quarta-feira, novembro 24, 2010

ACESSIBILIDADE NOS SITES GOVERNAMENTAIS

No dia 22 passado, ocorreu aqui em Brasília, no Teatro da Caixa, a Conferência W3C eGOV Brasil. Por motivos profissionais, só assisti as palestras da manhã, horário em que também estavam as palestras que mais me interessavam.

Um fato bastante curioso apresentado é que, embora a acessibilidade nos sites governamentais seja obrigatória faz anos, o censo da web feito pela W3C Brasil comprovou que apenas 2% dos sites governamentais (aqueles que terminam com .gov.br) estão acessíveis, o que, além de altamente revoltante, é contrário à legislação vigente.
Considerando que apenas 5% dos sites respeitam o HTML padrão, não sei dizer se 2% dos sites estarem acessíveis é um dado ruim. Isso mostra que o sites governamentais de maneira geral são ruins em diversos aspectos, e a acessibilidade não fica de fora.

Para quem se interessou pelo evento, as palestras estão publicadas no site:
http://www.w3c.br/conferenciaegov/programa.htm

domingo, novembro 21, 2010

ESPETÁCULO DANCE E ENCANTE

Ontem foi minha primeira apresentação de dança do ventre. Eu já poderia ter participado de outras 2, mas infelizmente adoeci nas épocas (uma foi um típico stage fright: amanheci mal no dia anterior à apresentação). Mas o importante é que agora deu tudo certo!
Foi uma loucura de trocas de roupa ( duas durante o espetáculo), fila para fazer maquiagem, calor, um monte de mulher nervosa, todo mundo se descabelando... tudo louco e divertido.
Eu me apresentei 3x: como parte da abertura, na coreografia em grupo indiana e finalmente, meu solo. Depois que já havia dançado a minha parte, pude descer e sentar na plateia para apreciar as demais apresentações.
Dei sorte para uma amiga, que ganhou 1 mês de aula grátis. Legal, ?
Houve alguns problemas, que fizeram com que a apresentação não fosse perfeita, mas o que é perfeito nesse mundo?! O primeiro foi na abertura. Eu devia entrar depois de uma senhora, que faria uma rápida aparição com candelabro. Eu estive a todos os ensaios e sabia exatamente o momento em que ela entrava e o momento em que eu deveria entrar, interagindo com ela no palco. Só que ela não foi aos ensaios! Daí deu a hora de entrar e ela nada de entrar. Na coxia eu falava com ela que já era a hora e ela respondia que não. Moral da estória: Ela entrou super atrasada, atrasando todo o restante da abertura. Como depois de mim ainda haviam várias colegas para entrar com o véu, algumas entraram em cena já sem música.
Outro problema foi com a minha música. Embora eu não saiba o nome, é uma música bem conhecida de dança do ventre, com várias regravações. Eu ensaiei uma versão e a prof tinha outra. Por sorte, um dia ela levou a versão dela na aula e ensaiei umas vezes com ela, observando quais as diferenças da versão que eu tinha. Era pra eu a versão que escolhi, mas na hora, pra minha surpresa, toca a outra versão. Tive que fazer algumas adaptações de improviso para encaixar minha coreografia, mas foi legal que nem deu para perceber. Pena que fiquei sem fazer a coreografia da parte lenta da música, que era a parte mais legal da minha versão.
Depois da apresentação, foi só alegria. Cumprimentos das amigas, das colegas, e até de desconhecidos. Poses para fotos. A noite se encerrou com minha mãe, eu e uma amiga (que também é prof de dança do ventre) em casa, tomando vinho, comendo, ouvindo música árabe e jogando conversa fora.

ENQUANTO ISSO... QUE BOM !!!

A figura mais comédia do espetáculo foi um "projeto" de narrador/DJ que arrumaram. Pense numa pessoa que nunca apresentou nada na vida e não leva o menor jeito para isso: esse era o cara!
A uma certa altura do espetáculo, depois de já ter dançado as músicas previstas para mim, fui sentar na plateia junto a algumas colegas de dança para assistirmos o final do espetáculo. Houve problemas com as músicas (depois descobri que deixaram o CD com as músicas na ordem certa cair e trincar, logo tiveram que ir catando milho, digo músicas, em cada CD). Até localizar a música certa, o cara tentava improvisar, mas não saía de sua boca nada que prestasse.
Até que, numa desses, saiu a pérola: "Enquanto isso... que bom!" Eu e a colega ao lado tentando segurar o riso. Depois dessa, toda vez que ele tentava falar algo, olhávamos uma pra cara de outra e repetíamos, às gargalhadas: "Enquanto isso... que bom!"Comédia demais!

