domingo, dezembro 21, 2014

FALAFEL - O PAI DO ACARAJÉ (ou DIA DOS BOLINHOS)

Ontem foi um dia de confraternizações e dos bolinhos. 
Na primeira, fui ao restaurante Loca como tu Madre e de entrada pedi a porção de bolinhos de galinhada, pois achei a proposta interessante. Claro que o caso não era de reaproveitamento, mas já pensou que ideia legal pra galera goiana de reaproveitamento da galinhada do fim de semana!? Acompanhando, vinha uma geleinha de pimenta de cheiro, que parecia uma gelatina sem sabor incolor com pedacinhos minúsculos da pimenta. Era tão suave que até consegui comer e gostei! Deixei o restante pra comer com o prato principal, mas ela derreteu e ficou só líquido transparente com os pedacinhos da pimenta no fundinho do copo. 
De noite, fui ao restaurante Sadik pra confraternização com a galera da dança. Foi um presente de Natal poder reencontrá-las depois de quase 4 meses sem dançar (como eu viajei no começo de setembro e no fim do mês foi a cirurgia, fui às aulas só até agosto e tranquei).
Lá, dentre outras coisas, resolvi pedir uma porção de falafel, que é um bolinho de grão de bico. Acompanhando, vinha pão sírio e um molho a base de iogurte e hortelã. Confessei que fiquei sem saber o que fazer com o pão sírio; pra mim, não combina com bolinhos. Daí fui conversar com um dos donos, que é árabe, pra matar minha curiosidade. Ele me explicou que se come colocando os bolinhos e o molho dentro do pão sírio, fazendo uma espécie de sanduíche. (Depois pesquisei na internet e vi fotos de como fica.) Mas a essa altura eu já tinha comido partindo os bolinhos no prato e colocando o molho por cima.
Ele me explicou também que o falafel é o pai do acarajé. Os árabes levaram a receita pra África, mas como na África não tem grão de bico, trocaram por feijão fradinho. Depois, os escravos que vieram pro nordeste trouxeram a receita.   
Também experimentei o chanclich, queijo a base de coalhada levemente azedo e coberto por uma mistura de especiarias chamada zaatar. O domo me explicou que é artesanal e que demora 1 semana pra ficar pronto. Ele me disse que a esfiha de queijo tipicamente árabe é feita com ele e que fica excelente. Mas que no restaurante eles não a fazem porque precisaria de uma produção muito maior de chanclich pra dar conta, e que a irmã dele, que é a outra dona, não deseja expandir muito o restaurante, quer algo pequeno e familiar.
Comi a porção dele com pão sírio e é muuuuito gostoso! Mas já tinha comido muito antes e trouxe parte dele pra casa. 
Interessante aprender um pouquinho mais sobre essa culinária tão gostosa e antiga!  

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