domingo, dezembro 28, 2014

RETOMANDO OS ESTUDOS DE ALEMÃO

Enquanto eu estudava na UnB, fiz 2 semestres de alemão. O primeiro semestre foi bem; aprendi bastante e, se não me falhe a memória, passei com SS. No semestre seguinte, não teve quorum pra turma de Alemão 2. Só consegui fazer a disciplina um semestre depois, ou seja, fiquei um semestre parada no meio do caminho.
Como professora de idioma estrangeiro, eu sei que é necessário um certo tempo para se adquirir e fixar as estruturas básicas de uma língua. Se um aluno para sem ter fixado essas estruturas básicas, ele vai esquecer tudo que aprendeu e vai ter que recomeçar do zero. Bem, foi isso que acabou acontecendo comigo, pois na época eu não vislumbrava ter tempo para continuar meus estudos de alemão, uma vez que estudar na UnB e trabalhar não é nada fácil.
Poi bem, o tempo passou e procrastinei bastante a retomada dos meus estudos de alemão. Isso virou até frase na minha descrição pessoal neste blog: "(...)enrolando pra retomar os estudos de alemão." Mas agora chega de procrastinar! Hoje finalmente consegui retomar meus estudos! Afinal, agora tenho uma meta: conseguir me comunicar em alemão em 8 meses! E quanto mais eu adiasse o começo, menos meses eu teria.
Confesso que neste mês de dezembro eu já vinha ensaiando essa retomada. Primeiro tentei começar lendo sobre pronúncia na gramática alemã que tenho. Mas na hora de pegar nos conteúdos, vi que eles não estariam dispostos de uma maneira didática como eu gostaria. Logo, larguei-a de mão.
Depois peguei o livro com qual estudei alemão na UnB. Comecei a ler, mas me toquei: eu tenho um livro cheio de coisas escritas, e não áudios! E as habilidades que eu vou utilizar mais no ano que vem são ouvir e falar, logo precisava de áudios. Portanto, meu antigo livro de sala de aula não era uma boa ideia também.
Usei a cabeça e fiz hoje uma longa busca no YouTube, por séries de vídeos de ensino de alemão, começando do basicão. Ouvi algumas e salvei as que julguei mais interessantes nos favoritos do meu navegador. Hoje certamente ouvi mais de 1h de áudios.
Ainda não estabeleci um plano de estudos, quantos minutos diários ouvirei de alemão. Até porque não posso fazer com o alemão a mesma coisa que faço com meus áudios em inglês ou espanhol: como são idiomas que eu domino (o primeiro mais do que o segundo), eu coloco algo pra ouvir e continuo fazendo minhas atividades cotidianas, como preparar comida, me arrumar ou ler e-mails. Com o alemão, por mais que neste primeiro momento eu esteja revisando muita coisa que já vi, vou ter que sentar e prestar atenção, repetir as frases, voltar o vídeo pra repetir de novo ou pra ler e fixar alguma palavra grande e difícil de lembrar (pois o alemão é cheio delas!). Portanto, vou ter que sentar mesmo pra estudar.
Mas estou feliz com o material que separei para estudar e com o tempo vou poder filtrar mais pra escolher os canais que me agradam mais. Até porque cada canal tem um foco: tem uns que as aulas são bem curtinhas, de menos de 5 minutos e eu mesma que tenho que ficar voltando o vídeo umas 5x pra cada frase até eu consegui falar direito; outros já tem bastante explicação de gramática; outros tem exercícios que o professor vai resolvendo junto com você; e tem um que eu gostei muito (pelo menos neste momento de revisão) que tem um foco excelente em fonética, com cada frase descrita em símbolos fonéticos e explicações detalhadas que como pronunciar corretamente cada fonema (como eu adoooooro fonética e sei de sua importância para falar corretamente em qualquer idioma eu adorei, embora o primeiro vídeo tivesse mais de 20 min para conseguir abordar isso tudo).
Enfim, foi bom sair da procrastinação... Agora é mão na massa! Tschüss!!! =D

domingo, dezembro 21, 2014

FALAFEL - O PAI DO ACARAJÉ (ou DIA DOS BOLINHOS)

Ontem foi um dia de confraternizações e dos bolinhos. 
Na primeira, fui ao restaurante Loca como tu Madre e de entrada pedi a porção de bolinhos de galinhada, pois achei a proposta interessante. Claro que o caso não era de reaproveitamento, mas já pensou que ideia legal pra galera goiana de reaproveitamento da galinhada do fim de semana!? Acompanhando, vinha uma geleinha de pimenta de cheiro, que parecia uma gelatina sem sabor incolor com pedacinhos minúsculos da pimenta. Era tão suave que até consegui comer e gostei! Deixei o restante pra comer com o prato principal, mas ela derreteu e ficou só líquido transparente com os pedacinhos da pimenta no fundinho do copo. 
De noite, fui ao restaurante Sadik pra confraternização com a galera da dança. Foi um presente de Natal poder reencontrá-las depois de quase 4 meses sem dançar (como eu viajei no começo de setembro e no fim do mês foi a cirurgia, fui às aulas só até agosto e tranquei).
Lá, dentre outras coisas, resolvi pedir uma porção de falafel, que é um bolinho de grão de bico. Acompanhando, vinha pão sírio e um molho a base de iogurte e hortelã. Confessei que fiquei sem saber o que fazer com o pão sírio; pra mim, não combina com bolinhos. Daí fui conversar com um dos donos, que é árabe, pra matar minha curiosidade. Ele me explicou que se come colocando os bolinhos e o molho dentro do pão sírio, fazendo uma espécie de sanduíche. (Depois pesquisei na internet e vi fotos de como fica.) Mas a essa altura eu já tinha comido partindo os bolinhos no prato e colocando o molho por cima.
Ele me explicou também que o falafel é o pai do acarajé. Os árabes levaram a receita pra África, mas como na África não tem grão de bico, trocaram por feijão fradinho. Depois, os escravos que vieram pro nordeste trouxeram a receita.   
Também experimentei o chanclich, queijo a base de coalhada levemente azedo e coberto por uma mistura de especiarias chamada zaatar. O domo me explicou que é artesanal e que demora 1 semana pra ficar pronto. Ele me disse que a esfiha de queijo tipicamente árabe é feita com ele e que fica excelente. Mas que no restaurante eles não a fazem porque precisaria de uma produção muito maior de chanclich pra dar conta, e que a irmã dele, que é a outra dona, não deseja expandir muito o restaurante, quer algo pequeno e familiar.
Comi a porção dele com pão sírio e é muuuuito gostoso! Mas já tinha comido muito antes e trouxe parte dele pra casa. 
Interessante aprender um pouquinho mais sobre essa culinária tão gostosa e antiga!  

domingo, dezembro 07, 2014

FISIOTERAPIA, MÚSCULOS E DANÇA

Neste momento, estou fazendo fisioterapia para voltar a andar e outras atividades corriqueiras, como dirigir e dançar. Felizmente já voltei a andar, mas ainda pouco e só dentro de casa, ainda mais porque minhas sapatilhas ainda não cabem no meu pé operado, então estou tendo que sair sempre com sapatilha no meu pé esquerdo e meu chinelo da Mônica no pé direito. =D
Graças à fisio, aprendi coisas muito interessantes sobre musculatura. Por causa da dança, eu já tinha "descoberto" o músculo oblíquo (que depois fui estudar e descobri que na verdade são 2 músculos: o oblíquo interno e o externo), que é bem usado na dança do ventre em movimentos básicos, como o básico egípcio. Agora "descobri" mais 2 músculos interessantes:
O primeiro é o ilopsoas: que serve para flexionar quadril e coxa. Tive que fazer uns bons alongamentos nele, pois estava enrijecido de tanto ficar deitada, o que me atrapalhava a voltar a andar, pois não conseguia manter uma postura legal e andava toda "troncha".
O segundo, e mais curioso, foi o músculo transverso. que firma a coluna, sendo a base para mantê-la reta. Me fora passado um exercício para trabalhá-lo contraindo-o, só que num primeiro momento eu tentava e nada. Tudo bem, pois me foi dito que demora um tempo para dissociá-lo do músculo reto (que é o tradicional músculo que forma a barriga de tanquinho). E na sessão seguinte, me apalpavam para ver se eu estava movendo o músculo certo, mas não sentiam nada. Até que depois em casa, num momento de insight, eu entendi o que acontecia: era dava mais nada menos que usamos para os movimentos de encaixe e desencaixe na dança do ventre, e as fisioterapeutas não conseguiam sentir ele se movendo como se sente nas outras pessoas por ele estar altamente malhado. (Quem disse que dança não é também malhação!?) Na terceira sessão, foi curioso eu explicar como eu havia entendido onde era o músculo e até fiz uma demonstração do encaixe-desencaixe pra mostrar como ele é trabalhado na dança.
É muito bacana descobrir como a dança consegue trabalhar músculos que a gente nem sabe da existência! 

quinta-feira, dezembro 04, 2014

EU TIVE CÂNCER, E ELE NÃO ME VENCEU (PARTE 2) - E AGORA?

