domingo, novembro 03, 2013

EU X OS ZUMBIS

Eu frequento um grupo de meditação pela paz mundial aos sábados no fim da tarde. Desde que o frequento, nos reuníamos na Asa Norte. Mas agora nos mudamos para um prédio em frente ao Pátio Brasil. Ontem foi a primeira reunião lá.
Eu sabia mais ou menos onde era, mas tinha que localizar a entrada do prédio e a sala. Saí correndo do meu ensaio de dança pra chegar lá na hora marcada (para não atrapalhar a concentração, deu o horário, a porta é trancada; se chegar atrasado, tem que meditar do lado de fora). Quando estaciono o carro, vejo uma leva de jovens vindo do Pátio Brasil em direção ao prédio, para passar embaixo dele. Olhei pra aquela confusão e pensei: "Tenho que achar a portaria. Por favor, que seja deste lado do prédio!". Eu estacionei à direita, mas a portaria era à esquerda. Moral da estória: tive que passar no meio do grupo de zumbis.
Eram milhares de jovens, a maioria de preto, e vários com sangue falso pelo corpo. Eu tive que passar no meio deles numa quase linha reta perpendicular à multidão, esticando os braços, tentando pedir passagem.  Tive medo de esbarrarem em mim, me machucarem, mas apesar de andarem rápido, era algo pacífico, sem algazarra, então a galera foi me deixando passar.
Cheguei na porta de vidro da portaria com cara de susto e o coração disparado. Levei alguns minutos até me acalmar daquele súbito estresse. Como o porteiro não me conhecia, pois era a primeira vez que eu ia lá, ele ficou até meio receoso de abrir a porta e quererem invadir o prédio. Mas no fim deu tido certo e quando eu ia embora ele até me falou "Nossa, você chegou numa hora complicada aqui, hein?", ao qual respondi "É, achei que não fosse consegui atravessar a multidão e chegar aqui."
A passagem desses jovens por debaixo do prédio durou alguns minutos, por isso estimo que foram milhares. Após chegar à portaria, me identifiquei, subi pelo elevador, achei a sala, entrei e ainda ficamos ouvindo o grupo passar por mais uns minutinhos.
Depois, pesquisando na net, descobri que o evento se chamava Zombie Walk e, claro, tinha a ver com o Dia de Finados.

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