sábado, maio 23, 2015

PEQUENOS PRAZERES DA VIDA: PIZZA DA SALVAÇÃO

Noite mucho loca ontem! Fazia tempo que eu não ia pra esbórnia com tanto estilo.
Fui com um casal de amigos pro show de uma banda daqui de Brasília chamada Kervansarai, que toca música mediterrânea. O objetivo era arrecadar fundos pra gravação do primeiro CD deles. 
O show foi numa casa no fim do Lago Sul, a qual depois descobri, durante o evento, que é a casa do músico americano radicado em Brasília Ted Falcon. Espaço e ambientação muito bacana para divulgar boa música!
Mas este post não é pra falar sobre o show, que foi maravilhoso. Nem o pós-show, em que, devido a uma blitz no nosso caminho, acabamos indo pra casa de amigos do casal que me acompanhava e ficamos batendo papo até altas horas, nem pra contar que quando chego no meu prédio, depois das 5h da manhã, o porteiro desce "pra tomar um café", deixa a portaria vazia, e eu fiquei do lado de fora morrendo de medo por 10 min até ele voltar. Mas sim pra falar da salvação pros nossos estômagos: a pizza!
No evento havia um food truck, cervejas artesanais, vinhos e o kekab que não saiu. Como eu não sou de sanduba, fiquei esperando pra ver se o kebab saía. E comecei a tomar vinho. Como eu iria ficar alegre demais só bebendo de estômago vazio e o kebab não saía, comi um brigadeirão. No intervalo, resolvi que seria uma boa ideia comer um sanduba, já que não ia sair mesmo o kebab. (Não, não estou sendo redundante, mas sim ressaltando o fato de eu ter ficado #chateada porque o kebab não saiu!)
Daí na hora do intervalo já não tinha mais sanduba!!! O máximo que meu amigo conseguiu foi 1 derradeiro brigadeiro o qual compartilhamos, e que eu consegui a façanha de deixar cair 1/3 dele no chão. E agora, o que iríamos comer?
Foi aí que meu amigo teve a ideia de pedir uma pizza, o que obviamente eu achei que era zoação num primeiro momento. Mas sim, a coisa era séria! Ele ligou prum amigo que mora lá perto (cuja casa nós fomos depois fugir da blitz) pra ele indicar uma pizzaria que faria entrega ali. A pizza foi pedida e até o fim do show estávamos felizes comendo a pizza com a mão e matando de inveja o resto do povo com fome. E pizza acompanhada de um bom vinho Malbec. =D