E esta estória continua naquele momento em que meu mundo desabou. E agora? O que fazer? Como vai ser? Muitas dúvidas e muitos medos.
Eu disse ao meu dermato que tenho plano de saúde e que queria me livrar daquilo o mais rápido possível para evitar o pior. Ele então me passou o cel de um cirurgião oncológico amigo dele e pediu que eu marcasse pra conversar com ele. Saí do consultório, sentei no carro e chorei horrores. Liguei pra minha mãe pra contar o resultado da consulta e chorei mais horrores. Felizmente consegui me acalmar e dirigir a passos de tartaruga até minha casa (nunca dirigi tão devagar na minha vida). Minha mãe chegou depois. 
Pedi que ela ligasse pro médico; só conseguiu marcar consulta pra semana seguinte. Ligou também pra uma tia minha que é dermato, pra ver o que ela me orientava. Tendo em vista que não havia mais nada pra fazer por aqueles dias que pudesse me ajudar, engoli o choro, lavei o rosto e decidi que não ia ficar em casa sozinha chorando; ia ser pior. Fui trabalhar como se nada tivesse acontecido.

Infelizmente a combinação câncer e EB não costuma ser animadora. Dos casos que tive conhecimento pelo Brasil afora, acho que umas 2 pessoas fora eu estão vivas. E das que não estão mais por aqui, boa parte delas teve pés e/ou mãos amputados por causa de câncer. Aqui em Brasília já tivemos 2 casos, mas eram pacientes que não recebiam os cuidados adequados para EB (não vem ao caso explicar os motivos), e os portadores de outros estados com quem eu conversei foram casos em que se demorou muito para diagnosticar, por isso tiveram consequências trágicas. Por tudo isso, eu achava que eu não teria câncer, por estar bem cuidada. Quanta inocência a minha!
E já que ele apareceu, o meu grande medo era de ser necessário amputar meu pé. Como eu viveria numa cadeira de rodas? Como seria pra mim nunca mais dirigir ou dançar? Felizmente, com todos os médicos e enfermeiros que entendem de EB com quem conversei, me disseram que isso provavelmente não aconteceria, pois meu diagnóstico foi muito precoce, com poucos meses, e o câncer ainda estaria pequeno o suficiente para uma remoção mais tranquila, o que se confirmou.

Alguns fatos importantes:
  • O câncer é uma mutação genética que torna as células malignas. Citando as palavras da minha oftalmo, todos nós desde pequenos deveríamos aprender que boa parte das pessoas terá câncer, alguns causados por maus hábitos e descuido com a saúde, e outros não há como prevenir, como no caso da EB (na minha cabeça tenho uma teoria, baseada em tudo que já estudei, que haveria como ter uma certa prevenção, mas essa é uma teoria minha, que explicarei mais a frente).  Por isso, na opinião dela, deveríamos entender que, embora possa não acontecer com todo mundo, é provável que mais dia, menos dia, nós teremos. E muitos terão a "sorte genética" de não ter. (Não, não estou sendo pessimista, pois quem me conhece sabe que eu não o sou, mas tem certos momentos da vida em que precisamos ser mais realistas). Mas claro, é o diagnóstico precoce que vai definir se aquele câncer será mortal ou não.
  • As pessoas começaram a me perguntar se meu câncer era maligno ou benigno. Em conversa com meu cirurgião oncológico, descobri que existe um problema sério de entendimento quando fazem essa pergunta. Tumores que são benignos ou malignos, e tumores malignos = câncer. 
Fatos importantes sobre EB e câncer:
  • Segundo levantamentos internacionais, na foma mais grave de EB, a distrófica recessiva, que é a minha, cânceres podem começar a aparecer a partir dos 15 anos e a incidência deles aumenta muito depois dos 30 anos (lembrando que ano passado entrei nessa faixa etária). Além disso, a grande maioria acaba tendo mais de um câncer ao longo da vida. Mas como disse meu endócrino, isso são estatísticas, que consistem em "médias", e não necessariamente tem que corresponder à realidade de todos. (Foi ótimo eu ter optado por ler isso, embora eu tivesse a literatura disponível, só depois da cirurgia, para que isso não me desanimasse.) mas de qualquer forma, fica o alerta par que, quem tem EB distrófica ficar mais atento após os 15 anos.
  • E por que o câncer é tão comum em quem tem EB? A resposta é muito simples: como somos uma fábrica de pele em exaustão, cicatrizando continuamente diversas lesões, produzimos muito mais células do que as outras pessoas, o que faz com que seja mais fácil, estatisticamente, uma célula sofrer uma mutação e virar um câncer. 
  • O câncer em EB possui aparência e sintomas diferentes dos cânceres de pele de outras pessoas. No nosso caso, costuma ser uma ferida que não cicatriza e que começa a causar dor intensa, diferentemente da dor que pode ocorrer em lesões comuns. Também podem surgir crostas ou calombos. (No post anterior já expliquei como foi o meu.) Só que existe uma grande diferença entre uma lesão que não cicatriza e um local que nunca fica sem lesão. No segundo caso, a lesão começa a diminuir, mas aumenta de novo devido a coceira, uso de curativos inadequados (em especial gazes) ou fragilidade da região causada por repetidas lesões. Por isso ocorre em muitos casos a demora em se identificar que há algo fora do normal. 
  • Como uma produção desordenada de células nas cicatrizações favorece as mutações, eu tenho uma teoria que de pessoas com EB que sejam tratadas desde pequenas com curativos adequados para EB, favorecendo uma cicatrização mais ordenada, teriam menos risco de ter câncer. (Mais uma vez destaco que essa é uma teoria empírica minha, baseada na minha vivência somada aos meus estudos autodidatas em EB em literatura internacional. Agora tenho que investigar, indagando profissionais de saúde com conhecimentos em EB, se essa minha teoria realmente faz sentido.) Na minha infância e juventude, eu não tive opção, tive que usar gases e pomadas por uns 25 anos, pois não existiam os curativos que existem hoje, e sei muito bem o quanto o processo cicatrizatório é prejudicado em quem usa gazes, pois elas grudam nas lesões e ao serem retiradas no banho, retiram também praticamente todo o trabalho que o corpo teve o dia inteiro tentando cicatrizar a lesão. Nos últimos anos, venho tentando reverter parte dos problemas que me foram causados pelo uso de gazes, mas não dá pra reverter 25 anos em 5, e infelizmente tem muita coisa que não conseguirei reverter, pelo menos com as tecnologias existentes hoje. 
Bem esse post já ficou gigante (de novo!), mas eu acredito que, se eu tive que passar esta experiência, é para que eu pudesse aprender com ela e repassar pra frente o conhecimento adquirido, de forma a ajudar outras pessoas.
Aguardem as cenas dos próximos capítulos. =D

segunda-feira, novembro 24, 2014

EU TIVE CÂNCER, E ELE NÃO ME VENCEU (PARTE 1) - A DESCOBERTA

Para celebrar meus 2 meses de vitória e renascimento, começo esta série que conta minha saga de como eu venci o câncer e estou me recuperando. Ainda não sei quando voltarei plenamente à ativa, e estou com saudades de tudo e de todos.

