eu precisaria de transporte pra me levar pra lá. E já que eu não via ninguém, tive que começar a seguir o caminho andando estrada abaixo. Perguntava pras pessoas que subiam, em roupas de banho, voltando da cachoeira pras suas barracas ou pro alojamento pra se arrumarem, se estava muito longe. Embora pras outras pessoas não fosse longe, uma "caminhadinha de 5 minutos", pra mim era muuuuuito longe e ladeira abaixo, o que aumenta muito o esforço físico pra me manter equilibrada. Caminhei um pouco, devagar, e já estava cansada. Todo mundo com quem eu encontrava, perguntava a distância e pedia ajuda pra avisar a alguém da organização pra me levar pra lá de carro. Até que finalmente uma moça me ofereceu ajuda pra carregar minha sacola e o rapaz que estava com ela, que tinham acabado de se conhecer na cachoeira, resolveu ir lá embaixo pedir ajuda. Eu e a moça, Joana, paramos no meio do caminho e ficamos batendo papo. Passados alguns minutos, veio um carro me buscar.
Quando o motorista me vê, me reconhece: tinha sido funcionário na Casa da Cultura do Guará, onde fiz meus primeiros anos de dança do ventre. Coincidências não existem, tudo é sincronia. Ele foi literalmente meu anjo nesta noite em termos de deslocamento, me levando algumas vezes pra cima e pra baixo ou conseguindo alguém pra fazer isso. Felizmente cheguei à tempo pro Tai Chi.
Ainda com sol, houve Tai Chi e yoga. E pra quem acha que a festa era só coisas zen e meditação, depois teve muita música. Sim, em festa zen também se dança... e muito! E pode-se dançar loucamente e entoar mantras ao mesmo tempo, o que foi o caso quando uma banda Hare Krishna tocou alegremente.
Dificilmente ganho algo em sorteios, e dessa vez participei de uma promoção e ganhei uma consulta de tarô. A consulta foi incrível, pois a terapeuta, a Marina, junta tarô com constelação familiar. O resultado foi surpreendente! Consegui trabalhar várias questões emocionais com os bonequinhos da constelação familiar que certamente quebraram alguns bloqueios que me ajudarão a ter uma vida melhor.
Acabei encontrando, dentre outras pessoas conhecidas, uma ex-estagiária de fisio que cuidou de mim por alguns meses no ano passado. Juntei-me a ela, a irmã e uma amiga, e passamos o restante da moite juntas.
Foi um evento sem incentivo ao consumo de bebidas alcoólicas, ótimo pra mim que estou sem poder beber por uns dias não ficar com vontade. Quem quisesse podia levar sua garrafa de vinho ou espumante, mas ai era uma garrafa pra uma rodinha de gente, logo uma festa sem gente alterada pelo álcool, uma maravilha.
Além de tudo isso, ainda tinha muita natureza para se contemplar em momentos em que eu estava sozinha, barulho da cachoeira que ficava bem ao lado, DJ tocando músicas bem animadas e positivas de gêneros diversos, uma excelente organização. Todo mundo em clima de amizade, sem frescuras e roupas caras (muitos de chinelo mesmo!), sem parecerem estranhos, sem azaração. Que energia incrível do local e das pessoas!!!
Sorte que só choveu um pouco depois da virada, numa hora em que as atividades eram música e danças circulares debaixo de uma tenda. Logo, fiquei bem abrigada.
A única crítica que eu poderia fazer é com relação á alimentação. Foi uma ceia vegana, em que "pratos feitos" nos eram servidos. E o que vinha no seu prato variava de acordo com o que estivesse pronto na cozinha naquele momento. Acabou que no meu prato tinham legumes variados e batata cozida, mas tudo meio 'al dente', por isso comi pouco (pois preciso de legumes beeeeem cozidos), e farofa, que não como. Pelo menos no meu prato tinha um pouco de "jacalhoada", a qual achei bem interessante, embora tenha que se estar preparado para algo meio agridoce.
Eu nunca dou sorte de provar a coxinha de jaca. Outras pessoas comeram, mas quando fui me servir, não tinha mais. E sempre que vou em algum evento em que anunciam a venda da coxinha de jaca, eu chego lá e já acabou.
As meninas que estavam comigo, mas se serviram depois, tiveram lentinha em seus pratos, algo que eu adoro.
A sobremesa que foi a maior decepção, pois tinha cara de mousse de chocolate e era um doce vegano feito com banana verde e outras coisas, mas que só tinha gosto de banana verde. O comentário geral das pessoas ao meu redor também era de decepção. Felizmente eu levei lanchinho extra, pois fui cedo, portanto eu tinha umas derradeiras fatias de bolo de rolo que estavam no meu congelador a meses, esperando um bom momento pra serem comidas. Foi a salvação da pátria pra tirar o gosto de banana verde da boca, que não saía nem tomando água. As meninas também agradeceram.
Também foram anunciados sucos na ceia, mas teve muito pouco e só consegui tomar um copo de suco natural de manga. Mas tinha bastante água, que foi muito bem-vinda.
Mas fora do horário da ceia, teve caldos deliciosos (me entupi deles!) e algumas coisinhas pra beliscar. Também tomei um chá de canela com gengibre que tava excelente.
Foi uma festa como eu penso que toda virada de ano deve ser: pessoas se divertindo muito e se aprimorando espiritualmente, num clima cheio de paz e harmonia,
Gratidão pela virada de ano maravilhosa. Esse ano promete!
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