quarta-feira, janeiro 30, 2013

O PODER DA MÚSICA

Eu sempre tive uma relação muito forte com a música.
Desde que me entendo por gente, eu fazia minha árdua rotina de me arrumar de manhã cedo ouvindo música.
Com 4 anos, eu já ouvia o melhor da MPB graças a minha mãe e o melhor do rock dos anos 80 graças ao meu irmão. Quando digo 'ouvir', digo literalmente parar pra ouvir. E depois que aprendi a ler, eu pegava os encartes dos LPs e tentava apender a cantar aquelas letras complexas. 
Com 4 anos comecei a compor, mesmo sem saber escrever ainda. Me lembro, como se fosse hoje, de mim pequenina, com papel e lápis na mão pedindo pra minha mãe escrever pra mim. 
Com uns 8 anos eu já sabia gravar músicas em K7s, para assim ter as minhas músicas favoritas. Nessa idade também comecei a estudar teclado, atividade que fiz até os 10 anos de idade. 
Também coreografava minhas músicas dance favoritas na sala de casa.
Assistia loucamente a MTV na minha adolescência e gravei vários VHS com clipes musicais.
Participei de alguns corais e estudei um pouco de canto na Escola de Música de Brasília já na vida adulta. 
Bem, as circunstâncias da vida fizeram de mim uma cantora/compositora/musicista frustrada, mas me mantiveram a grande paixão pela música.

Mas quando entrei em depressão, anos atrás, isso mudou. 
Eu já não conseguia mais ouvir música. Já não sentia mais alegria. As músicas carregam emoções e sentimentos intrínsecos, mais os sentimentos que associamos a elas. Sempre que eu começava a ouvir música, sempre esbarrava em alguma que me aflorava algum sentimento, trazia alguma memória, ou me fazia lembar de algo pela letra. Daí aos poucos, tive que tirar a música de dentro de mim, pois ela me trazia mais sofrimento do que alegria.
Parei de ouvir música enquanto dirigia. Passei a ouvir só notícias no rádio em casa. Evitei o máximo que eu pude, até que eu melhorasse.
Para ir voltando aos poucos, e aos poucos voltar a sentir a alegria de ouvir música, passei a ouvir só músicas árabes, que tanto eram estudo, por causa da dança do ventre, quanto uma oportunidade de ouvir música sem sentimentos arraigados, e sem letra por mim entendível para despertar reflexões. Consegui voltar a sentir alegria, e usar a música como instrumento para isso.

Apesar desse período ter passado, mantive o hábito de ouvir noticias no rádio, e volta e meia, se me sinto meio desanimada, coloco em uma rádio musical.
Mas agora voltei a ter o prazer de ouvir música graças ao meu novo carro. Resolvi que eu queria ouvir mp3 por meio de um pendrive e pronto! Só que o som não tem entrada para pendrive, só toca CD de mp3. Dai paguei a bagatela de 20 reais para comprar um transmissor FM que liga no cinzeiro do carro, por meio do qual posso ouvir minhas musiquinhas. 
Eu já tinha um pendrive com bastante música e só o espetei lá, nem gravei nada novo. Ainda não consegui ouvir tudo que está lá, então pra que mais?!

Todo esse histórico foi para poder relatar o quanto meu humor mudou nos últimos dias. Só de ouvir músicas queridas e pode cantá-las loucamente pelo caminho afora, me torna outra pessoa, mais feliz,mais bem disposta.
Como diz o ditado, quem canta seus males espanta. Então, como diria a Rihanna, please don't stop the music.

domingo, janeiro 27, 2013

PEQUENOS PRAZERES DA VIDA: SORVETES "GOURMET"