No fim de janeiro ou começo de fevereiro, não sei ao certo, deu uma bolha no meu pé, que depois virou uma ferida. Algo normal quando se tem EB. Cerca de 1 mês depois, a feridinha tinha cicatrizado, mas não completamente, ou seja, parecia cicatrizada, mas formou-se uma crosta diferente das demais que aparecem em mim e eu sentia que doía embaixo dela. Daí usei os óleos e cremes hidratantes que faço uso para tirar a tal crosta pra ver se terminava de cicatrizar a ferida. Só que não terminou mais. Ficou um pedacinho aberto e a crosta só crescendo. Usei mais hidratante para ir retirando a crosta. mas ela não parava de crescer mais.
E a dor foi aumentando ao longo dos meses. Ficar sentada com o pé pra baixo fazia doer mais. Eu tomava analgésico comum e anti-inflamatório, mas chegou um ponto que eles já não conseguiam fazer passar a dor. Comecei a viver meio dopada de remédios, mas ainda sim ficava "sentindo" meu pé. No meu trabalho, o suporte para pés já não era mais suficiente: tirei ele de debaixo da minha mesa e coloquei a lixeira, que é alta e eu esticava minha perna por sobre ela. Assim meu pé ficava alinhado com a coxa e doía menos.  A dor chegou num ponto em que eu não conseguia mais dormir direito: eu só dormia quando meu corpo "desmaiava" de sono. Eu passava o dia todo com sono. E tomava analgésico e ficava com mais sono...
Mesmo percebendo que havia algo errado, ainda sim esperei minha consulta de rotina trimestral com meu dermato, que deveria ter sido no começo de junho, mas houve uma confusão no Hospital Universitário e acabei não sendo atendida no dia marcado. Para remarcar seria outra confusão. Daí não aguentei e fui no fim de junho um dia de manhã beeeem cedo, antes do dermato chegar e fiquei no corredor esperando por ele. Quando ele passou, o cumprimentei e disse que eu estava lá sem marcar, mas que precisava MUITO que ele visse meu pé e expliquei a situação. Como ele me conhece e sabe que eu me cuido super bem, se eu estava pedindo para ele ver é porque era algo realmente sério. Eu fui a primeira a ser chamada no dia e depois fui pra sala de biópsia colher material para exame.
Depois disso foi uma longa espera pela próxima consulta para saber o resultado, que foi 2 meses depois. (Em hospitais públicos, resultados de exames demoram,) Para minha surpresa, o resultado não estava no meu prontuário. Meu médico então me deu um pedido para ir buscar o resultado onde os exames são feitos. Andei de um prédio para outro, num sol e secura de rachar. Cheguei lá e entreguei o pedido ao funcionário, que me questionou se eu tinha consulta com aquele médico hoje. Eu disse que sim, que já tinha ido nele e que ele estava me esperando de volta com esse resultado. O rapaz me entregou o envelope com o resultado e me disse "boa sorte". Naquela hora, tive a certeza de que algo estava errado.
Sentei num banco ali mesmo e abri o envelope. O resultado, assustador: carcinoma epidermoide infiltrado bem diferenciado.
Saí de lá e fui o caminho todo de volta ao consultório chorando e pensando o que seria da minha vida daqui pra frente. Voltei ao consultório segurando as lágrimas e entreguei o resultado ao médico. Ele me olhou, triste, e disse: "É, vai ter que operar." Eu respondi com um "Tá, isso eu já sei." A questão era como isso seria feito... 

terça-feira, setembro 09, 2014

SAMPA (ou EXCURSÃO DE DANÇARINAS) - PARTE 1

E setembro é o mês das viagens. Primeira parada: Sampa!
Essa foi uma viagem muito bacana pois minha profa. de dança organizou uma excursão para irmos em SP dançar e assistir apresentações de dança. Eu não dancei, pois o dia em que a turma dançou foi na sexta. E como eu dou aula sábado de manhã e já iria faltar outros sábados, resolvi não faltar mais um. Então, dei aula e saí correndo pra casa só pra terminar de colocar coisas na mala e ir pro aeroporto. Cheguei já no comecinho da noite, mas deu pra curtir a cidade bastante.
Foi uma turma boa nessa viagem. Sempre tem a galera mais "na dela", mais quietinha, e tinha a turma "doida", a maioria colegas do meu horário de dança. Eu me misturo em tudo, mas tava mais no espírito de enlouquecer e me divertir. =D
No sábado de noite estava com noite livre e fomos pra gandaia. Minha profa. ia dançar e um grupo tinha combinado de sair depois com ela. Mas ela ia dançar até mais tarde e estávamos todos morrendo de fome. Daí resolvemos ir pra Rua Augusta, que é para onde ela disse que nos levaria, mas fomos para lá sem saber o nome do lugar exato onde iríamos. Sem conseguir falar com ela, pois já estava nos preparativos ou já dançando (não sei ao certo), pegaram uma indicação de um lugar lá, lotados 2 táxis e fomos. Chegando lá, o bar que nos indicaram parecia bom, mas era sofisticado e caro  Quando se está com uma turma de mais 7 pessoas, não dá pra ir pra um bar desses, porque nem todo mundo pode pagar.
Começamos a andar pela rua afora e não achávamos um bar: achamos cinema, hamburgueria, uns outros locais que pareciam caros ou não agradavam todo mundo... Até que achamos uma pizzaria e resolvemos comer lá pra depois prosseguirmos com nossa caminhada. A pizzaria se chama O Pedaço da Pizza, e vende pizzas em fatia, no balção, mas tinham umas mesas pra sentar. A fatia não era barata, mas era beeeem grande, então valeu o preço e ninguém continuou com fome. Como as fatias não eram baratas, resolvi apelar e, já que é pra gastar, vamos gastar com um sabor diferenciado. Peguei uma fatia do sabor 3 cogumelos e não me arrependi: combinação muito boa dos cogumelos com lasquinhas de uma castanha torrada (acho que era amendoim). A massa não era massa comum de pizza; a impressão que tive é que era uma massa feita de pão, fininha e crocante. Nunca havia comido uma pizza tão gostosa assim, valeu super a pena! 
Continuamos andando e nos deparamos com todo tipo de coisa: gente com os visuais mais variados, casais de vários tipos, garotos com skate, ambulantes vendendo de tudo um pouco, inclusive muitos isopores nas calçadas com bebidas à venda... Uma loucura em pleno sábado á noite!
No trecho em que estávamos, não achamos nenhum outro bar que não fosse o tal bar caro e chegou num trecho em que não havia mais comércio aberto (certamente deveria ter mais se passássemos por esse trecho, mas não quisemos arriscar). Nos desanimamos um pouco e pensamos no que poderíamos fazer.
Alguém deu a ideia de irmos pra Vila Madalena, pois lá certamente seria animado e cheio de barzinhos. E era. Mas já chegamos "meio tarde" e tava tudo lotado. E como conseguir mesa pra 8 em bares lotados é uma luta, lá fomos nós explorar a região. Havia muita coisa bacana, música de vários tipos e vários tipos de comida, mas quando se vai em grupo, é tudo meio tumultuado: tem a que não gosta de tal tipo de música, outra que não gosta de tal tipo de comida, e outros lugares que se cobrava por pessoa e aí tinha as que não podiam pagar. No fim das contas, paramos num botecão que tava meio vazio e tomamos cerveja e comemos petiscos de boteco e algumas tomaram caldo. A profa. acabou nem indo nos encontrar, pois quando ficou sabendo que tínhamos ido pra Vila Madalena, ela disse que não ia pois ia ficar pesado pra ela ir de táxi sozinha por ser longe de onde nos hospedamos.
Algo que me decepcionou foi que dizem que São Paulo é a cidade que nunca dorme, mas vimos os bares fechando no mesmo horário que fecham aqui em Brasília: cedo demais!  

quinta-feira, setembro 04, 2014

INOVAÇÃO DO GMAIL

Essa semana aconteceu algo muito inusitado. Uma amiga me mandou um e-mail no Gmail com as informações de uma passagem aérea comprada para mim. Ela escreveu em texto corrido: "Vinda dia X GOL Vôo Y sai de BSB as W e chega Z. Retorno dia A GOL Vôo B sai de SSA C e chega em BSB as D. Seu código LOCALIZADOR é XPTO"  

Para minha surpresa, olha o que o Gmail fez automaticamente:


Observe q embaixo tem as abas para as informações de ida e volta.

