domingo, março 28, 2010

MBA EM TESTE DE SOFTWARE - O FIM

Este mês concluí o MBA em Teste de Software pela UniEuro. Estou muito feliz, pois apesar da apresentação ter sido meio tumultuada (por motivos meus de saúde), foi muito bem sucedida. Os professores gostaram muito do tema Testes de Acessibilidade, algo que foge o convencional.

Como recebi diversos comentários na postagem que fiz quando comecei a pós, resolvi comentar aqui minhas impressões gerais sobre o curso, com o intuito de fornecer informações a aqueles que se interessarem pelo curso.

De maneira geral posso dizer que gostei. É uma oportunidade de aprender coisas novas e revisar seus conhecimentos.

Se você já trabalha na área de teste ou o seu desejo é conhecê-la, o curso é bom para as 2 situações, mas se você não tiver conhecimento da área terá que pegar mais pesado nos estudos. As 3 primeiras disciplinas, para quem já é da área, são bem tranquilas, pois são conceitos básicos. Já nas outras 6 há assuntos variados, nas quais aprendi muito.

O curso é dividido em disciplinas de 5 semanas de duração. Normalmente elas são dividias em 5 módulos. Logo, a cada semana você lê o conteúdo de um módulo, responde o questionário e faz a tarefa, que é uma ou 2 perguntinhas sobre o conteúdo (nem todo módulo tem uma tarefa). Se você for uma pessoa organizada e não tiver uma vida muito atribulada, dá pra fazer desta forma organizada sem maiores problemas. Claro, se a coisa apertar, você pode fazer tudo na última semana de entrega.

Um ponto positivo de um curso a distância é que o aluno faz seu ritmo e estuda "o quanto quer", ou seja, pra quem quer, eles fornecem muito material bom para leitura. Mas se você "estiver com preguiça" ou "meio sem tempo", pode ler apenas o material básico de cada módulo, que dá pra cumprir com as atividades e passar na disciplina.

A única coisa chata pra quem não mora em Brasília é vir de 3 em 3 meses fazer as provas (e fazer 3 provas de uma vez eu acho puxado; sempre que pude eu adiantava pelo menos uma prova).

Algo que inicialmente não gostei foi a obrigatoriedade de fazer o trabalho final em grupo. Por tratar-se de um curso a distância, as pessoas não se conheciam, logo você pode dar o azar de pegar pessoas que não tão muito a fim de fazer um trabalho bem feito. Eu tive a sorte de fazer propaganda do meu tema e conseguir 2 pessoas muito bacanas. Já uma amiga minha teve o azar de formar um grupo que não deu certo, do qual ela saiu e resolveu vir para o meu. (Ela havia escolhido outro tema, por isso quis formar outro grupo, apesar do meu convite.) Além disso, nosso grupo só deu certo porque moramos todos em Brasília e podíamos nos reunir quando necessário para discutir o trabalho. Para quem mora fora, não sei como fizeram, mas creio que foi mais complicado, pois na minha opinião tem detalhes que não dão para serem discutidos pela net.

Espero que este post te ajude a decidir se faz (ou não) o curso. Eu acho que o custo-benefício vale a pena.

quinta-feira, março 18, 2010

PALESTRANDO (MAIS UMA VEZ) SOBRE EB

Ontem ministrei uma palestra sobre EB a qual gostei bastante.
Recebemos o convite de uma Sociedade de Enfermagem, que é parceira da Associação, para que fossemos palestrar sobre EB em um curso de feridas para enfermeiros e técnicos em enfermagem da regional do Núcleo Bandeirante. O auditório contava com umas 35 pessoas - apenas 2 homens (!) - que, de maneira geral, estavam bem curiosas pelo assunto. O público foi muito receptivo e participativo: fizeram muitas perguntas e em alguns momentos até se adiantavam em assuntos que seriam tratados mais adiante na apresentação; outros faziam anotações o tempo todo.
Foi uma experiência muito positiva de divulgação da doença em pouco mais de 1h, em que tentei abordá-la sobre os mais variados aspectos que ela envolve. Saí de lá gratificada em ver o interesse das pessoas em um doença que talvez eles nunca mais tenham a oportunidade de ver um portador.
Confesso que foi uma experiência até melhor do que no Smpósio de Feridas no ano passado. Acho que quando o público não é muito grande, as pessoas perdem a vergonha e interagem mais.

