segunda-feira, maio 04, 2015

IMERSÃO CULTURAL NA CAIXA CULTURAL

E depois da oficina de dança, citada no post anterior, resolvi tentar ingresso pra apresentação daquela noite, já que eu já tava lá mesmo. Entrei num sorteio como os colegas de oficina por 2 ingressos, mas não ganhei. Daí nos falaram que existe uma fila de espera para os ingressos que os patrocinadores muitas vezes distribuem para pessoas que não vão ver o espetáculo. Fui conversar na bilheteria para obter mais detalhes e descobri que a galera forma uma fila na bilheteria, que começa a vender esses ingressos que sobram 30 min antes de cada apresentação. Se você estiver no começo da fila, em geral consegue. Eu ia ficar lá de bobeira pelo café, pra ver a hora em que a fila começaria a ser formada e ir pra lá, mas o rapaz da bilheteria foi camarada ao ver que eu era uma pessoa com deficiência e me vendeu um ingresso antes da hora. Muita gratidão a esse moço gentil!
E já que faltavam pouco menos de 3 horas pra apresentação, tinha que aproveitar meu tempo! Primeiro fui no café comer algo (e pouco antes do espetáculo fui de novo, pra comer uma fatia de torta, pois tinham umas tortas tão bonitas que eu não resisti. kkkkk). Depois aproveitei pra ver as exposições em cartaz.
Primeiro fui na Esporte em Movimento, que eu confesso que não tinha me animado muito a ir antes, mas não me arrependi. Nossa, um acervo muito legal de artigos diversos sobre as Olimpíadas. Não vai dar pra citar tudo aqui, mas eis algumas curiosidades que gostei:
  • Há em exposição um acervo muito grande de selos e moedas comemorativos e medalhas, sendo que pra muitas delas há lupas disponíveis para visualizar melhor. Só não se assuste com o barulho que faz ao mover as lupas para poder usá-las: o metal da haste faz um rangido estranho, que chega a fazer com que se sinta envergonhado num ambiente tão silencioso.
  • Houve uma preocupação bacana com os deficientes visuais nesta exposição, que conta com os painéis com informações históricas em braille, com uma tocha olímpica que pode ser tocada e muitas outras que fizeram reproduções táteis de uma das facetas, o que era legal até pra nós conseguirmos observar alguns detalhes de relevo das tochas. também haviam algumas moedas e medalhas também em reproduções táteis ampliadas, úteis inclusive para quem não tem deficiência visual, Claro que muitos dos itens, por serem pequenos demais, não conseguiriam ser apreciados nem por muitos com visão parcial.
  • Adorei a exposição das tochas olímpicas, que é algo que a gente nunca consegue ver direito na televisão. E ver ali na sua frente toda a riqueza de detalhes com que são cunhadas é impressionante.
  • Descobri que há uma moeda comemorativa de passagem da Olimpíada de Londres pro Rio, que por sinal achei bem bonita. Havia também reprodução tátil ampliada dela.
  • Vi também umas fotos bacanas sobre os primórdios do esporte no norte do Brasil no início do século passado, em especial esportes aquáticos. Tinha uma foto meio cartão postal escrito Manáos, muito comédia como se escrevia a capital do Amazonas naquela época.
  • Por último, apreciei também a galeria dos atletas olímpicos brasileiros homenageados. Conheci alguns atletas antigos, em especial do atletismo, que fizeram grandes feitos para o nosso país em suas épocas. Mas também haviam importantes atletas ainda em atividade.
E no fim ainda ganhei o catálogo da exposição, que está lindo!!!

Depois que me cansei fisicamente vendo essa exposição, resolvi pedir apoio aos brigadistas para ver a exposição do andar de cima. A essa altura já estava cansada e fui na cadeira de rodas. Fui muito bem tratada e valeu a pena, por ser uma exposição com bom espaço para circulação. (Na exposição  Esporte em Movimento seria difícil fazer isso, pois devido a grande quantidade de itens, alguns espaços eram estreitos para circulação de uma cadeira de rodas, e muitos itens demandariam eu me levantar ou abaixar.)

E pra fechar com chave de ouro minha tarde/noite de imersão cultural, que começou depois de um almoço maravilhoso com amigos em que comemos joelho de porco no Amigão, foi o espetáculo As Canções que Você Dançou pra Mim, com trilha sonora toda de colagens de músicas do Roberto Carlos. No começo é estranho assimilar a ideia do picote das músicas, que às vezes era só um verso e já mudava de música, mas depois que você assimila a ideia, se torna muito interessante. Muito criativo o trabalho da Focus Cia. de Dança, o qual valeu super a pena ficar para assistir, apesar do cansaço. Eles falaram que no 2º semestre voltarão com esse mesmo espetáculo aqui pra Brasília, então super recomendo. 

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