Muito interessante como o Gmail conseguiu detectar as informações, interpretá-las e transformar em algo tão bonitinho!

domingo, agosto 31, 2014

FESTA DO MORANGO

Pela primeira vez fui na Festa do Morango no caminho pra Brazlândia.
Minha mãe vai há muitos anos, em geral com um vizinha dela. Mas como mãe chata, ela sempre impôs uma série de empecilhos para eu ir: que é muito longe, que é cheio de poeira, que para o carro longe, que o piso é irregular... E eu sempre confabulava se lá era esse horror todo mesmo ou se era só frescuragem de mãe super protetora.
Este ano consegui ir, por força de um amigo da família, que disse que por conhecer uma senhora que vende seus produtos lá na Festa, que conversaria com ela para conseguir estacionar lá dentro do local, e não no estacionamento externo.
Bem, ele não conseguiu a credencial, que era só para caminhões, mas pode me deixar na porta e depois ir procurar lugar pra estacionar (o que certamente foi beeeeem longe).
Na chegada passamos por um galpão onde vendia creme de morango, que estava muito gostoso. Depois fomos direto almoçar (já tínhamos planejado isso) comida japonesa. Tinham vários pratos que eu nunca tinha nem visto os nomes, mas estava muito quente e a yakissoba era gigante, então não experimentei nenhum. Em seguida, passamos por uma feirinha de artesanato onde quase comprei uma blusa, mas comprei um presente para uma amiga. 
E finalmente chegamos no galpão onde ficavam as bancas vendendo morango. Já não tinha mais orgânico, então comprei umas boas caixas na banca da conhecida do meu amigo, com direito a um descontinho e geleia de morango de brinde. 
Mas nessa hora o calor e a secura tavam matando! Mesmo carregando minha garrafa de água a tiracolo não deu. Comecei a passar mal de calor. Enquanto meu amigo botava o papo em dia com a dona da banca, fui pra fora do galpão e sentei no chão em cima da serragem mesmo. Depois minha mãe conseguiu uma cadeira pra mim. Felizmente meu amigo conversou com o brigadista (e não sei mais quantas pessoas) e conseguiu entrar com o carro pra me buscar na porta do galpão. Não sei como teria sido pra eu voltar o caminho todo no sol quente se não fosse ele.
Por último, o que posso dizer sobre a estrutura: são vários galpões cobertos com telha de amianto, onde faz calor pra caramba. E não é organizado de maneira circular: você vai, vai, e depois tem que voltar tudo. O chão é de terra batida entre um galpão e outro, mas não tava poeirento nem barrento, e até que não é tão irregular assim. Ou seja, dava pra andar de boa, devagar, claro! O problema todo é a Festa ser no fim de agosto, com sol de rachar e secura matando. 
Valeu a experiência de ter ido, mas pra mim não vale muito a pena ir não, Melhor ir outra pessoa no meu lugar fazer minhas compras.

quarta-feira, julho 23, 2014

TARDE DE ORGANIZAÇÃO

Creio que no começo do ano (não lembro ao certo) uma amiga me mandou mensagem que estava prestando serviços de personal organização de bagunça. Eu me empolguei dizendo que futuramente iria contratá-la, mas na correria do meu dia-a-dia esqueci de marcar com ela.
No meu aniversário, ela me deu um envelope com uma folha de papel dentro. Na folha, ela me escreveu que aquele era um vale de 4h grátis de organização de bagunça. Foi um dos presentes mais inusitados que já ganhei na minha vida, e um dos que mais gostei.
Uma curiosidade que ela me contou foi que, quando ela disse ao marido que ia me dar isso de presente, ele disse pra ela aproveitar e levar uma garrafa de vinho e passar uma tarde toda comigo. =D
Demorou um pouquinho para conciliar nossos horários e a correria de meio de semestre, mas finalmente conseguimos agendar um dia bom para nós 2, que foi domingo passado.
Ela me pediu para eu informar que tipo de coisas eu gostaria de organizar para que ela já tivesse ideias e pudesse levar material. Discutindo sobre isso por e-mail, acabei indo comprar de antemão uma coleção de mini-cestinhas organizadoras (comprei todas as de menores tamanhos que tinham na Leroy Merlin =D ), que foram muito úteis para nosso trabalho.
Eu já tinha o vinho e separei alguns frios para acompanhar. Ela, sem avisar, levou rosca húngara (tinha uma data que eu não comia) e 2 potinhos de mousse de morango, um pra cada. Foram 4h de organização + 1h de lanchinho e bate-papo pelo meio, quando terminamos de organizar os papeis.
Nessas 4h creio que fizemos muitas coisas. Organizamos minhas pastas de papeis que estavam muito zoneadas e jogamos muita coisa antiga demais fora (como contas com + de 5 anos). Depois organizamos minha gaveta de meias e acessórios e minha cômoda de remédios. Conseguimos fazer o que eu tinha pensado para esta primeira vez e tudo ficou bem funcional, então fiquei bem satisfeita.
Depois tenho que marcar outras sessões para organizar outras partes da casa, mas fiquei feliz em ver que minha casa não está tão zoneada assim, afinal quando fiz meus móveis fui planejando de forma que pudesse resolver alguns dos meus antigos problemas de organização.
Próxima etapa é separar roupas, calçados e livros para doação ou vender em brechós.

Quem quiser indicação da minha amiga, entre em contato comigo em particular. 

segunda-feira, julho 21, 2014

PEQUENOS PRAZERES DA VIDA: CHOCOLATE QUENTE

Mesmo tendo que evitar chocolate devido a um aumento na quantidade de espinhas que brotam na minha cara, ainda sem explicação, com esse tempinho frio, tem noites que dá uma vontade danada de tomar chocolate quente...
Mas também dá uma certa preguiça de ir ao café 24h que tem no meu bairro. Quando me dá vontade de tomar, já não está muito cedo, então quando penso que ficarei lá por cerca de 1h para tomar o chocolate quente e comer algo, o que implica em chegar mais tarde em casa, me desanima um pouco.
Neste sábado eu voltava pra casa, com frio, por volta das 19h e resolvi que eu tinha direito ao meu chocolate quente, oras!
Parei no café e pedi uma xícara grande de chocolate quente. Para acompanhar, resolvi provar o waffle, que pedi acompanhado de Nutella. E o waffle tava ótimo, pois não estava aquela coisa tostada esturricada, mas sim fofinho. Foi Nutella no waffle, Nutella no chocolate (que ficou ainda mais gostoso), Nutella melecando minha mão e rosto que nem criança feliz. E toquei um f...-se para o fato de meu rosto estar melecado, principalmente porque parti o waffle em 4 partes e as comi com guardanapo, colocando Nutella aos poucos. Sou feliz e ponto! =D
Típica refeição para NÃO se fazer em um primeiro encontro. kkkkkk

quinta-feira, junho 26, 2014

FESTAS JUNINAS DIFERENTES

Esse mês de junho optei por ir em festas juninas não convencionais.

A primeira foi a Festa Junina Gourmet, atrás da comercial da 306 sul. Uma amiga foi mais cedo e, não encontrando mais mesas públicas disponíveis, teve uma brilhante ideia. Um dos bares participantes, o Paradiso Cine Club, estava aberto. Podia-se sentar lá, mediante colocação de uma pulseirinha que te permitia sair para comprar o que quisesse. Claro, só não poderia trazer comida de fora para dentro do bar. Daí adivinha o que aconteceu? Houve um problema no sistema de gás do bar e eles não puderam preparar comidas. Isso foi logo que a gente resolveu pedir a primeira coisa para beliscar. E como ficar num bar bebendo sem comer? Conversando com um dos gerentes, acabaram permitindo entrar com comida, devido a este imprevisto. melhor pra nôs, que já estávamos comprando comida e comendo do lado de fora da grade, mas perto da nossa mesa para podermos bater papo.
Como todos os estabelecimentos culinários da quadra são de alta qualidade, toda a comida foi fantástica! Comi a releitura do caldo verde, que era um creme de aspargos com chips de couve, que era o que mais me interessava no cardápio. Vale destacar aqui que chips de couve são como chips de banana ou mandioca (conforme eu vi posteriormente na internet, sendo a couve rasgada em pequenos pedaços e assada), mas no caso deste prato, ela foi cortada à mineira, beeeeem fininha, e depois assada. Ficou uma crocância muito interessante que eu a-do-rei! Além disso, comi empanadas argentinas e provei einsbein (joelho de porco), além de um tal de locro (tipo de feijoada em base a feijão branco e abobora), o qual não achei tãaaao bom. Noa posso deixar de destacar as delicias de onde ficamos, o Paradiso Cine Bar. Eu não estava podendo beber coisas alcoólicas, então pedi um drink (ou melhor, um combo) que podia ser feito sem álcool: Os Incríveis, 4 shots, cada um de um sabor, representando um dos super-heróis. Adivinha qual deles era o melhor? O Hulk! kkkkk De comida, pedi um Viva a Itália, que é espetinho de provolone à parmegiana, coberto por molho sugo. Delicinha!

