domingo, agosto 31, 2008

TESTES, ACESSIBILIDADE E O PAU DE CHUVA

Esta foi uma semana de eventos de informática. Segunda e terça fui para um curso que pelo conteúdo programático era para ser “O curso”, mas só durou 2 dias. Foi cancelado pq colocaram um instrutor sem domínio do conteúdo para dar o curso. Ele era programador. O que estaria fazendo dando um curso de teste? Programadores odeiam testar!

Eu me empolguei quando na 6a anterior vi o conteúdo do curso, tinha uns tipos de teste q eu nunca tinha visto. Pensei que seria uma boa oportunidade de aperfeiçoamento. Mas quando peguei o nome do instrutor e perguntei ao grande deus da internet quem era ele não achei nada de interessante. Daí comecei a desconfiar. Teste é uma área pequena, é como uma cidadezinha do interior, onde todos meio q se conhecem ou já ouviram falar uns dos outros. Ainda mais em Brasília, que não é tão grande assim. Ao ver que ele não participava de listas de discussão de teste, não participou de nenhum congresso (ou algo do tipo) da área, não fez mestrado ou pós em alguns dos poucos lugares onde existe algum curso por aqui... bem, já deu pra sentir meu mal pressentimento. Mas fui, e perdi meu tempo.

O coitado do instrutor caiu de pára-queda no curso. A licitação usou o critério de menor preço e não exigia qualificação do instrutor. A empresa ganhou e pegou o primeiro cara que tava desocupado e pôs pra dar o curso. Ele não sabia o conteúdo, tentou usar uns slides que alguém fez pra ele e tava desorientado de tudo, principalmente pq os nossos livros não tinham chegado. (Coitado! Sem falsa modéstia, eu daria aquele curso melhor do que ele, já que era sobre um assunto que conheço bem: teste de software.) No primeiro dia, o gerente assistiu a aula da tarde e solicitou o cancelamento do curso até que conseguissem alguém competente para dar o curso. Pelo meno ganhei uma pastinha bonitinha...

Já que não tinha mais o curso para ir, fui 2 dias a um congresso internacional de informática. O foco era software livre relacionado ao governo. Assisti a um minicurso bem legal sobre um software para verificação de acessibilidade com um dos desenvolvedores do software. Foi bem produtivo, embora assustador a princípio.

Era um congresso muito grande, com muitas coisas simultâneas. Por ser um assunto pouco conhecido, não foi um curso prestigiado. Deu a hora de começar e haviam na sala, um garoto de 15 anos, eu e o palestrante. Depois chegaram mais algumas pessoas, mas era um entra e sai, pq as pessoas queriam pegar um pedacinho de cada coisa e no fim não assistiam nada direito. Mas aprendi sobre o software, o que foi importante para mim.

Nunca tinha ido em um evento tão grande e com um coffee break tão bom! Nossa, era comida que não acabava mais e só coisa boa. Destaques para os salgadinhos de camarão e bacalhau, para a mini-pizza e, o meu favorito, o bolinho de mandioca recheado com requeijão. Bom demais.

Na 6a pela manhã fui de novo. O destaque do dia não foram as palestras, mas a compra do meu pau de chuva. Sempre quis ter um, mas quando eu achava para vender, eram muito grandes, quase do meu tamanho, o que inviabilizaria a sua utilização por mim. Daí estou eu, parada na hora do coffee break, conversando com um ex-prof e um ex-colega meus da UnB e outra pessoa aleatória próximos à banquinha de artigos indígenas (os índios participavam do congresso), quando vejo chegar um pau de chuva. Eu ficava um olho no prof, testando prestar atenção no que ele falava, o outro olho na banquinha e em saber o que acontecia com o pau de chuva. Acabada a conversa fui lá e comprei o dito cujo por um preço bem bom. Só terei que envernizá-lo, pois é de madeira, como todo pau de chuva, e a emenda da madeira tá meio abertinha. Mas mesmo assim ele é lindo, pois a madeira é toda talhada, fazendo desenhos em alto e baixo relevo. Os paus de chuva que eu já tinha visto eram lisos com pinturas.

Alguém tem verniz sobrando em casa que possa me arrumar um pouco?

Pra quem não faz idéia do que é um pau de chuva, como o nome diz, é uma peça feita de madeira cilíndrica e comprida. Dentro dela são colocadas sementes. Ao virar lentamente o pau de chuva para algum lado, ele emite um som que se assemelha ao barulho da chuva. É usado pelos indígenas em rituais para atrair a chuva, a famosa “dança da chuva”. Também é usado como instrumento de percussão.

Nenhum comentário: