quarta-feira, outubro 19, 2011

QUANDO SE FAZ O QUE É NECESSÁRIO FAZER

Esse fim de semana foi muito curioso pelo seguinte aspecto: apesar de eu ter feito tudo o que relatei no post anterior, eu não estava bem de saúde e supostamente não deveria ter feito nem metade do que fiz.
Na sexta, por motivos que não vem ao caso, mas posso garantir que não foram climáticos, meu olho amanheceu no sábado levemente avariado. Fui para o curso a tarde dirigindo com o olho lacrimejando, o carro indo por inércia por já saber o caminho, freando nos pardais para a velocidade correta só de ver que existia uma placa, não por conseguir lê-la. Nos slides que foram projetados durante o curso não consegui ler praticamente nada, e o olho lacrimejando quase que como um rio, mas eu estava lá.
No espetáculo, que foi mais tarde, a coisa tava pior, obviamente, pois já tinha forçado o olho a tarde toda. Fiz uma super maquiagem adequada para não borrar com as lágrimas que escorriam pelo rosto e não pude maquiar as pálpebras, mas apenas a parte entre elas e as sobrancelhas (não sei se alguém percebeu). O tempo que eu podia, eu fechava um pouquinho os olhos que eu já sentia estarem bem vermelhos. A única coisa que fiz foi pedir que diminuíssem a iluminação na hora em que eu fosse dançar, de forma que meus olhos não doessem com a luz dos holofotes, nem eu ficasse franzindo a cara ou fechando os olhos. Deu super certo e a apresentação foi ó-ti-ma!
No domingo, como era de se imaginar, a situação estava bem pior. Mas eu tinha que ir ao outro curso: era questão de honra, pelos motivos expostos no post anterior. Tomei analgésico e, apesar do tempo nublado, meus olhos doíam com a claridade das nuvens. Tive que usar óculos escuros, que mantive durante todo o curso, e mesmo assim o rio de lágrimas correndo loucamente. Voltei pra casa, tomei mais analgésico e deitei para colocar meus colírios e compressas, quase sem aguentar. Passei o resto na noite ou com máscara de dormir + compressas ou na penumbra, pra aguentar abrir os olhos. 

Muitas vezes vemos pessoas passando por esse tipo de situação, mas não damos o devido valor. Infelizmente eu não tive maturidade para aprender essa lição só pela experiência dos outros. Só quando senti "na pele" que dei valor a algo tão simples quanto superar obstáculos sem importar com o que precisamos enfrentar.
Essa foi uma experiência que me mostrou que muitas vezes precisamos fazer coisas que nos parecem além da nossa capacidade. Mesmo "não dando conta", eu fiz o que EU achava que tinha que fazer, sem me preocupar em como eu estava; a força para isso iria surgir, mesmo não sabendo de onde. E eu não precisava bradar aos quatro ventos que eu estava passando mal. Dancei, estudei, me diverti, aprendi, e tudo isso apesar das lágrimas e da dor. Superar-se significa que, se formos parar por qualquer coisinha que nos incomoda, deixamos de viver. 

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