segunda-feira, maio 04, 2015

IMERSÃO CULTURAL NA CAIXA CULTURAL

E depois da oficina de dança, citada no post anterior, resolvi tentar ingresso pra apresentação daquela noite, já que eu já tava lá mesmo. Entrei num sorteio como os colegas de oficina por 2 ingressos, mas não ganhei. Daí nos falaram que existe uma fila de espera para os ingressos que os patrocinadores muitas vezes distribuem para pessoas que não vão ver o espetáculo. Fui conversar na bilheteria para obter mais detalhes e descobri que a galera forma uma fila na bilheteria, que começa a vender esses ingressos que sobram 30 min antes de cada apresentação. Se você estiver no começo da fila, em geral consegue. Eu ia ficar lá de bobeira pelo café, pra ver a hora em que a fila começaria a ser formada e ir pra lá, mas o rapaz da bilheteria foi camarada ao ver que eu era uma pessoa com deficiência e me vendeu um ingresso antes da hora. Muita gratidão a esse moço gentil!
E já que faltavam pouco menos de 3 horas pra apresentação, tinha que aproveitar meu tempo! Primeiro fui no café comer algo (e pouco antes do espetáculo fui de novo, pra comer uma fatia de torta, pois tinham umas tortas tão bonitas que eu não resisti. kkkkk). Depois aproveitei pra ver as exposições em cartaz.
Primeiro fui na Esporte em Movimento, que eu confesso que não tinha me animado muito a ir antes, mas não me arrependi. Nossa, um acervo muito legal de artigos diversos sobre as Olimpíadas. Não vai dar pra citar tudo aqui, mas eis algumas curiosidades que gostei:
  • Há em exposição um acervo muito grande de selos e moedas comemorativos e medalhas, sendo que pra muitas delas há lupas disponíveis para visualizar melhor. Só não se assuste com o barulho que faz ao mover as lupas para poder usá-las: o metal da haste faz um rangido estranho, que chega a fazer com que se sinta envergonhado num ambiente tão silencioso.
  • Houve uma preocupação bacana com os deficientes visuais nesta exposição, que conta com os painéis com informações históricas em braille, com uma tocha olímpica que pode ser tocada e muitas outras que fizeram reproduções táteis de uma das facetas, o que era legal até pra nós conseguirmos observar alguns detalhes de relevo das tochas. também haviam algumas moedas e medalhas também em reproduções táteis ampliadas, úteis inclusive para quem não tem deficiência visual, Claro que muitos dos itens, por serem pequenos demais, não conseguiriam ser apreciados nem por muitos com visão parcial.
  • Adorei a exposição das tochas olímpicas, que é algo que a gente nunca consegue ver direito na televisão. E ver ali na sua frente toda a riqueza de detalhes com que são cunhadas é impressionante.
  • Descobri que há uma moeda comemorativa de passagem da Olimpíada de Londres pro Rio, que por sinal achei bem bonita. Havia também reprodução tátil ampliada dela.
  • Vi também umas fotos bacanas sobre os primórdios do esporte no norte do Brasil no início do século passado, em especial esportes aquáticos. Tinha uma foto meio cartão postal escrito Manáos, muito comédia como se escrevia a capital do Amazonas naquela época.
  • Por último, apreciei também a galeria dos atletas olímpicos brasileiros homenageados. Conheci alguns atletas antigos, em especial do atletismo, que fizeram grandes feitos para o nosso país em suas épocas. Mas também haviam importantes atletas ainda em atividade.
E no fim ainda ganhei o catálogo da exposição, que está lindo!!!

Depois que me cansei fisicamente vendo essa exposição, resolvi pedir apoio aos brigadistas para ver a exposição do andar de cima. A essa altura já estava cansada e fui na cadeira de rodas. Fui muito bem tratada e valeu a pena, por ser uma exposição com bom espaço para circulação. (Na exposição  Esporte em Movimento seria difícil fazer isso, pois devido a grande quantidade de itens, alguns espaços eram estreitos para circulação de uma cadeira de rodas, e muitos itens demandariam eu me levantar ou abaixar.)

E pra fechar com chave de ouro minha tarde/noite de imersão cultural, que começou depois de um almoço maravilhoso com amigos em que comemos joelho de porco no Amigão, foi o espetáculo As Canções que Você Dançou pra Mim, com trilha sonora toda de colagens de músicas do Roberto Carlos. No começo é estranho assimilar a ideia do picote das músicas, que às vezes era só um verso e já mudava de música, mas depois que você assimila a ideia, se torna muito interessante. Muito criativo o trabalho da Focus Cia. de Dança, o qual valeu super a pena ficar para assistir, apesar do cansaço. Eles falaram que no 2º semestre voltarão com esse mesmo espetáculo aqui pra Brasília, então super recomendo. 

