quarta-feira, novembro 12, 2008

JÁ QUE ESTAMOS FALANDO DE COISAS RELIGIOSAS...

As pessoas são muito preocupadas em ter um religião, ou em dizer que tem uma. Mesmo que dificilmente vão a alguma igreja, templo, ou seja lá como se chama, mesmo não estando nem aí para os preceitos daquela religião, falam que são da religião x ou y só pra constar, pra dizer que fazem parte de alguma coisa.
Claro, existem aqueles que são realmente praticantes, que vão aos encontros de sua religião, que leem a bíblia e etc. São pessoas que realmente admiro por terem encontrado seu caminho e se sentirem felizes assim.
O que eu acho muito chato é que a sociedade em geral impõe que você tenha uma religião. Portanto, quando eu falo pras pessoas que não tenho uma religião, ou elas se assutam e acham um absurdo, ou acham que eu sou uma herege que tem que ser doutrinada para ir para a mesma igreja que a pessoa. Não sei porque as pessoas adoooooram tentar me doutrinar. Acho que porque elas acham que na igreja delas eu vou ser curada. Não sei porque eu acho que existe uma séria relação entre essas 2 coisas: acho que as pessoas pensam que eu sou doente porque não vou a igreja... sei lá!
Eu não tenho uma religião e sou muito feliz assim. Em todas as igrejas que eu fui, nunca me senti satisfeita. Acho que por causa dessa associação doença e igreja, acho que nunca me olharam como uma pessoa comum, mas sim como uma pessoa que está ali porque quer a cura de Deus. E para cada religião, essa cura viria de uma forma, envolvendo atitudes que eu não concordo. Pois as igrejas são feitas de pessoas e as pessoas em geral se preocupam mais com o físico do que com o emocional e o espiritual. Eu acredito que a cura vem de dentro pra fora, seja no aspecto biológico da coisa (no sentido de que, se uma pessoa não tem uma alimentação adequada, isso acarretará em uma série de doenças futuras e que, se a pessoa já possui alguma doença que não é de origem alimentar, a alimentação será uma enorme aliada aos tratamentos com medicamentos e tal), tanto no sentido corpóreo, ou seja, seu corpo físico estará bem se o seu corpo emocional e o seu corpo espiritual estiverem bem.
Além disso, eu creio que as pessoas não deveriam frequentar religiões só procurando cura ou solução de seus problemas. Infelizmente é o que mais se vê.
Se você me perguntar o que eu sou, eu diria que sou espiritualista ou esotérica, para usar termos que as pessoas em geral conhecem. Frequento um grupo em que fazemos meditações pela melhoria do nosso planeta. Mas para podermos fazer este trabalho energético a favor do planeta, é preciso que você esteja em equilíbrio (não adianta querer doar sua energia para o planeta se, naquele momento, a energia que possui não é suficiente para você). Para manter esse equilíbrio, há um trabalho de auto-conhecimento e evolução, mas com o objetivo de estar bem para cumprir essa missão maior de doação ao planeta, não de ser uma religião onde há dogmas e as pessoas procuram resolver seus problemas, como eu disse antes.
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Esta postagem foi motivada porque recebi este texto de uma amiga por e-mail. Normalmente não sou de ficar perpetuando essas coisas "bonitinhas", que, querendo ou não, entopem nossas caixas de e-mail. Mas comecei a refletir sobre o texto e acho que ele veio bem a calhar para complementar a postagem anterior.

Tenho que confessar que sou fã do Dalai Lama. Acho ele uma pessoa muito iluminada e sábia.
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Qual a melhor religião? Por Leonardo Boff

Diálogo entre Leonardo Boff e Dalai Lama

Leonardo Boff explica:
'No intervalo de uma mesa-redonda sobre religião e paz entre os povos, na qual ambos participávamos, eu, maliciosamente, mas também com interesse teológico, lhe perguntei em meu inglês capenga:
- 'Santidade, qual é a melhor religião?'
Esperava que ele dissesse: 'É o budismo tibetano ou são as religiões orientais, muito mais antigas do que o cristianismo. '
O Dalai Lama fez uma pequena pausa, deu um sorriso, me olhou bem nos olhos - o que me desconcertou um pouco, por que eu sabia da malícia contida na pergunta - e afirmou:
'A melhor religião é a que mais te aproxima de Deus. É aquela que te faz melhor.'
Para sair da perplexidade diante de tão sábia resposta, voltei a perguntar:- 'O que me faz melhor?'
Respondeu ele: 'Aquilo que te faz mais compassivo (e aí senti a ressonância tibetana, budista, taoísta de sua resposta), aquilo que te faz mais sensível, mais desapegado, mais amoroso, mais humanitário, mais responsável... A religião que conseguir fazer isso de ti é a melhor religião...'
Calei, maravilhado, e até os dias de hoje estou ruminando sua resposta sábia e irrefutável.'

3 comentários:

Buscadora disse...

Resposta de sábdio é assim mesmo. Ela fica ressoando na sua cabeça durante toda a sua vida!
Adorei seu post anninha, bem embasado nas suas experiências e na realidade que vemos por aí.
Regilião quer dizer "religar com o divino", ou seja, tudo que te une ao UNO, é válido para nós crescermos!

Um beijo e continue postando assuntos desse nível!

muriloha disse...

A religião é verdadeira se ela criar o poeta em você. Se ela matar o poeta e criar o pretenso santo, ela não é religião: é patologia, um tipo de neurose vestida com termos religiosos.

A verdadeira religião sempre libera a poesia, o amor, a arte, a criatividade em você, ela o deixa mais sensível. Você pulsa mais, seu coração tem uma nova batida, sua vida não é mais um fenômeno monótono e trivial. Ela é uma constante surpresa, cada momento abre novos mistérios.

A vida é um tesouro inesgotável, mas somente o coração do poeta pode conhecê-la. Não acredito em filosofia, não acredito em teologia, mas acredito na poesia.

Osho, em "Osho Todos os Dias - 365 Meditações Diárias"

Borboleta Roxa disse...

Sábias palavras! E obrigada por sua visita!