BORBOLETA AZUL NA JANELA

A grade da minha janela teve um ilustre morada por 2 dias: um linda borboleta azul. O interessante é que eu a vi de noite e ela gostou tanto da grade que passou o dia todo lá. De vez em quando eu olhava para ver se ainda estava lá, e ali permaneceu, persistente. Na noite de ontem, enquanto eu dançava, ela resolveu ir embora. Acho que ela veio me trazer sorte para o espetáculo.



Linda, não é?!

sábado, novembro 20, 2010

MAIS OUTRA PALESTRA SOBRE EB

Esse mês de novembro foi agitado em termos de palestras. Desta vez fui um pouquinho mais longe: Formosa. Fomos ontem de manhã cedo e chegamos ao Plano no início da tarde.
Deu pra conhecer um pouquinho a cidade pois rodamos um pouco para achar a Prefeitura, onde foi a palestra. O evento reunia enfermeiras e técnicas de enfermagem de diversas cidades do Entorno próximas a Formosa. Um ponto muito positivo é que uma portadora de EB, que faz parte da APPEB, mora lá, e ela foi com sua mãe. As duas adoraram a paletsra!
Por este ano chega de palestras! Ano que vem deve ter mais.

sexta-feira, novembro 12, 2010

MAIS UMA PALESTRA SOBRE EB

Nesta quarta fiz mais uma palestra sobre EB. Desta vez, foi na faculdade UNIPLAN para uma turma de 3o e 4o semestre. Vejam que estou muito requisitada ultimamente...kkkkkk
Considero a melhor palestra que já fiz até hoje. Quando comecei, a turma estava toda quietinha e falei por alguns minutos. Ao perceber a quietude, falei que havia esquecido de avisar que eu queria a participação delas. Que ao surgir uma dúvida, pudessem perguntar; se eu fosse tratar do assunto depois, no momento oportuno eu responderia. Pronto! Muitas mãozinhas agitando no ar, me enchendo de perguntas superinteressantes.
Nunca tinha visto um grupo tão participativo e com perguntas tão pertinentes. No intervalo da aula, várias me procuraram para fazer algumas perguntas e para sugerir assuntos a serem comentados com a turma. Mesmo ainda antes da metade do curso, várias alunas fazendo comparações entre o que estavam aprendendo com os seus conhecimentos prévios. Gostei muito delas!
(Estou usando o feminino sempre pois era um grupo de aproximadamente 25 pessoas e apenas 2 eram homens.)
Uma foto feliz do grupo (a profa. Joseli, que foi quem me convidou para a palestra é a de branco ao meu lado):


Que venham as próximas palestras!

segunda-feira, novembro 08, 2010

REVIVAL

A semana que passou foi uma semana decisiva no quesito tirar mágoas do meu coração, me liberar de sentimentos aprisionados que tanto me consumiam. Graças a Deus (e ao Floral para tratamento da minha auto-estima), tive a coragem necessária para buscar estes momentos de colocar os "pingos nos i's", de falar toda a verdade, de falar tudo que tinha vontade de falar e eu mesma me impedia.
Um destes momentos foi muito esclarecedor. Descobri que não era só eu quem fui ferida; eu feri também e não imaginava o tamanho da ferida. Assim passei da posição de quem espera ouvir o perdão do outro para quem também precisa pedir perdão pelos erros cometidos. Pela primeira vez conseguimos conversar de verdade, sem esconder nada do outro. Pedimos perdão um ao outro e nos perdoamos reciprocamente. No fim, senti um alívio muito grande e o carinho reconquistado, pois podemos dizer um ao outro o quanto nos amamos, cada um à sua maneira torta. Soltei um pouco do meu "veneninho" e fui correspondida. Certamente um dia isso terá alguma utilidade.
Isso me deu mais coragem para o segundo momento. Outra pessoa, outra situação, mas o mesmo objetivo: esclarecer, pôr pra fora o que era necessário, sem esperar muito em troca, apenas dizer e ouvir. Foi uma conversa muito mais leve e tranquila, pois não haviam mágoas, mas sentimentos mal resolvidos. Foram momentos difíceis, pois precisei dizer coisas muito íntimas do meu ser. No fim, mesmo que eu tenha ouvido o que eu não gostaria de ouvir, pois no fundo eu tinha a esperança de outra resposta, foi muito bom ouvi-lo. Pude também ter a certeza do quanto os laços de amizade são fortes e do verdadeiro amor que nos une.
(Amor: palavra complicada, pois possui muitas nuances em si, e para cada pessoa a quem amamos, uma nuance diferente. Falta ao nosso vocabulário palavras para cada uma dessas nuances, o que nos causa tanto sofrimento.)
Só posso dizer que depois de tudo isso, misturado a muito choro, eu consegui tirar grandes pesos das minhas costas. É uma pena não se poder ter tudo que se deseja. Mas o importante é que me sinto muito, mas muito, mais feliz, leve e em paz.