No último fim de semana, fui ao Arraiá Vegano. Embora eu concorde mais com os vegetarianos do que com os veganos, pois aqueles estão preocupados com a saúde, ao contrário destes, não sou nenhuma das 2 coisas, mas gosto de uma alimentação saudável (mas sem restrições), por isso resolvi ir la conhecer. O evento foi bem interessante. O que me interessava mais conhecer era a coxinha de jaca (Já tinha visto reportagem na TV sobre ela, e inclusive um teste cego de colocar o povo na rua pra provar. Como ela é preparada com temperos e tal pra ficar salgada, as pessoas não sabiam o que era, mas acharam bom. Alguns inclusive acharam que era palmito!), mas até que cheguei lá e localizei a banquinha, já tinham vendido tudo. Peguei o contato, vou ver se encomendo depois. Só tomei um caldo de mandioca com "carne" de soja, que tava bem gostoso. O resto ou eram doces (tinha muita banca com cupcake) ou coisas salgadas muito grandes, como cachorro quente, pizza, hamburger, carreteiro, tudo sem carne, obvio! Achei palha venderem refri por lá, mas bem, animais não são torturados ou mortos para fabricar refrigerante, então pela filosofia vegana refri pode. Por isso eu prefiro os vegetarianos! Mas felizmente achei suco natural e tomei um copo de abacaxi com gengibre. Agora preciso ir numa festa junina tradicional com fogueira. Não posso terminar o mês sem ver uma fogueira. Até recebi o convite para uma, mas tava tao atacada de sinusite que não consegui ir. =(

quarta-feira, junho 18, 2014

SERVIÇOS DE MARIDO DE ALUGUEL

Nesses dias de Copa, olha o azar que me dá: o conectorzinho da antena de TV solta-se do fio da antena e eu fico sem TV. Como não tenho TV a cabo (cheguei a conclusão que não valeria a pena pagar por algo que eu não teria tempo de assistir), tive que procurar alguém que pudesse crimpar novamente o cabo (embora seja um termo bastante usado em informática, em especial quando se fala em cabos de rede, eu confesso que só me lembrei do termo quando em uma das ligações um rapaz me falou - e pior, confesso que eu não sabia que havia um M no meio do verbo 'crimpar').
Imagina eu ficar sem poder ver os jogos de noite e fim de semana!
O problema era explicar via telefone, para uma grande maioria de atendentes mulheres, que esse era um trabalho que qualquer eletricista poderia fazer, que não tinha a ver com a antena em si.
Primeiramente liguei pra minha corretora de seguros, pois meu seguro de auto me dá direito a serviços pra casa. Lá a moça me disse que eu teria que procurar um antenista (nem sabia que existia essa profissão, mas beleza!).
Depois fui procurar na internet por lojas que vendem antenas, pra ver se eu achava o tal antenista. Tempo perdido! Nenhuma sabia me indicar algum.
Dai me lembrei dos chamados "maridos de aluguel": empresas que fornecem serviço de 'faz-tudo'. Nelas eu conseguiria a solução para os meus problemas.
Meu objetivo aqui não é fazer propaganda das empresas, mas sim falar sobre as opções de serviços. Então, quem quiser, posso passar as referencias em particular depois.
Em todas as 2 empresas que liguei e fui muito bem atendida. Uma eh uma rede, com diversas franquias. Dai quando liguei na central, a moça me disse que em até 48h me ligariam para agendar o serviço. Mas não demorou nem 15 min para me ligarem. Essa cobra por serviço executado. A princípio iriam lá fazer um orçamento, mas ai expliquei o problema (dai o rapaz que falou que era serviço de crimpagem do cabo) e ele me deu o valor.
Liguei em outra, que cobrava por hora. Dai a gerente me sugeriu que eu visse mais alguns serviços para fazer para completar a hora, uma vez que o meu serviço seria rápido. Achei bem honesto da parte dela e ela foi até me sugerindo serviços típicos que são feitos para completar a hora. 
Como moro num imóvel novo e não consegui visualizar outros serviços a serem feitos, resolvi chamar a empresa que cobrou por serviço. Mas achei muito interessante a ideia de se cobrar por hora e certamente usufruirei do serviço no futuro.
Gostei muito do serviço prestado. Foram pontuais (chegaram até antes do horário) e viram que o conector não tinha simplesmente soltado, mas quebrado (provavelmente por ser forçado pelo movimento de girar minha TV, que fica num nicho feito na parede, de forma que ela pode ficar tanto virada para sala quanto para o quarto). Os 2 rapazes saíram para comprar o novo conector, inclusive compraram um mais resistente, e em pouco tempo voltaram e concluíram o serviço.
Foi uma experiência bem sucedida. Certamente recorrerei aos 'maridos de aluguel' em caso de outros problemas domésticos.

terça-feira, maio 27, 2014

FESTIVAL INTERNACIONAL DE DANÇA

Fim de semana passado foi muito importante para mim como dançarina. Houve um festival internacional de dança organizado pela escola onde danço. 
Pense num batidão! Sexta de noite - apresentação de gala com os professores convidados; Sábado de tarde e noite - aulas e avaliação; Domingo de manhã -  mais aulas. Affff... Foi beeeem cansativo!
Sexta foi tranquilo: só ir, assistir e admirar. Sábado que foi a pauleira: De manhã, fui dar minhas tradicionais aulas de inglês. Saí de lá sem almoçar e fui pro evento. Peguei o final de uma das aulas (que ainda não tinha acabado porque a programação atrasou); não almocei, só fiz lanches durante a tarde e de noite "jantei" um sanduíche no restaurante do hotel, pois era o que dava tempo antes das aulas da noite. 
Aula mesmo só consegui fazer o fim da aula que peguei quando cheguei, que era com a Mahaila, e a da Ju Marconato. A Ju Marconato é realmente tudo aquilo que já tinham me falado e mais! A aula dela foi maravilhosa, aprendi muito, principalmente em como colocar mais sensibilidade na dança. E ainda dei sorte de ganhar um dos CDs dela de mensagens. É bom para relaxamento e reflexão.
As demais eu só assisti, filmei e fiz diversas anotações, pois não ia ter pique pra tudo. Sábado de noite e domingo de manhã foram as aulas com o egípcio Hassaan Saber. Pensem num homem com mais de 60 anos com energia de menino! Em suas sequencias ele dava vários pulos, rolava no chão e continuava inteirão! Claro que volta e meia haviam umas pausas grandes para ele se recuperar, mas era surpreendente sua energia, assim como seu carisma e gentileza. Comprei o livro dele sobre folclore egípcio que ainda tenho que ler. Mas aprendi coisas muito importantes dos ensinamentos dele, pois ele gosta de explicar porque certas coisas são feitas baseadas no folclore egípcio, o que eu acho excelente! Aprendi, por ex., que candelabros devem ter apenas 7 velas. mas dificilmente se acha um desses por aqui (aqui a regra é: quanto mais velas, melhor).
Hoje eu entendo porque cobra-se caro por workshops de dança: é porque, em geral, valem a pena mesmo! São conhecimentos valiosos que só se obtém a partir de alguém com bastante experiência, que já tentou muitas coisas e viu o que funciona; ou então de alguém que nos traz as informações direto da fonte, para mostrar o tanto que já modificados a dança árabe original (não sei até que ponto isso é bom ou ruim, tendo em vista que se criou aqui no Brasil um estilo de dança árabe que se difere bastante do tradicional dos países de origem, com danças espetaculosas e passos de balé pelo meio).

