quarta-feira, novembro 16, 2011

I SALÃO DA ACESSIBILIDADE

Ontem e anteontem estive no I Salão de Acessibilidade, que até onde eu sei, foi o primeiro evento deste tipo aqui em Brasília. Foi uma oportunidade maravilhosa de conhecer diversas novidades trazidas por empresas de outros estados que trabalham em prol da acessibilidade.
No primeiro dia fui pra trabalhar, pois o Movimento de Doenças Raras conseguiu um estande lá. Assim pudemos divulgar no evento o trabalho não só do Movimento DR, mas também da associação e da EB. O movimento na feira foi meio fraco nesse dia, pois apesar do dia imprensado, sabemos que muita gente estava trabalhando.
Foi interessante observar que muitas associações ligadas a doenças estavam lá, e que têm investido bastante no artesanato como forma de inclusão.
No segundo dia, fui para me divertir, conhecer tudo que a feira tinha para oferecer. Tive a companhia de uma deficiente visual, que até fez umas comprinhas em um estande só com produtos para deficientes visuais.
O que mais aproveitei foram os estandes relativos a adaptações de carros. É um mercado ainda muito pequeno aqui em Brasilia, o que dificulta quando precisamos modificar algo no carro. Troquei idéias, peguei cartões e vi as novidades. Pena que muita coisa ainda é cara, mas já é possível que pessoas, mesmo com limitações muito graves, possam dirigir sem problemas.
Algo que foi muito prático para mim foi a presença de um grupo de concessionárias que levou vendedores de cada uma das marcas do grupo. Assim pude fazer orçamentos, de maneira super rápida, de carros novos de 4 marcas diferentes, comparando preços e vendo nos modelos expostos as necessidades de adaptações. Só não fechei negócio pois ainda tem outras 2 marcas que quero avaliar os carros. Também experimentei a direção elétrica, que é muuuuiiito mais leve que a hidráulica para as manobras (que é a minha maior dificuldade, pois tenho menos força que as demais pessoas). Um item a considerar na compr de um novo carro.
Para fechar cm chave de ouro, fizemos uma Trilha Sensorial, que era uma amostra grátis da trilha em tamanho maior existente no Jardim Botânico. Nela entra-se com os olhos vendados e você é conduzido por um mundo de texturas e cheiros, usando os demais sentidos que não a visão para conhecer plantas do cerrado. O deficiente que me acompanhava, por ter baixa visão, não usou a venda, até mesmo para descobrir o que ele conseguia ver do que lhe era mostrado. Para nós dois foi uma experiência única, cada um à sua maneira: para mim, tentar adivinhar o que me era apresentado somente pelos cheiros; e para ele, poder "ver com as mãos" sem ser repreendido. Já deixamos combinado de ir algum dia no Jardim Botânico para passearmos na Trilha de lá.
Em resumo, valeu super a pena a feira. Embora a feira não tenha sido muito grande, trouxe muitas novidades. Torço para que ela continue a ocorrer nos próximos anos.

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