Hoje, meio de saco cheio da vida, aproveitei os parcos raios de sol que surgiram no céu e resolvi dar uma volta.
Eu confesso que não gosto de sair muto aos domingos. Domingo é o dia que gosto de ficar largada em casa, de preferência de camisola, curtindo o ócio. Não gosto de marcar compromissos para o domingo, o que não quer dizer que deixarei de ir a algum lugar que um amigo tiver convidado. Mas é  o dia em que gosto de exercitar o ócio criativo (e também corrigir exercícios de alunos, quando é época de aulas).
Mas, considerando o sol, minha baixa autoestima (é tão esquisito escrever assim, mas é a nova ortografia!) no momento, a necessidade de comprar um presente e a promoção de varal de chão na Leroy Merlin que só ia até amanhã segundo a propaganda da TV, resolvi quebrar essa regra.
Depois de ir na Leroy, fui ao Park Shopping para comprar o presente. Aproveitei para ver a exposição Tesouros das Américas, que não é grande, mas é bem interessante. Além de aprender um pouco mais sobre as culturas nos nossos vizinhos, exercitei meu espanhol, pois as placas são escritas de um lado em português e do outro em espanhol. Vale a pena conferir, ainda mais que gratuita.

Mas este post é sobre sorvete, não é verdade? Quer coisa melhor para levantar o astral do que tomar sorvete, ainda mais que já faz dias que eu amanheço meio alérgica do frio, sei lá!? Quando eu quase ia embora, vi um quiosquinho chamado Mil Frutas. Resolvi parar nele antes de partir e não me arrependi.
Acho meio salgado pagar 10 reais numa bola de sorvete. Eu tb não gosto de lugares que vendem sorvetes por bola, porque dificilmente peço mais de uma, e assim deixo de saborear diversos sabores. (Quando vou a local com sorvete por quilo, em geral consumo umas 3 meias bolas de sabores diferentes.) Mas foi uma experiência bem boa.
Antes de pedir, claro, experimentei vários sabores para me decidir. Ei-los: laranja com gengibre (muito bom), limão siciliano com framboesa (azedo; a própria atendente me alertou), morango com lichia e hortelã (bom, mas não me emplogou), figo com mascarpone (excelente e bem docinho, indicado por uma das atendentes; e aprendi que mascarpone é um tipo de queijo), canela com gengibre (bom, porém bem forte; só a provinha dele já me foi suficiente); mas acabei ficando com o de limão siciliano com cascas de laranja, que é um bom equilíbrio entre doce e azedo. Não sei porque hoje eu estava à procura de algo levemente azedo. =D Valeu a pena conhecer...e saborear!

Ah, descobri também que meu carrinho tem força pra subir a subida do Park Shopping rumo ao Guará II. Eeeeeeeeeeee \o/

quarta-feira, janeiro 23, 2013

ADEUS ANO VELHO, FELIZ CARRO NOVO

Meu final de ano e começo do novo foi bem tumultuado e confuso. Diversas coisas aconteceram, mas como algumas delas estão pendentes, depois farei os devidos posts.

Este post é para falar sobre as minhas alegrias e tristezas automobilísticas...