terça-feira, março 16, 2010

ENGLISH TEACHER

Recebi a umas 3 semanas convite do meu ex-chefe, dono da escola de inglês onde dei aulas por mais de 4 anos antes de virar servidora pública, para voltar a dar aulas.
Ele sempre foi louco para que eu voltasse, e quase todo semestre ele me chamava para substituir algum professor que, por algum motivo, precisou faltar. Em especial aos sábados, dia em que eu gostava de dar aula e tem muitas turmas, mas é sempre problemático conseguir professor (sempre tem os que preferem a farra na sexta... kkkkkk). Também não foi a primeira vez que me convidou a voltar, mas eu sempre tava tão enrolada com UnB e trabalho que eu não tinha tempo.
Agora com a vida organizada, e com o MBA que já estava perto do fim, eu pensei:"Por que não?!?"
Alguns devem estar pensando: se ela já é servidora pública concursada, com a vida garantida, pra que ir dar aula de inglês?

Conselho que eu dou a todos: Uma língua precisa ser praticada. Por mais que eu sempre leia textos na internet e ouça música, dentre outras coisas, não se consegue praticar integralmente a língua. E assim, sem perceber, vai-se perdendo fluência e vocabulário.

Portanto, não voltei a dar aula só porque gosto de ensinar, mas também para manter meu inglês vivo, e recuperar algo que eu porventura tenha perdido. Nessas duas semanas, preparando aulas e corrigindo exercícios de alunos, tive que recorrer ao dicionário em busca de informações complementares para passar em sala ou para tirar dúvidas. Logo, em tão pouco tempo já deu pra ver o quanto esta volta foi boa para mim.

segunda-feira, março 15, 2010

PALESTRANTE DEVE PAGAR PARA PALESTRAR???

No fim do ano passado, com a empolgação do MBA, resolvi que queria divulgar minha pesquisa sobre teste de acessibilidade em eventos sobre teste e qualidade de software. Fiz uma pesquisa e, na época, achei 4 eventos previstos para este ano. Para 2 deles eu submeti artigo, um eu perdi a data (enrolada com o MBA) e o quarto não aceitava artigos submetidos.

O artigo foi aceito em um dos eventos. Só que eu identifiquei 2 coisas que considerei estranhas na organização do evento.

A primeira é que meu artigo foi mandado para 2 revisores, sendo que um deles queria mudar toda a essência do meu artigo: alterar título, resumo, incluir novas partes... Ou seja, é como se o revisor dissesse: "Gostei do seu tema, mas seu texto está uma droga. Escreva de novo." Poxa, se não gostou do meu texto, por que selecionaram-no?!?

Quanto a isso, eu "bati o pé" dizendo que não iria fazer nenhuma mudança drástica no trabalho, o que no fim foi aceito.

A segunda é que queriam que eu me inscrevesse como um participante qualquer, ou seja, que eu "pagasse para palestrar". Já participei de alguns eventos como palestrante, inclusive fora da área de computação, e o que eu vejo é sempre um tratamento diferenciado para os palestrantes, que varia de evento para evento, mas cito algumas das facilidades que já tive em eventos variados: almoço pago, sala vip, pagamento de hospedagem e transporte. Tudo isso sempre pensando que é necessário tratar bem o palestrante, afinal, parte das pessoas que irão ao evento estão interessadas no que ele tem a falar.

Não que eu só iria palestrar se eu recebesse um tratamento super vip, afinal sou uma reles mortal, mas eu acho um absurdo ter que "pagar para palestrar". Já que, como palestrante, eu já teria despesas para me deslocar ao local do evento, não custava nada não ter que pagar a inscrição. Eu não tenho nenhuma necessidade de "aparecer" pra me submeter a isso.

Até cheguei a expor a situação em algumas listas de discussão na área de informática das quais faço parte, dentre elas uma na área de teste, pois eu queria saber se meu ponto de vista era coerente ou não. Ouvi opiniões das mais variadas, mas a maioria achou tudo um absurdo e que eu deveria analisar se valia a pena participar de tal evento. Com este apoio, tomei a decisão que eu já desejava tomar, que era a de não participar do evento.