VIRANDO DANÇARINA PROFISSA (ou MEU CURRÍCULO DE DANÇA)

Hoje quero compartilhar com vocês uma grande alegria artística.
Há uns 10 dias, uma amiga me encaminhou e-mail da Caixa Cultural sobre uma oficina gratuita sobre dança contemporânea. (Depois também vi o e-mail enviado a mim pela própria Caixa, uma vez que sou cadastrada na lista de e-mails deles.) Eu olhei pro convite, que dizia que o público alvo era profissionais de dança contemporânea. Mas achei que o fato da minha amiga ter me enviado era um sinal e resolvi me inscrever na base do "vai que cola!".
Mandei e-mail, conforme indicado no convite, e me pediram meu currículo...
Putz, eu tenho currículo de informática, currículo de professora de inglês, mas nunca tinha feito um currículo artístico. E agora, como fazer?
Fui olhando nos sites de algumas dançarinas de dança do ventre pra ver como elas colocavam, mas como era pra site, em geral eles tinham uma historinha, em linguagem não própria para currículo, contando alguns cursos que fizeram e professores com quem tiveram aulas. Comecei a esboçar algo e resolvi pedir ajuda a minha professora de dança, que prontamente me deu algumas ideias. Por fim, achei um post no site Central Dança do Ventre que terminou de sanar minas dúvidas. 

Mas o mais difícil foi revisitar minha vida "dancística" pra resgatar os cursos e apresentações dos quais participei. Nossa, foi um trabalho de detetive, que me tomou bastante tempo, envolvendo Flickr, YouTube, Facebook, e-mails, fotos e vídeos armazenados somente no meu computador para estudo, buscas no Google pra lembrar "como chamava aquele evento mesmo?", posts deste blog, assim como meu caderno de anotações dos aprendizados dos cursos. Afff... foi todo um cruzamento de informações pra eu conseguir me lembrar e confirmar tudo. Como alguns cursos e apresentações eu não conseguia nem ter certeza absoluta do mês em que ocorreu, me restringi a colocar os anos de cada fato. Ainda teve um evento citado neste blog que eu não me lembrei do que se tratava e outro que me lembrei que fiz uma participação rápida mas não consegui achar info sobre ele. (Até cheguei a cogitar que era o mesmo evento, mas alguns indícios, como a data e pessoas envolvidas, me mostraram que não foi o mesmo.) Mas faltar 1 ou 2 eventos menos importantes não fazem tanta diferença assim. 
Confesso que me surpreendi com o resultado final desta busca frenética pra fazer um currículo artístico de um dia pro outro: eu fiz muito mais coisa do que eu imaginava nesses quase 6 anos de dança, tanto cursos quanto apresentações, isso sem contar os aulões temáticos gratuitos, intensivões de férias e apresentações em eventos familiares. E também foi legal resgatar outros cursos relacionados a artes, teatro e dança que já fiz durante a minha vida, que de alguma maneira contribuíram para minha formação artística. Agora, com currículo organizado, é só ir atualizando. 
Claro, não posso achar que isso está bom, afinal sempre se há o que aprender, ainda mais quando se trata de uma ciência não exata que sempre pode ser aprimorada e modificada, que é a arte. Também percebi que estudei muita coisa que não estou colocando em prática atualmente e que tenho que fazer mais cursos voltados para fusão, de modo a aprimorar esse meu "lado B" que eu tanto gosto.

O resultado disso tudo vocês já devem imaginar: eu fui aceita pra participar da oficina, mesmo não sendo profissional. Isso me fez comprovar que não era mentira o que minha professora disse certa vez para minha turma avançada: que nós só não éramos profissionais porque não vivíamos da dança, mas que o conhecimento e experiência a gente já tinha.
Vale ressaltar que aproximadamente metade dos que estavam na oficina eram alunos da faculdade de dança no IFB e, pelo que contaram de suas experiências, também não eram profissionais. Logo, no fim das contas, a maioria absoluta eram de não-profissionais, mas isso não tira o brilho da minha conquista.

Acho que a grande lição que aprendi com essa experiência de montar o currículo foi que eu tenho mais potencial do que eu imaginava. Ao ver o quanto conquistei nesses quase 6 anos, me senti mais confiante para buscar me aprimorar ainda mais e explorar mais a fundo minhas possibilidades artísticas, sem ter medo de me "jogar".
Que venham mais 6 anos de dança!!!