Tudo começou no dia 22 de dezembro, em que fui pra faxina no apê e de noite ia feliz e contente a um aniversário. Quando saí do apê, vi que o carro estava esquentando, mas como fazia dias que eu não completava a água, achei que era a mera falta dela no radiador. Parei num posto, pedi para completarem e segui meu caminho. Fui fazer outras coisas e depois fui pra casa me arrumar pro aniversário. Mal saí de casa, percebi que o carro estava esquentando de novo. Como estava quase em frente a um posto, retornei para ir nele. mas o carro quase não chegou lá, pois embaçou tudo por dentro e eu tinha dificuldade para enxergar o caminho. 
Chegando lá, as tentativas de completar a água e esfriar o carro foram em vão. Por mais água que colocasse, ele não queria esfriar, o que indicava que a água saía por algum lugar. Depois de mais de meia hora no posto, sem sucesso, liguei para o esposo da aniversariante, para avisar o motivo do meu atraso. 
Imediatamente ele recrutou um amigo em comum para me buscar no posto e decidirmos o que fazer. 
Como o posto era do lado da casa do meu irmão, levei o carro pra lá (morrrrreeeendo de medo do carro não chegar) e fui de carona pra festa. 
Por ser o sábado antes do Natal, eu me lasquei. O carro só foi guinchado pra oficina no dia 26. O carro me foi devolvido 2 dias depois, sob a alegação de que não fora encontrado defeito. Peguei o carro  e fui na casa do meu irmão buscar o documento do carro, que estava lá pra poder ser liberado para ser guinchado. Quando cheguei lá, achei que o carro estava começando a esquentar. Quando saí, tudo se agravou, e optei só por sair do condomínio, parar o carro do lado de fora e chamar o mecânico. Liguei pra minha mãe pra ela poder me dar uma carona depois que o síndico chegasse, mas velho sem paciência é uma tristeza! Ela me largou lá pq uma vez na vida não podia chegar atrasada ao trabalho, pois o mecânico demorou pra chegar.
Enfim, o carro voltou pra lá, o qual só me foi devolvido já neste ano (mais uma vez, o feriado, desta vez o de Ano Novo, me lascou). Peguei o carro, dei uma volta e tava tudo bem. 
No dia seguinte, fui buscar minha mãe no aeroporto. Na volta, o problema foi outro, o câmbio, que não conseguia passar as marchas, e por isso perdia força e fazia o carro parar. Chamamos o mecânico de novo, e o carro foi pra casa na base do "pára, descansa e continua", pois ao ficar desligado um tempo, ele voltava a passar as marchas direitinho; mas depois ele voltava a se perder. Desta vez não tinha jeito: o preju era grande, pois teria que se trocar o câmbio. Só que até para achar alguém pra trocar o câmbio tava difícil (não sabia que tantas oficinas davam férias coletivas e fechavam por vários dias no começo de janeiro).
Já estava desesperada, sem esperança nenhuma, pois a coisa não andava, não havia uma solução aparente. E sem carro, eu fico completamente ingessada. Juntando com outras coisas que me chateavam, eu me senti num misto de tristeza profunda e desespero. 
Minha mãe me propôs chamar meu irmão pra conversar, pra ver se ele tinha alguma ideia que poderia me ajudar. Quanto ao carro, ele fez contato com um ex-colega de trab da minha cunhada, hoje vendedor de carros, e explicou minha situação, para ver como poderia me ajudar.
Felizmente ele foi e tem sido uma pessoa muito boa comigo: conseguiu vender meu carro (que a essa altura já havia virado um "elefante branco"); me deu toda a assessoria para comprar o carro novo (que foi comprado particular, já que na loja onde ele trab não tinha no momento um modelo automático que se adequasse ao meu orçamento), inclusive indo comigo ver o carro e fechar o negócio; providenciou a execução das minhas adaptações (e ainda se preocupou para que as adaptações não implicassem em "furar" demais o carro, pra depois ficar mais fácil dele vender quando eu for trocá-lo); e agora está me ajudando com os procedimentos relativos à transferência e vistoria do carro. 

Tudo está se desenrolando bem. E, o mais importante, quase um mês depois pude voltar a dirigir e ter minha liberdade, agora com o Branquelo.
Estou meio em fase de me adaptar a ele. Só neste domingo pude efetivamente dirigí-lo e, nossa, é muuuuito diferente! Primeiro que troquei um sedan por um hatch bem compacto. Segundo que o carro é 9 anos mais novo, o que implica que a tecnologia evolui. Portanto, apesar dele ser 1.1 e o antigo ser 1.6, esse é tão bom quanto. Bem, ainda falta testá-lo em uma subida mais acentuada para ver como ele responde. Mas a direção é beeem mais leve (ambas são hidráulicas), tão leve que eu ainda tenho medo de acelerar demais esse carro. 
O que posso dizer é que estou muito feliz com a mudança. 

Ela foi postergada por muito tempo por eu ter demorado a aprender a dirigir (conforme já relatado na série CNH) e, por eu ter só 3 anos de carteira, esse é o tempo que conta pra mim como tendo o carro. Mas na verdade, o carro já tinha muuuuuitos anos a mais. Portanto, tive uma sensação equivocada da passagem do tempo para um bem "perecível" mais um certo apego e a sensação não-consumista de "se tá funcionando, pra que trocar?". Aprendi que eu estava equivocada.

Lições aprendidas:
* Tenha amor (para cuidar bem), mas não tenha apego com carro.
* Não ter preguiça de ficar um dia sem carro de tempos em tempos pra fazer revisão no carro.
* Peça ajuda se tudo desandar. 
* O Universo consegue formas de te forçar a fazer as coisas que não se quer fazer.
* Tudo evolui; e costuma ser pra melhor.