Por último, e não menos importante, vou falar da minha avaliação. Poderia-se inscrever para uma avaliação pelos professores da escola e os convidados (que não estivessem ministrando cursos no horário, lógico!), levando sua própria música e levando em consideração o nível declarado no momento da inscrição. Eu estava muito atarefada e fiquei naquela, me inscrevo ou não? O valor era irrisório, então, se minha apresentação fosse uma m..., não teria jogado muito dinheiro fora. Daí pensei: quando vou ter uma outra oportunidade dessas, a não ser que eu fosse para uma dessas bancas de certificações, as quais não tenho a menor pretensão de ter? (Se eu sou professora de inglês a quase 10 anos e só fiz o TOEFL uma vez, não tenho curso de letras, e sei que possuo grande qualidade, não preciso ficar provando pra ninguém com títulos, que são coisas voláteis. Então, pra que vou querer titulações em dança?!?)
Enfim, estava sem tempo e peguei uma música que eu tinha dançado poucas semanas antes e só a repassei coreograficamente na sexta depois de voltar do show de gala (mas fiz lavagem cerebral ouvindo-a por 2 dias seguidos no meu carro para relembrar marcações). E pensei: seja o que a Santa Odalisca quiser!
O resultado foi muito surpreendente. Haviam 12 avaliadores na minha hora e, sem óculos, no momento em que eu dancei, talvez tenha identificado metade delas. Dancei e pelo menos na hora, o pessoal se empolgou quando a música foi para a parte rápida (ela uma música com uma parte bem lenta no começo e cerca de 1 min de solo de derbake no fim). Assim que terminei, fiz as reverências de agradecimento e fui em direção á porta. Ao chegar na porta, parei ofegante (devido ao solo de derbake) e assim que peguei na maçaneta, resolvi permanecer na sala. Virei de frente e a todos e (não vou lembrar mais as palavras exatas) agradeci pela oportunidade e pedi que eles me avaliassem não pelo ideal de bailarina que existe na cabeça de cada um, mas pelo que eu pude mostrar naqueles menos de 5 minutos. (Estaria eu sendo muito ousada a fazer isso?!? Mas era algo que eu sentia que precisava dizer de alguma forma.)
Na mesma hora, ouvi algumas manifestações que eu não sei exatamente de quem vieram. Alguém ME agradeceu pela oportunidade de me ver dançar e alguém disse que eu tinha algo que a maioria das pessoas/bailarinas não tem, que é saber sentir a música. Outros concordaram. Minha profa. estava aos prantos e disse para eu nunca mais fazer aquilo com ela. 
Depois fui ler as avaliações escritas. Eu esperava um monte de comentários e sugestões do que eu poderia melhorar. Minhas notas, em todos os quesitos, foram acima de 8; só tive um 7 em um quesito muito bem justificado pela Ju Marconato e que eu concordo totalmente: variar mais as direções do meu quadril. No mais, alguns comentaram que eu deveria sorrir mais ao dançar, o que eu já sei que tenho dificuldade em fazer. Comentaram muito sobre essa questão da sensibilidade, de ouvir a música. A última avaliação do bloquinho de avaliações era a da minha profa. e pensei, "bem, ela vai escrever um moooonte de coisas pra eu melhorar". Nada, ela escreveu que "chorou litros"! kkkkk
(Depois em sala, algumas semanas depois, minha profa. comentou que no final da minha apresentação tava quase todo mundo chorando e os homens se segurando pra não chorar. Eu falei que ela tava exagerando, mas ela disse "eu tava lá, eu vi!".)
Enfim, eu me senti muito vitoriosa depois dessa apresentação. Certamente tenho muito ainda o que aprender, mas sei que as músicas que escolho para as minhas apresentações individuais e as apresentações em si estão no caminho certo. Dei o melhor que pude naquele momento e funcionou! =D

terça-feira, maio 20, 2014

TREPADEIRA NO POSTE (E OUTRAS CURIOSIDADES DO INTERIOR DO PIAUÍ)

Acabei de voltar de uma viagem muito interessante ao interior do Piauí, em que fui para um aniversário e rever (e conhecer mais gente de) uma família de amigos. 
Este post é mais para tratar das curiosidades desta viagem, e de como nós que vivemos mais ao sul temos uma visão tão equivocada do nordeste.

Bem, até então eu só conhecia cidades do litoral do nordeste. Cidades de litoral tem basicamente praia, brisa do mar, peixes e mariscos. Fora isso, o que vemos na TV sobre o nordeste é o sertão, terra rachada, o povo com fome e sede, plantas e animais morrendo. Portanto, não achava que houvesse um meio termo tão interessante!

A primeira impressão que tive ao chegar à Teresina não foi nem o calor, mas o sol queimando. Charo, o calor era muito, mas não é pior do que no norte, pois o calor úmido é muito pior.
Do aeroporto, fomos de carro para Oeiras, minha cidade destino (umas 4h de carro), junto com parentes da família a qual fui visitar, o que foi muito bom, pois pudemos conversar muito sobre o Piauí e os costumes de lá.
A primeira coisa que me chamou atenção na estrada foi ver o caminho com muitas plantas e tudo verdinho, o que quebrou meu paradigma de que o interior é só sertão, conforme já comentei. E mais ainda me impressionei com a trepadeira nativa da região, que pode ser vista por uma parte considerável da estrada. Ela cresce tanto e sai trepando pelo que encontra no seu caminho, em especial outras árvores e postes, de uma maneira bem curiosa. 
A foto abaixo é de um poste em Oeiras. Observe que a trepadeira já avançou para os fios de eletricidade, e a tendência é continuar se expandindo em cima deles. Muios postes semelhantes, inclusive alguns quase que todos cobertos, na estrada.


Essa foto foi tirada no meio da estrada, próximo a alguma cidade que não guardei o nome. Não sei qual era o objeto em que a trepadeira trepou, pois ela foi totalmente completa pela planta. Eu gostei muito do formato, semelhante a um espantalho.


A outra curiosidade da estrada foi a venda de castanha de caju. Elas são todas torradas artesanalmente, ficando com o gostinho de queimado ma-ra-vi-lho-so. (Me lembra meu avô, que quando sabia que eu ia visitá-lo, começava a juntar castanhas de caju para poder fazer uma fogueirinha no quintal e torrar pra mim. Eu adorava ver - e comer - aquilo.) Elas não são vendidas em pacotes grandes, como se encontra à venda nas cidades turísticas do litoral em saquinhos pequenos compridinhos, daqueles em que se vende dindin, laranjinha, chup-chup, geladinho, ou seja lá com qual nome você conheça. Cada pacotinho com castanhas custa 2 reais, sendo que vendem 6 por 10. Compramos um monte! 

Uma curiosidade da cidade de Oeiras é a santa no morro. A cidade, segundo os moradores, tem a Semana Santa mais famosa do estado e a cidade lota. No Morro do Leme (também conhecido como Morro da Santa) há uma grande estátua da Nossa Senhora da Vitória, padroeira da cidade. O morro é todo de pedra e para se chegar à santa, é necessário subir uma grande escadaria, a qual não subi por motivos óbvios. Muitas pessoas fazem promessa para subir a escadaria de joelhos caso uma graça seja alcançada. De noite, a santa é iluminada e possível vê-la praticamente de qualquer ponto da cidade.



Fora isso, vale destacar que foram dias regados a carneiro, bode, feijão verde, cajuína e creme de galinha caipira, todas iguarias que eu já conhecia por ter comido na casa do casal amigo que me fez conhecer a família, e que infelizmente se mudaram daqui por o marido ser militar. 

Infelizmente tive que ficar poucos dias, pois o calor me faz muito mal. Nos 2 primeiros dias foi bem agradável, pois pegamos 3 chuvinhas na estrada, então estava mais fresco, com um ventinho bom. De noite choveu, mantendo o clima bom no dia seguinte. Depois a chuva foi embora, o calorão chegou e ficou difícil de aguentar.

domingo, maio 04, 2014

CAMARÃO NA MORANGA

Começando as comemorações "aniversalísticas", aproveitei que ia resolver umas coisas na rua com minha mãe para comer (bem) um dos pratos do Festival Brasil Sabor: Camarão na moranga ao molho de 3 queijos.
Este não costuma ser um blog culinário, mas me empolguei e tirei fotos da comida, daí tive que fazer o post. =D

Nunca tinha ido no Restaurante Ilê, mas o prato me pareceu tão convidativo que resolvi ir conhecer. O espaço é bem aconchegante, embora estivesse meio quente, mas o dia estava quente. Serviço muito bom, gerente atenciosa. Só faltou ter a caipirinha de lima da Pérsia que constava no cardápio, mas no rodapé constava a mensagem de que alguns produtos poderiam não estar disponíveis devido a sazonalidade. Tomei um suco de manga então, para o qual me trouxeram uma bandeja enorme com sachês de açúcar e adoçante e potinhos com açúcar mascavo e outro com um açúcar branco, que confesso que não sabia a diferença entre ele e o do sachê. Optei pelo mascavo.