sexta-feira, novembro 05, 2010

PROIBIDO SORVETE (e A DECADÊNCIA DAS LOJAS DE DEPARTAMENTOS)

Esta semana fui a um shopping pois tinha uma consulta médica na parte de escritórios/consultórios. Depois da consulta, me sobrou um tempinho e fui dar uma volta, ver as vitrines e as novas tendências.
O mais curioso foi ver na vitrine de uma loja feminina de roupas chiques (incluindo muitas roupas de festa), uma placa de "proibido sorvete". Sabe a placa de "proibido fumar"? Troque o cigarro por uma casquinha de sorvete. O resultado é algo parecido com isso:
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixaf7AiHFct2bkQab6jBMOjultB7f7OeEiTSB-r6yR7TKSDiU8JSwN4QuMwQyKNV5gDFMZvFx_emTsA0Dlz-W0oBkMXVNeXiHe3fjtf3AeppXsExYwqAKjbSFsiEi6l79WioYe/s320/KRK4+027.jpg
Muito comédia, né?

Entrei em diversas lojas de departamento para tentar garimpar coisas legais, o que percebi que está cada vez mais difícil. Parece que as lojas de departamento estão numa decadência total, vendendo roupas de tecidos de quinta e mal acabadas. Sempre que eu achava uma blusa com uma estampa legal, quando ia ver de perto o tecido era daquele "lavou, acabou" ou então as costuras eram todas mal feitas, com pedaços de linha dependurado ou partes descosturando. Isso eu não vi só em uma blusa ou em uma loja: diversas blusas de lojas variadas eram assim. Deu até desgosto! Pelo menos achei uma calça bem bacana, tanto que comprei 2 (já prevendo que vai acabar rápido). Outra só não comprei pq ficou comprida e havia um zíper na canela, acabando na barra (Para facilitar na hora de vestir, já que a calça é do modelo skinny, super justa na perna. Na verdade ela só passou pelo meu pé por causa da abertura do zíper.) , logo não há como fazer barra.
Para minha alegria, no mesmo dia veio aqui em casa uma moça que vende roupas em domicílio. Eu comprei 2 calças com elástico no cós, o que pra mim é uma mão na roda, e uma blusa. Paguei super caro, mas pelo menos passou o trauma de roupa mal feita, pois são roupas de boa qualidade.

quinta-feira, novembro 04, 2010

MAIS UMA PALESTRA SOBRE ACESSIBILIDADE

Recebi um convite super relâmpago na semana passada para fazer uma palestra sobre acessibilidade, que foi realizada ontem. Esta foi uma palestra para um grupo fechado: coordenadores dos pólos do DF Digital.
Embora eu tenha tratado um pouco de aspectos técnicos sobre acessibilidade de sites (já abordados em palestras anteriores), desta vez eu tinha um público de não-profissionais da informática. Portanto, foi uma palestra bem simples, focado em conceitos básicos.
O principal que martelei na cabeça deles foi que deficiente visual não é sinônimo de cego, assim como deficiente auditivo não é sinônimo de surdo. Se eles conseguiram sair de lá com essa ideia em mente, já me dou por satisfeita, pois consegui pelo menos conscientizá-los de conceitos importantes e desconhecidos de quem não tem convivência com PNEs.
Surgiram perguntas muito interessantes, por ex. se existe ex-deficiente. A resposta: claro que existe! Não são muitos, certamente, mas a medicina tem avançado tanto que é possível uma pessoa recuperar o que perdeu a ponto de deixar de ser legalmente um deficiente.
Também aprendi com eles enquanto esperava a hora da minha palestra, pois fiquei no auditório ouvindo outras discussões que ocorriam. Foi interessante ouvir sobre as realidades de alguns pólos e as dificuldades que enfrentam para levar cursos gratuitos à população.
Foi uma experiência produtiva. Acho que a maioria dos que assistiram gostaram do que apresentei. Já recebi até o feedback por meio de quem me convidou para fazer a palestra de que sugeriram que eu fosse aos pólos para palestrar aos monitores dos cursos. Tomara que a sugestão seja acatada e possa ser implementada. Acho que seria uma experiência muito rica para todos nós.

