quinta-feira, março 04, 2010

QUEM SABE, SABE

Na sexta passada fui a uma apresentação de dança do ventre com 2 amigas. Tenho curtido essa coisa de ver outras dançando: ainda não sei o suficiente para aprender algo vendo uma apresentação, mas pelo menos eu posso pensar em movimentos que eu (um dia) darei (ou não) conta de fazer.
Cada dia que passa eu vejo que a dança do ventre é mais democrática do que parece. Se você não conhece nada da dança e só vê as bailarinas dançando em bares ou lugares do tipo, você fica até desanimada: afinal, as mulheres são todas lindas, magérrimas, sem barriga, e se apresentam em trajes bem curtos. Quando eu comecei a fazer aulas, uma das perguntas que eu fazia a mim mesma (e que algumas pessoas me fizeram) era se um dia eu poderia fazer uma apresentação, pois eu nunca iria me expor com tais tipos de roupas.
Depois de algum tempo eu descobri que há diversos tipos de roupas e que várias delas são bem comportadas. Já vi bailarina usando calça legging ou meia-calça colorida por debaixo da saia. Logo dá pra adequar o tipo de roupa que eu posso usar às roupas de dança do ventre. Na apresentação de sexta, vi pela primeira vez bailarinas dançando usando sapato. E usando salto alto, o que me pareceu mais complexo. Logo, descobri que não é errado eu usar sapatilha nas aulas, e se for o caso, usar em uma apresentação.

Mas o mais interessante da apresentação foi que, durante toda a noite, se apresentaram as tais "moças lindas e magérrimas", sempre sorridentes. Mas a noite se encerrou em grande estilo quando se apresentou a (ex-)professora de uma amiga que hoje também é professora. Ela é uma senhora (natural de algum país árabe não me lembro qual) que eu já havia visto em alguns aniversários dessa minha amiga e que sempre dava uma palhinha, mas sempre de maneira informal, no improviso, sem roupa própria ou algum outro adereço. E eis que ela surge: bem vestida com um vestido longo, gordinha e sem aquele sorrisão no rosto, contrariando tudo que vimos anteriormente naquela noite.
Bastou começar a música (no estilo clássico, uma música meio triste) para que começasse o show. Ela não precisou fazer movimentos mirabolantes e dançou o melhor da dança do ventre, com movimentos de quadris e ventre perfeitos. Mesmo com um semblante sério, era possível ver o brilho nos seus olhos.

Foi o encerramento perfeito para aquela noite. Quem sabe, sabe.

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