sábado, fevereiro 28, 2015

SOMOS TODOS RAROS

Hoje é o Dia Mundial das Doenças Raras, comemorado no último dia de fevereiro (que em anos bissextos é dia 29, um dia raro!).
Não quero neste post entrar no mérito se temos o que comemorar ou não nesta data, mas antes que alguém em pergunte, acho que sempre temos o que comemorar, por menores que pareçam os avanços para alguns.
Esse ano vi no Facebook que uma pessoa criou a hashtag #somostodosraros. E concordo plenamente, tanto que a usei algumas vezes nos últimos dias. Nada é igual a outrem neste mundo, seja uma pessoa, uma planta, uma folha ou uma pedra. Uma vez que cada ser é único, temos que cada um de nós somos raros.
Uma vez uma familiar de um garotinho com EB me contou que, quando indagada por crianças porque o fulano era assim, muitas vezes, quando não estava afim de explicar o que é EB (tem dias que "estamos da pá virada" e não queremos dar explicações) ela perguntava de volta algo como "Por que o seu cabelo é assim?", pergunta que ficava normalmente sem resposta e que acabava levando, de alguma forma, à reflexão de que somos todos diferentes e que nem sempre temos como (ou queremos) dar explicações sobre tudo. (Bem, poderíamos responder as 2 perguntas acima ou pelo aspecto de herança genética ou pelo aspecto religioso, mas isso não vem ao caso.)
Algo que costumo dizer nas palestras que faço sobre o assunto é que "tem gente que é gordo, tem gente que é magro, tem gente que usa óculos (etc etc) e tem gente que tem EB; logo ter EB (ou qualquer outra característica física ou doença) não torna você melhor nem pior nem ninguém".

Enfim, já que somos todos raros, cada um a sua maneira, celebremos nossa raridade e a raridade de tudo no mundo!!!

quarta-feira, fevereiro 18, 2015

TENTANDO VOLTAR A DIRIGIR, MAS AINDA NÃO

Semana q vem completa 5 meses q fiz minha cirurgia e estou sem dirigir. 
Nesse Carnaval aproveitei a quietude da cidade pra tentar voltar a dirigir. Confesso que estava com grande medo de tentar, pois apesar da fisioterapia, sei que estou com muito menos força no pé e, caso eu não conseguisse pisar nos pedais o suficiente, poderia ocorrer um desastre. Ainda mais que em carro automático, só se usa o pé direito, justamente o operado (não posso afirmar com certeza, mas creio que o câncer apareceu justo no pé direito pelo fato dele ser muito mais usado que o esquerdo, por causa do ato de dirigir).
Claro que eu já tinha testado algumas vezes antes pisar no freio do carro "até embaixo", quando eu vou esquentar o carro (como ele tá paradinho, coitado, tenho que ir de vez em quando esquentá-lo). Mas testar com o carro parado é muito diferente do que com o carro em movimento.
Passei pouco mais de 10 min dirigindo o carro, sendo que metade desse tempo deve ser sido manobrando o carro na garagem. Caraca, pra sair da minha vaga eu parecia q nunca tinha estacionado ali. Já não tinha mais noção das distâncias e fiquei dando ré e voltando várias vezes com medo de bater o carro. Isso já deu uma forçada boa no pé.
Daí foi dar uma volta na minha quadra e na quadra vizinha. Circulei por 4 ruas internas, quase sem movimento. Não passei de 30Km/h, com o coração acelerado de nervoso de não dar conta, como se eu tivesse aprendendo a dirigir. Quando peguei confiança e pensei em pegar uma avenidinha interna que tava sem movimento nenhum pra tentar acelerar um pouco mais, já tava doendo bastante e pensei: ainda tenho q voltar ao meu prédio e manobrar muito pra estacionar. Então desisti e voltei.
Pra estacionar já foi bem mais fácil. Quando o carro da vaga vizinha não está, é bem fácil estacionar, mais fácil do que sair. Mas assim que desliguei o carro, fiquei uns minutos descansando antes de voltar pro meu apê, pois tava doendo mesmo,
Isso porque a cirurgia já cicatrizou bastante, mas ainda não o suficiente para não doer com essa forçada.
Moral da estória: Ainda não dá pra ir pra lugar nenhum de carro, ainda mais porque quando eu chegar lá eu vou estar com dor e não posso, com o carro parado da rua, ficar descansando dentro dele (não podemos ficar dando bandeira hoje em dia, né?) Mas pelo menos já tenho parte da força de volta, quer dizer, ainda enho que experimentar dirigir em pistas mais rápidas em que tenho que forçar o pé no acelerador.
Vou confirmar com a minha fisioterapeuta se devo fazer isso 1, 2x por semana pra ir só treinando, ainda sem finalidade prática de ir a algum lugar.