Vamos aos comes:


Entrada: casquinha de siri com farofinha. 
Estava bem gostoso. A farofinha era um pouco molhadinha, o que me permitiu experimenta-la, pois não posso comer coisas muito secas, como farofa. Minha mãe disse que ela acha que não era siri, mas sim caranguejo, pelo sabor, textura e por ter pego mais tempero (segundo ela o siri pega menos tempero e é mais sem gosto). Eu confesso que não sei diferenciar; teria que um dia colocar um lado a lado pra tentar perceber. Ela disse que é difícil, que a maioria das pessoas não sabe diferenciar mesmo, e como o caranguejo é mais barato...
Enfim, era um crustáceo com muitas patas... e estava bom!
Ainda inventei uma nova moda: colocar azeite na carne do siri/caranguejo. Ficou uma delícia!


Prato principal: Camarão na moranga ao molho de 3 queijos + arroz de baru e pirão de peixe
A foto do site do festival não tentou enganar ninguém. A moranga veio como apresentada lá. Podia-se escolher o acompanhamento entre 2 tipos de arroz. Como não como arroz que não seja em risoto ou com molho cremoso, olhei no cardápio e uma porção de pirão era o mesmo preço de uma de arroz de baru. Pedi a substituição e fui atendida. 
O molho de 3 queijos não era um molho grosso, mas a combinação de queijos ficou muito boa, ressaltando o gorgonzola. O pirão estava bem gostoso, com bom tempero. O arroz de baru que era com o baru triturado e não era grandes coisas. Comi um pouco dele misturando com o pirão.

Resultado: Comemos muito bem. O prato era individual, mas bem servido. Minha mãe deixou algo como 1/3 da farofa e metade do arroz, pois não conseguiu comer tudo. Eu só provei a farofa; talvez por isso comi todo o pirão. Saí de lá satisfeita, mas estava tudo tão gostoso que se tivesse mais na minha frente, eu teria comido mais. 
Dinheiro bem gasto e barriguinha feliz! Um bom começo de mês, num restaurante onde eu certamente voltarei.

quinta-feira, abril 10, 2014

O BRACELETE (ou QUEBRA DE PARADIGMAS)

Paradigmas são bem complicados de serem quebrados, uma vez que estão enraizados em nós mesmos. Portanto, fico muito feliz quando consigo quebrar um. =D

O paradigma quebrado esta semana foi bem simples: eu e os acessórios.
Provavelmente a maioria nunca reparou, mas eu não tenho orelhas furadas (volta e meia acontece de eu ganhar um brinco de algum desatento). Além disso, embora eu tenha diversos colares, uso-os pouco pois eles me incomodam e irritam a pele do meu pescoço. Quem me conhece também sabe que eu não uso anéis e o porquê. O faz com que sobre praticamente a opção de usar coisas nos braços.
A única coisa que uso diariamente em matéria de acessórios é o relógio. Já pulseiras eu até tenho algumas, mas uso muito pouco. 
Além disso, me dá um pouco de tristeza quando as pessoas vem me oferecer bijus, pois dificilmente posso comprar algo, uma vez que as pulseiras, considerando meus bracinhos de palito de dente, em geral ficam muuuuito folgadas.

Bem, já fazia algumas semanas que eu via na escola onde faço aulas de dança uns braceletes para vender. Mas nem me interessei, pois já sabia "que não ia caber mesmo". Mas esta semana, enquanto conversávamos antes da aula, uma colega resolveu experimentá-los. Quando vi que um deles, que não tinha fecho, ficava bem "aberto" no braço dela, eu pensei que poderia caber no meu.
E não é que eu estava certa? Pelo menos para braceletes, meu braço não é tão fino assim. Como o preço estava bom, eu o comprei. Tenho que ver uma boa oportunidade para usá-lo.

Isso me fez refletir o fato de muitas vezes nem tentarmos algo pelo fato de termos um "pré-conceito" nossa mente que não vai dar certo. Mas o mundo muda. Tudo muda. Nós mudamos! 
Tão bom poder quebrar paradigmas!

quinta-feira, abril 03, 2014

DANÇANDO NO BAR

No fim do mês passado tive uma experiência muito legal de dançar pela primeira vez em um bar, graças ao convite das minhas amigas Filhas da Lua. 
Por mais que eu já tenha dançado em diversos lugares e também não tenha sido a primeira vez que eu dançava no chão, é diferente dançar em um bar. 
Eis as minhas impressões:

Pontos positivos: Gostei muito de estar bem perto das pessoas e poder me deslocar, escolhendo pessoas para dar uma interagida maior, ficando de frente a algumas delas. Também gostei do piso, bem lisinho, que me permitiu fazer movimentos de pernas e aberturas legais mesmo usando sapatilhas com solado de borracha, com as quais sempre danço (na maioria dos locais, a borracha me trava, então meu pé não desliza).

Pontos negativos: Tem que se ir preparada para o frio, por ser um local aberto. Eu felizmente estava com uma roupa de manga, então não senti frio; mas as outras que estavam com roupa sem manga e, em alguns casos) costas de fora, elas terminavam de dançar e já iam correndo vestir algo por cima. Outro ponto negativo foi ficar sentindo o cheiro da comida e não poder comer. (Por mais que tivesse intervalos, não dava pra comer neles, para não estragar a maquiagem.) Mas quando acabou, também me esbaldei num prato de linguiça com batatas cozidas. Tudo de bom!

No frigir dos ovos, foi uma experiência ultrapositiva, a qual desejo desfrutar por mais vezes. Acho que a galera que estava lá gostou do meu trabalho e eu também fiquei satisfeita com ele.

quinta-feira, março 20, 2014

AS MÍDIAS SOCIAIS E O ISOLAMENTO SOCIAL

Tenho observado um fenômeno muito triste advindo da combinação mídias sociais + celular com acesso à internet: o isolamento social.
Vejo pessoas de todas as idades, desde jovens à melhor idade, munidos de celulares, com seus dedinhos nervosos sobre a tela, lendo as atualizações do Facebook ou WhatsApp. Como estão ocupadas lendo, não possuem mais a capacidade de falar. Isso gera o enfadonho caso de você sair com pessoas para um bar ou restaurante, e as pessoas não conversarem entre si. Recentemente eu já tive que trocar de lugar em mesas para ficar perto de pessoas que queriam conversar.

GENTE, EM QUE MUNDO ESTAMOS VIVENDO?!?

Além disso, temos que lembrar que existem basicamente 3 tipos de visões do Facebook (não que elas sejam excludentes; num momento pode ser uma e em outro ser outra, afinal todos nós somos multifacetados com nossas muitas máscaras que usamos durante a vida):
  1. Facebook = Revista Caras das não-celebridades: para a maioria das pessoas, o Facebook é um local para se exibir, mostrar-se fazendo coisas que julga legais, ou colocando várias fotos do tipo selfie (como diz a música "tira foto no espelho pra postar no Facebook" - argh, odeio selfies!).
  2. Facebook = arquivos .PPS: lembra da época em que as pessoas mandavam um monte de e-mails chatos com arquivos enooormes feitos no Power Point só porque achavam a mensagem bonitinha? Então, tem gente que praticamente não posta nada pessoal, mas por dia compartilha dezenas de mensagens "felizes" que viu na página de outrem.
  3. Facebook = grupo de apoio: de vez em quando (especialmente as mulheres) ficam meio deprê, e aí resolvem postar algo pessoal que não sairia falando para todo mundo, como que estão tristes, que a vida não presta, ou até algo como estar com dor de cabeça, etc., etc. Daí vem um monte de gente (que certamente não fariam isso pessoalmente) perguntar o que aconteceu/está acontecendo e te dizer que isso vai passar. Ou seja, você se faz de coitada, um monte de gente fica com peninha de você e depois você agradece e responde que se sente melhor. Simples assim!
Observem como a grande maioria dos posts no Facebook se restringem a isso, ou seja, à inutilidade alheia.