segunda-feira, novembro 01, 2010

CONHECENDO O DF - SETOR DE MANSÕES DE SOBRADINHO E FERCAL

Algumas semanas antes do Halloween, falei com alguns amigos que tava com desejo de ir a uma festa de Halloween, vestir fantasia, essa coisa toda. Uma amiga resolveu dar uma festa de Halloween na casa dela e eu entrei como parceira: fiz as compras de diversos objetos decorativos (algo que não fica baratinho) e ela cedeu a casa e fez um caldo.
O local: Setor de Mansões de Sobradinho. Como chegar: não sabia direito até a noite anterior, quando ela mandou um mapa, mas não deu muitas referências de como chegar. O que eu sabia sobre como chegar: pegar a mesma pista que se usa para ir ao Grande Colorado, mas continuar reto até algum lugar e entrar a direita.
Quando olhei a imagem do Google Maps, cheguei a seguinte conclusão: passando o Grande Colorado, haveria alguns condomínios, depois um trecho de mato e quando voltasse a ter casas, seria o local. Bem, construíram mais condomínios onde era o mato. Daí ferrou todo meu entendimento.
Pela estrada afora eu fui bem sozinha, como diria Chapeuzinho Vermelho. Graças ao horário de verão ainda era de dia, pois a via está eternamente em obras, sem iluminação alguma e cheia de desvios e quebra-molas. Coitadas das pessoas que moram por lá e tem que voltar a noite! Tanto que na volta, voltamos em comboio guiados por um amigo que usou o caminho alternativo e mais longo, mas que é todo iluminado.
Passou o Grande Colorado, passou muitas casas a direita e o mato não chegava. Daí vi um posto de gasolina e pensei: Minha amiga falou do posto de gasolina. O que eu deveria fazer no posto de gasolina? Será que eu tinha que entrar? Já era tarde: já havia passado do posto e a via não possuía acostamento. Mas pensei: ainda não passou o mato.
Finalmente surge o mato, mas também curvas, muitas delas. No mapa não haviam tantas curvas. Daí me toquei que havia passado. Mas não havia como retornar, então resolvi ir até a próxima "civilização". Antes dela, havia uma entrada de chão para o Centro Educacional (ou seja lá qual o nome da escola) do Engenho. Bem, engenhos são coisas rurais, logo deveria estar numa área rural.
Finalmente vi a civilização... Mas sabe aquelas cidades de interior em que todo o comércio na beira da pista possui o nome da cidade? Por ex., para a cidade X temos a Drogaria X, o Mecânico X, Açougue X, Mercadinho X... De repente percebo este padrão. Quando vi a Toneadora Fercal me toquei: Nossa, estou na Fercal! Sempre que pego esta via sigo a placa que indica Fercal, mas nunca tinha chegado até ela.
Por sorte, bem na entrada da cidade tem o Posto Policial da Fercal. Parei no Posto e tuve um diálogo hilário com o policial.
- Boa tarde. Eu estou indo pro Setor de Mansões de Sobradinho. (rindo) Eu passei, ?
- Você veio do Plano?
- Humrum. (aceno de cabeça)
- Bem, então você passou.
- Até onde tenho que voltar?
- Até o posto de gasolina. Entrando a esquerda no posto, toda aquela área é o Setor de Mansões.
- (penso com meus botões: eu sabia que tinha que fazer algo no posto de gasolina, só não lembrava o que...) Obrigada.

Voltei e entrei logo que vi casas novamente. Nem esperei chegar o posto para entrar. Depois de mais algumas perdidas no condomínio errado (pois entrei antes da hora), cheguei ao meu destino. Uffffaaaaa!

Vale destacar que o Setor de Mansões não possui mansões.