Alguns dias depois, fui surpreendida com um e-mail da organizadora do evento que não aceitava submissão de artigos. Ela disse que acompanhou a discussão sobre o assunto numa das listas sobre teste de software e ela disse estar tentando incluir no evento que ela organizava algumas palestras nacionais, uma vez que já haviam diversos convidados internacionais. Enviei meu artigo e um mini-currículo, sem muitas esperanças, pois olhei a grade provisória do evento e não conseguia visualizar onde encaixar mais uma palestra. Mas pelo menos esses dias recebi a resposta de que se interessaram muito pelo tema.

Isso mostra, pelo menos, que o tema Acessibilidade desperta interesses. Se não deu certo em nenhum desses eventos, paciência. Pelo menos já tenho o convite para palestrar novamente no Workshop da Pós-Graduação da UnB no fim do ano.E assim, aos pouquinhos, a acessibilidade de sites é divulgada.

segunda-feira, março 08, 2010

SURPRESAS NO DIA DAS MULHERES

Recebi hoje no meu trabalho 2 surpresas muito agradáveis relacionadas ao Dia das Mulheres.
A primeira foi que, ao sair do elevador, fui recepcionada por um rapaz de smoking, com uma rosa e um bombom. Junto a ele, havia uma mesa com coquetel sem álcool, fondue de chocolate, pastinhas e pãezinhos. Tudo oferecido pela Associação dos Servidores de onde trabalho.
A segunda, que chegou por e-mail, foi que a Associação dos Servidores vai presentear cada uma das mulheres associadas com uma sessão de fotos, com direito a maquiagem e design de sombrancelhas. Chique, não?!

quinta-feira, março 04, 2010

QUEM SABE, SABE

Na sexta passada fui a uma apresentação de dança do ventre com 2 amigas. Tenho curtido essa coisa de ver outras dançando: ainda não sei o suficiente para aprender algo vendo uma apresentação, mas pelo menos eu posso pensar em movimentos que eu (um dia) darei (ou não) conta de fazer.
Cada dia que passa eu vejo que a dança do ventre é mais democrática do que parece. Se você não conhece nada da dança e só vê as bailarinas dançando em bares ou lugares do tipo, você fica até desanimada: afinal, as mulheres são todas lindas, magérrimas, sem barriga, e se apresentam em trajes bem curtos. Quando eu comecei a fazer aulas, uma das perguntas que eu fazia a mim mesma (e que algumas pessoas me fizeram) era se um dia eu poderia fazer uma apresentação, pois eu nunca iria me expor com tais tipos de roupas.
Depois de algum tempo eu descobri que há diversos tipos de roupas e que várias delas são bem comportadas. Já vi bailarina usando calça legging ou meia-calça colorida por debaixo da saia. Logo dá pra adequar o tipo de roupa que eu posso usar às roupas de dança do ventre. Na apresentação de sexta, vi pela primeira vez bailarinas dançando usando sapato. E usando salto alto, o que me pareceu mais complexo. Logo, descobri que não é errado eu usar sapatilha nas aulas, e se for o caso, usar em uma apresentação.

Mas o mais interessante da apresentação foi que, durante toda a noite, se apresentaram as tais "moças lindas e magérrimas", sempre sorridentes. Mas a noite se encerrou em grande estilo quando se apresentou a (ex-)professora de uma amiga que hoje também é professora. Ela é uma senhora (natural de algum país árabe não me lembro qual) que eu já havia visto em alguns aniversários dessa minha amiga e que sempre dava uma palhinha, mas sempre de maneira informal, no improviso, sem roupa própria ou algum outro adereço. E eis que ela surge: bem vestida com um vestido longo, gordinha e sem aquele sorrisão no rosto, contrariando tudo que vimos anteriormente naquela noite.
Bastou começar a música (no estilo clássico, uma música meio triste) para que começasse o show. Ela não precisou fazer movimentos mirabolantes e dançou o melhor da dança do ventre, com movimentos de quadris e ventre perfeitos. Mesmo com um semblante sério, era possível ver o brilho nos seus olhos.

Foi o encerramento perfeito para aquela noite. Quem sabe, sabe.