Eu não tenho celular com acesso à internet e pretendo não o ter por um bom tempo. O celular é algo pequeno e meio chato de digitar; para isso inventaram algo chamado computador para usar a internet. Portanto, não tenho WhatsApp. Eu tenho Facebook, pois ele trouxe uma série de coisas interessantes: reencontrar pessoas da época de colégio, manter contato com os parentes que moram em outras cidades. participar de grupos de discussão de alguns assuntos, coisas que eu não faria se ele não existisse. Mas me restrinjo a ver as mensagens quando estou em casa sem ter o que fazer ou quando estou esperando uma resposta importante. Muitas vezes fico dias sem entrar no Facebook. E tem dias que brigo comigo mesma devido a momentos de semi-vício, em que quero ver as atualizações de um monte de gente e me esqueço da hora. É impressionante o quanto pode-se perder tempo no Facebook. E depois as pessoas reclamam que não tem tempo, por ex., para uma atividade física. Basta parar de fazer exercício só com os dedos!

As mídias sociais estão aí, para o nosso bem ou nosso mal. Saibamos aproveitar com sabedoria as tecnologias. Usemo-las a nosso favor e não contra nós.

domingo, fevereiro 16, 2014

SUVACO DA ASA NA MINHA PORTA

Há alguns anos eu já tinha ouvido falar no tradicional bloco pré-carnaval chamado Suvaco da Asa. Mas nunca me interessei em ir, não sei dizer exatamente o porquê. O que eu não sabia é que meu prédio fica exatamente em frente à concentração do bloco. =D
Quase não chego na garagem do meu prédio, pois a avenida em frente estava bloqueada. Peguei a avenida de cima e atravessei a quadra para chegar ao meu prédio. Quando estou no comércio a 2 prédios de distância do meu prédio, vejo a rua interditada com cones e um carro do Detran no gramado em frente. Nesse momento pensei: Ou consigo entrar dando a volta na quadra ou vou ter que descer do carro e ir lá no carro do Detran dizer que sou moradora, pra ver se eles me deixam passar. Felizmente, dando a volta na quadra eu consegui entrar na garagem.
Enquanto almoçava, parece que foi a hora mais animada do bloco, com banda tocando frevo e marchinhas de Carnaval. Nem a chuva indo e voltando desanimou o povo. Como eu vi que não ia dar pra tirar meu cochilo vespertino pós-almoço, fiquei mais um pouco em casa fazendo umas coisas, depois fui pra portaria ver como estava o movimento pra ver se eu ia lá pular Carnaval ou se eu ficava vendo tudo "de camarote". Mas já eram quase umas 5h da tarde e o bloco já tinha andado. Tinha muita gente ainda em frente ao meu prédio, mas já não se ouvia a música da banda, mas sim músicas colocadas em alguns carros, que naquele momento consistiam de funk. Fiquei de dentro do prédio observando o movimento, vendo as (poucas) fantasias e o entra-e-sai de gente no prédio (quem sabia chamou os amigos para vir curtir o bloco e, claro, todos entravam no prédio para irem ao banheiro ou buscar mais bebida). 
Não me lembro ao certo que horas acabou o barulho, mas foi num horário razoável para uma quadra residencial. Pelo que observei foi um evento bem cheio, mas tranquilo, com muito policiamento, muitos banheiros químicos, muitas barraquinhas e muita gente.
Ano que vem vou ver se chamo uma galerinha para vir aqui pra casa e pular comigo.

terça-feira, fevereiro 04, 2014

REMOVENDO MEU E-MAIL DE CADASTRO EQUIVOCADO

Ultimamente tenho tipo muitos problemas com pessoas que cadastram meu e-mail por engano em sistemas aleatórios. Muitos são em sites internacionais, e as pessoas que cadastraram erroneamente meu e-mail moram nos EUA.
A parte triste é que nos sites, não tenho como pedir para descadastrar. Já tentei de diversas formas, mas por serem grandes corporações, não há um e-mail para contato; em geral só tem telefones (americanos, claro!) e formulários que pedem outros dados, que eu não tenho. Daí fico recebendo e-mails com informações de outras pessoas. 
Também já recebi e-mails de escolas e felizmente, por ser e-mails, eu respondi pedindo para tirar meu e-mail do cadastro.
Em geral as pessoas que cadastraram meu e-mail por engano possuem o mesmo primeiro e últimos nomes que o meu (os quais constituem meu e-mail), então deduzo que falta simplesmente alguma letra entre os 2 nomes. Só que o caso de ontem foi curioso em 2 aspectos.

O primeiro foi que, pela primeira vez, no próprio e-mail vinha dizendo: "Se você não criou uma conta no Instagram usando este endereço de e-mail, avise-nos."


O segundo é que ao clicar em 'avise-nos', foi aberta a seguinte tela:


Esta tela mostra 2 fatos muito interessantes: um é que eu achei que precisaria escrever uma mensagem, mas o e-mail já foi removido automaticamente; outro é que pela primeira vez vi que meu e-mail foi usado em um cadastro de uma pessoa cujo nome não tem nenhuma relação com o meu. 

Parabéns ao Instagram por possuir um serviço eficiente. Enquanto isso, continuarei recebendo e-mails de contas telefônicas de uma mulher residente nos EUA...

segunda-feira, fevereiro 03, 2014

'RE-CONHECENDO' LUGARES: CCBB

No fim de semana passado participei de um piquenique com alguns amigos. Eles marcaram o evento no gramado do CCBB, o que num primeiro momento me causou certa estranheza. Não falei nada para não parecer que eu era uma pessoa do contra, mas fazer um piquenique num gramado em um espaço privado poderia não dar certo.
Eu sou frequentadora do CCBB com certa assiduidade. Volta e meia vou visitar alguma exposição, ver algum filme. Só nunca fui ver peças de teatro. Mas sempre passeei pelo prédio principal, sendo que raramente fui na parte de trás. Bem, já fui algumas vezes com parentes tirar fotos das esculturas a céu aberto, mas nunca vi grande quantidade de pessoas por lá.
Tal foi minha surpresa ao chegar no gramado na parte atrás do prédio: havia umas 5 rodas de pessoas fazendo piqueniques lá, tanto que tive que procurar o piquenique para qual estava indo. Ou seja, parece que as pessoas descobriram este passo para fazer piqueniques e estão fazendo um bom uso dele. Uma vantagem muito importante com relação ao Parque da Cidade é que, por questões de segurança, não ficaríamos lá depois do sol se por, o que pudemos fazer tranquilamente no CCBB.
Vivendo e aprendendo!

* Embora gramaticalmente errado, usei o termo "re-conhecendo" no título do post para enfatizar o ponto de que eu estava 'conhecendo novamente' um lugar já conhecido.

domingo, janeiro 19, 2014

RESOLUÇÕES DE ANO NOVO (ou XÔ PROCRASTINAÇÃO)

Feliz ano novo a todos os que leem o blog!
Minha primeira postagem do ano fala de algo que muita gente faz no começo do ano: resoluções de ano novo.
Neste começo de ano me dediquei a ler e ouvir muita coisa sobre como fazer com que as resoluções de ano novo realmente funcionem. Num resumo do resumo, aprendi que:
  • Não devemos ficar no pensamento de "vou fazer", pois continuaremos "indo fazer", ou seja, continuará sendo algo distante no futuro.
  • Devemos visualizar e viver como se aquilo que queremos já fizesse parte da nossa vida. 
  • Temos que agir, sair da nossa posição de "deixar pra depois".
Pelo menos a parte da não-procrastinação eu me comprometi seriamente. Aproveitei a maior tranquilidade do início do ano para fazer uma série de coisas, dentre elas ir a certos lugares resolver coisas, marcar compromissos, adquirir certas coisas e até mesmo fazer download de fotos minhas que meus amigos postaram no Facebook para manter nas minhas pastinhas de fotos em meu comp e backup.  
É impressionante o quando coisas tão simples, mas que acumuladas ao longo do tempo viram um peso, um fardo. É como a bagunça de cada um: não adianta querer arrumar tudo de uma vez, mas se não começar de pouquinho em pouquinho, a situação só piora.