segunda-feira, abril 05, 2010

SAUDADES DE NICOLE

Nesse fim de semana recebi uma notícia triste: a cadelinha da casa do meu ex-namorado, chamada Nicole, morreu tragicamente atropelada a mais de 2 meses. Ele nem teve coragem de me dar a notícia.
Eu tenho alguns problemas com cachorros, principalmente porque eles gostam de pular e isto pode me ferir. Mas Nicole era diferente: ela era bem esperta e amorosa tanto que até consegui ficar amiga dela.
Foi o único cachorro o qual conseguir ensinar coisas. A primeira foi "Não pode pular na tia!", algo que em pouco tempo ela conseguiu entender. Quando ela queria carinho, ela simplesmente parava do meu lado, encostando o corpo em minhas pernas ou no máximo o nariz gelado na minha mão. E quando eu fazia muito carinho, ela se esparramava no chão para dizer que estava gostando; e ainda ousava reclamar uivando quando eu parava.
Daí veio a segunda coisa que ensinei a ela. Quando eu cansava de fazer carinho, ou tinha algo mais interessante para fazer (como namorar), eu dava 2 tapinhas bem de leve no corpo dela e dizia "Agora chega, Nicole. Vai!". Depois de algum tempo, eu nem precisava dizer nada: era só dar os tapinhas que ela saía tranquilamente.
Mas era só nisso que era me obedecia. Quando eu chegava ela costumava sair na porta para, desde fora, já pedir carinho. Mas se eu fosse tentá-la trazer para dentro de casa era um desastre. Eu não tinha nenhuma moral com era. Pelo menos, nossa convivência era mais do que pacífica: eu acabei criando um carinho grande por ela, assim como todos que frequentam costantemente a casa.
Mesmo depois do fim do namoro, o que fez com que eu fosse muuuuito menos lá, ela sempre me recebia com alegria.
Ah, e ela era cumenta! Se ela quisesse carinho e eu não desse atenção a ela, ela começava a uivar de raiva. Garotinha esperta!
Sentirei saudades dela. Com certeza a casa está muito mais vazia sem ela.

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