terça-feira, novembro 27, 2012

GARÇONS PRESTATIVOS

Ontem fui no lançamento do livro de um colega da UnB. Fazia um tempão que não nos víamos presencialmente; pelo menos nessas horas e-mail e Facebook encurtam as distâncias. O evento foi ótimo, e ele estava super feliz. Vale destacar que, como eu estava sozinha, enquanto estava lá, li boa parte do livro, o qual gostei bastante. 
Bem, mas este post é pra falar um pouco sobre bom atendimento, sensibilidade e independência.

As pessoas sabem que sou uma pessoa "metida a independente". Em muitas situações sou independente, apesar da minha deficiência, e mesmo no que não sou, eu tento ser, ou pelo menos finjo ser.
O lançamento foi no restaurante Carpe Diem e não ia perder a oportunidade para comer algo lá. Resolvi comer kafta, mas a de lá não era no espeto, era envolta por uma massa fininha como de crepe. A porção vinha com 2, mais batatas fritas e o molho de hortelã. 
Quando chegou o prato, eu olhei pra kafta e pensei: "E agora, como vou comer isso?" E não era pela quantidade... (A quantidade se resolve de maneira bem simples: embalagem pra viagem!)

Pra quem não sabe ou nunca se tocou, eu tenho pouca força nos braços, o que implica que eu tenho dificuldade para partir alimentos. Se algo está bem cozido, eu parto sem problemas, mas se é algo um pouquinho mais consistente... 
Como isso se aplica em vários momentos da minha vida, a solução mais prática, pra não depender dos outros, é comer usando guardanapo. Pizza costumo comer desta forma. Só se eu tiver numa pizzaria ou numa festa, com todo o tempo do mundo, daí eu peço pra alguém partir. Mas confesso que eu acho um saco ficar pedindo pros outros, embora eu saiba que devo rever esse hábito.

Voltando ao kafta, eu olhei pra ele, olhei pro guardanapo e olhei pra ele de novo. Peguei o guardanapo e o usei para colocá-lo no meu prato. mas mesmo assim fiquei pensando: "Come-lo-ei com guardanapo? Estou num restaurante mais fino, todo mundo vai estranhar." Enquanto eu pensava em dizer mentalmente a mim mesma "f...-se, vou comer assim mesmo", na mesma hora veio um garçom se oferecer para partir pra mim, o que aceitei gentilmente.
Mas alguns pedaços ficaram grandes para mim (considerando minha boa pequena) e lá fui eu partir mais alguns. Num primeiro momento, consegui partir alguns poucos. Quando me preparei para partir de novo, eis que surge no nada outro garçom, me indagando se os pedaços ainda estavam grandes se oferecendo para partir mais. Como depois que se partiu tudo em pedaços bem menores, o prato já ficou cheio (e ainda tinha outro kafta), ele me gentilmente me sugeriu que, caso eu quisesse, poderia-se embalar o outro para viagem. Eu disse que certamente usaria desse serviço, só iria esperar mais um pouco pra ver se eu comeria um pouco de batata frita, a qual no fim das contas eu mal provei, por falta de espaço estomacal.

No fim deu tudo certo: comi um kafta; o outro mais a batata frita foram embalados pra viagem e fui embora satisfeita. Vale destacar o excelente atendimento dos garçons, altamente prestativos, sem mesmo eu ter solicitado. Estão de parabéns e o local merece minha vista mais vezes.

Nenhum comentário: